O Brasil precisa lembrar mais de 2002 e menos de 2014.
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O Brasil precisa lembrar mais de 2002 e menos de 2014.

   É notório que cada vez que enfrentamos a Alemanha, seja em qualquer âmbito, lembramos do fatídico jogo válido pela semifinal na copa de 2014. Mas o brasileiro, que já é rancoroso, trata qualquer disputa como obrigação de massacrar e humilh...

Rodrigo Muniz
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   É notório que cada vez que enfrentamos a Alemanha, seja em qualquer âmbito, lembramos do fatídico jogo válido pela semifinal na copa de 2014. Mas o brasileiro, que já é rancoroso, trata qualquer disputa como obrigação de massacrar e humilhar, esquecendo-se de todas as circunstâncias que envolveram o 7x1 e que envolvem o presente.  

  Hoje(22), a nossa seleção olímpica fez a sua estreia contra a manschaft, pela primeira rodada da fase de grupos dos jogos olímpicos de Tóquio, e foi perceptível o desejo pela vingança. Entrando em qualquer rede social , os comentários mais frequentes faziam contagem regressiva nos gols que o Brasil precisava para alcançar o tal resultado, ou até mesmo lembrando bordões do narrador Galvão Bueno a cada vez que a amarelinha chegava ao ataque.

  Não, não devemos esquecer daquela tarde de terça feira em que os alemães destruíram o nosso sonho do hexa em casa, mas devemos nos lembrar, mais ainda, da final de 2002, onde um certo Ronaldo Fenômeno voltou a mostrar o que era o futebol brasileiro e sua importância para o mundo da bola. À época, tinhamos saído de uma final em Saint Dennis, onde surgiram notícias de que a CBF teria recebido uma mala branca para entregar o jogo e poder sediar 16 anos depois. Lendas do futebol. 4 anos após a decisão contra a França, a seleção brasileira conquistou seu penta (curiosamente no mesmo estádio de hoje e contra a própria Alemanha).

  Brasileiros, nós, amantes do futebol, precisamos saber que eles nos olham com medo. Nós tiramos 2002 deles, eliminamos em copa das confederações, conquistamos o ouro nas olimpíadas de 2016, nós temos mais motivos para nos orgulhar.

É evidente que podemos aprender algo com a evolução do futebol deles, mas o Real Madrid não pode ser considerado no mesmo patamar do Barcelona porque era freguês na era Guardiola, assim como o Brasil não pode se submeter a temer a Alemanha por causa do 7x1, pois em finais, temos 100% de aproveitamento e sempre nos saímos bem.