Tem que dar carteirada!
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Tem que dar carteirada!

Emerson Lucas Campos Caramel
3 min
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É isso mesmo! Tem que se impor! Fazer exatamente o que o Palmeiras fez contra o Água Santa, no jogo do último domingo.


No futebol, igual na vida, existe hierarquia e ela tem que ser respeitada. Quando um time grande entra em campo contra um pequeno, ainda mais jogando em casa, é obrigação do gigante ditar o ritmo do jogo. O famoso “mostrar quem manda”.


O jogador do Água Santa tem que entrar em campo olhando debaixo para cima o do Palmeiras. Nesses jogos, a “mala” ou a “marra” é muito importante. É sempre relevante lembrar que a confiança pesa muito no esporte.


Pode parecer um absurdo, mas você iria ficar chocado ao saber que um jogador chega no ouvido do outro e fala: “o que você ganha, eu gasto com meu cachorro”, e/ou aponta pro escudo e fala “você nunca vai chegar nem perto disso”.


Não, isso não é falta de respeito. Mexer com o psicológico do adversário faz parte. Até porque um jogador ruim confiante pode decidir o campeonato. 


ETTORE CHIEREGUINI/AGIF
ETTORE CHIEREGUINI/AGIF

Perder acontece. Afinal, é por isso que somos apaixonados nesse esporte. Mas se for sair derrotado, que seja em uma bola achada e nunca jogando de igual pra igual contra um pequeno.

No momento em que você não se revoltar com seu clube (grande) jogando de igual pra igual contra um menor, sinto-lhe dizer mas você se acomodou com o apequenamento do seu time.

Isso independente do retrospecto. O grande é grande e ele tem que ser temido em qualquer fase. O exemplo mais prático disso é o River Plate e o Boca Juniors. Ninguém acompanha esses dois no Campeonato Argentino, mas em todo sorteio da Libertadores torcemos para que não caiam no nosso grupo.


Por qual motivo? Não sabemos nem quem é o atacante, meia, goleiro. Não precisa, não interessa quem tá lá. O que interessa é que é o Boca. Guardadas as devidas proporções, é como se fosse o Real Madrid, na Champions League.

PROJETO ALVIVERDE:


Posso estar me precipitando, mas acredito que o Alviverde caminha a passos largos para a não dependência de Abel Ferreira. O clube tem base que funciona, salário em dia, dinheiro entrando, competitividade, projeção e torcida grande. Precisa mais do que? 


Além disso, o palmeirense não vem se mostrando soberbo. Talvez, porque no fundo eles sabem que uma hora a bola vai parar de entrar. Mas até lá vão cansar de guardar memórias e gritar “É CAMPEÃO!”.


Emerson Lucas.