Gleisi Hoffmann e a PL 2336

Recentemente, a deputada do PT Gleisi Hoffmann , apresentou um Projeto de Lei onde as torcidas organizadas teriam direito à divisão das verbas das partidas e dos direitos de transmissão do clube mandante nos jogos. Não sei em que mundo paralelo a deputada vive, mas algo que ela não sabe é que as torcidas organizadas estão completamente ultrapassadas. Elas são responsáveis por várias manchetes onde ocorrem brigas, assassinatos e depredação do patrimônio público. Basta lembrarmos da partida entre Palmeiras e Cruzeiro pela 38º rodada do Campeonato Brasileiro de 2019 (jogo que garantiu a queda do Cruzeiro para a segunda divisão), onde torcedores do clube mandante quebraram cadeiras do Mineirão e atrapalharam a partida, que precisou ser encerrada antes dos 45 minutos. De fato, algumas torcidas organizadas movem o espírito da equipe, como a gaviões da fiel, que com seus cantos e batucadas assustam a equipe adversária e dão o sangue guerreiro aos jogadores do Corinthians, como aconteceu na final do Mundial e Libertadores, em 2012. Porém, a situação do futebol brasileiro é complicada há tempos. Vários clubes em crise, precisando "enxugar'' sua folha salarial, dívidas astronômicas de diretorias antigas ou atuais, recorrendo ao método clube-empresa para não decretar falência e, inclusive, em débito com jogadores da base, que poderiam suprir necessidades no time principal. A má estrutura e gestão do futebol brasileiro ainda não permite qualquer divisão no quesito monetário. Mas, veremos. Está em pauta a criação da liga (que pretende se desligar do controle da CBF), com propostas que podem ajudar o nosso esporte mais amado e consumido a solucionar vários dos problemas. Mas uma coisa que não vai mudar com essa liga é a educação do brasileiro, que com as torcidas organizadas, escancara o seu lado mais animalesco e perigoso.