O maior plebeu da história

Lionel é um dos meus maiores ídolos do futebol e ponto final.

Não digo que é o maior apenas porque o meu coração verde me impede de ter essa audácia, mas Lionel é para mim o maior jogador plebeu de todos os tempos.

Depois de tantas tentativas frustradas, ele finalmente realizou o seu grande sonho e isso me deixou absurdamente feliz.

Calma, eu nunca quis que a Argentina ganhasse. Mas eu sempre fui do Messi Futebol Clube e achava injusto que um jogador de sua grandiosidade encerrasse sua carreira sem a maior conquista do planeta. São consequências da vida.

E mais do que uma conquista em campo, o título de ontem representou uma resposta espetacular para muita gente.

Calou a boca dos críticos que têm a ousadia de compará-lo ao seu grande rival, que é sim um grande atleta e só.

Calou os viúvos de Maradona, que insistem em compará-los sendo que o maior pilantra do futebol não era nem melhor que o Zico, imagina melhor que o Lionel.

E calou principalmente o babaca francês que zombou do futebol sul-americano, fez três gols na final e não adiantou absolutamente nada.

O futebol muitas vezes é ingrato, mas dessa vez não.

O futebol é mágico porque o pequeno pode superar o gigante; é emocionante porque um jogo ganho pode virar uma tragédia em apenas quatro minutos; e é o maior esporte do planeta porque proporciona cenas como a dessa final.

A vitória de Lionel Messi é um prêmio para uma carreira irretocável de um gênio da bola.

Um gênio plebeu que é o maior da história.

Alguém sobre quem um dia contarei com orgulho para os meus filhos:

— Eu vi um importante capítulo da história do futebol acontecer e o protagonista se chamava Lionel Andrés Messi Cuccittini.

Espírito Santo do Pinhal, 18 de dezembro de 2022.