Proposta - Brasileirão 2023 - RAIZ
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Proposta - Brasileirão 2023 - RAIZ

Uma proposta para o Brasileirão 2023. A retomada. A volta da nossa cultura e um recomeço de um futebol perdido.

Rica Perrone
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Eu não sou diretor de marketing da CBF e nem gostaria que ele tivesse que cuida disso tudo. Mas a LIGA se mostrou inviável em 2021 toda vez que vimos os clubes terem problemas e se acusarem ao invés de resolverem.

Enquanto não vender, não tem liga. Dessa forma, quero deixa público minha sugestão para uma grande ação de retomada da nossa paixão.

Para o Brasileirão de 2023, pois 2022 não dá tempo, acho.

Nem vou entrar na idéia de formato. Todos sabem que eu detesto os pontos corridos e acho que todo evento deve privilegiar o show e não as questões desportivas. Portanto, haveria final. 

Mas vamos ao possível. 

Brasileirão Raiz:

- Todos os clubes participantes usariam seus uniformes tradicionais básicos. Com os patrocinadores, é claro, mas com as suas camisas 1 e 2 tradicionais e sem firulas remetendo ao passado.

- Todos os estádios teriam rede frouxa para a bola entrar e ficar, como era antes.

- Não haverá jogo de torcida única.

- Nos clássicos regionais, os dois clássicos, ida e volta, devem dividir o estádio em 50% pra cada torcida.

- As bandeiras, rojões, papel picado, instrumentos e faixas liberadas e com punições individuais sérias. Ou seja, não serão punidos os torcedores caso alguém faça uma idiotice. O responsável será preso individualmente.

- Os times entrarão em campo isoladamente,  sem protocolo, correndo, com seus mascotes e indo saudar sua torcida.

- O hino nacional não será tocado a cada jogo.

- Haverá uma obrigatoriedade de que ao menos 10% do estádio custe, no máximo, 20 reais o ingresso, garantindo a possibilidade de se tentar conseguir um ingresso a toda classe social. Em contrapartida a CBF abre mão das suas cotas de ingressos tendo que pagar o valor cheio. por eles. 

- Para evitar jogo em estádio vazio, faríamos a venda de valor reverso. Ou seja, uma semana antes os ingressos são colocados a venda por 200 reais (valor exemplo). Todos os dias eles caem de preço até chegarem no dia do jogo onde o que sobrar é vendido por 20 reais.  Se for um jogo de enorme apelo, venderá tudo por 200. Se não for, cairá até que o torcedor compre de última hora pelo valor e garante quase todos os jogos de casa cheia.

- As partidas teriam preliminar com o time aspirante, podendo usar inclusive jogadores não relacionados e voltando de contusão livremente da idade. 

- Bebida alcoolica liberada em todos os estádios. 

- Não haverá cartão pela comemoração do gol. Se o clube se sentir lesado por tirar a camisa e esconder patrocinador, ele deve tomar a medida interna e não a CBF. 

- Nenhum clube será punido por qualquer ação de sua torcida. Os times não tem qualquer responsabilidade pelo que marginais fazem diante de cameras e não são identificados e punidos por preguiça da justiça brasileira.

- Crianças com o uniforme do clube não pagam ingressos até os 10 anos. 

- Se houver uma música de entrada dos times em campo, que sejam seus hinos. Não a musica tema da CBF. 

- Todo clube deve ter um departamento responsável para validar com seus torcedores ações festivas especiais como fogos na entrada, mosaicos e bandeirões. 

Enfim, O conceito de retomada seria uma forma de devolver o prazer do estádio e do jogo em si, não entrando nos méritos da qualidade técnica, calendário ou arbitragem, que são questões que os clubes e a CBF devem corrigir de qualquer maneira. 

Cultura não se vende. E a nossa foi vendida as custas de "copiar" os que se fizeram nos imitando. Hoje não temos alma, características e nossos estádios são verdadeiras salas de cinema padrão. 

Minha proposta é essa. Um Brasileirão pra nos devolver quem somos. 

Lembra? Talvez nem eu mais. 

RicaPerrone

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