Óbvio que não concordo com as regras do Qatar. Tanto que não fui, e poderia. Mas não quero ir numa Copa onde não posso ser livre. Mas a regra é deles, eu respeito e vou ou não.
Todo protesto é válido desde que ele tenha sentido. | ||
Óbvio que não concordo com as regras do Qatar. Tanto que não fui, e poderia. Mas não quero ir numa Copa onde não posso ser livre. Mas a regra é deles, eu respeito e vou ou não. | ||
Quando a FIFA vendeu a Copa pro Qatar porque as federações não disseram "não"? Porque pingou a grana. | ||
E agora, com tudo pago, dinheiro na conta, eu vou lá na casa de quem me pagou e protesto contra eles? | ||
Porque aceitei? Era só recusar. Melhor protesto não há. "Enquanto você não aceitar gays e colocar mulheres em um patamar de igualdade não levaremos a Copa até você.". | ||
Puta protesto! | ||
Mas, não. | ||
Eu vendo, recebo, finjo que sou contra o que eu mesmo assinei e protesto pra gerar engajamento em cima de causas que ignorei por dinheiro. | ||
Qual o sentido disso? | ||
Como que um gay pode não se sentir usado e sim defendido por isso? Não tá claro que é um uso da sua causa justa pra lucrar em cima de você? | ||
Causas vem atreladas a valores. Estamos discutindo preços e não valores. | ||
Eu não acho. | ||
Imagine um DJ que fecha, recebe e promove uma festa da Ku Klux Klan. Chega lá no dia ele protesta contra o racismo. Que sentido faz se ele participou disso e vendeu seu serviço a isso? | ||
Não faz. Então... mais valores e menos preços. | ||