A partir do próximo sábado, 22 de julho, tem mundial de esgrima em Milão na Itália, evento realizado anualmente. Um esporte com pouca tradição e divulgação no Brasil. Na história do evento realizado desde 1937, o Brasil tem apenas a medalha de ouro obtida por Nathalie Moellhausen de forma surpreendente em 2019. E justamente Nathalie, que voltou a viver um ótimo momento em 2023, é a única com chances de repetir o pódio. Na relação de inscritos para o mundial aparecem 19 brasileiros, sendo que os 10 com melhores rankings, tiveram a viagem paga integralmente ou em parte, pela Confederação Brasileira da modalidade. Além das 6 disputas individuais, ocorrem outras seis por equipes. | ||
Nathalie está tendo um 2023 excelente na espada, após 2 anos anteriores sem resultados expressivos, inclusive com eliminação na 1º fase do mata-mata do mundial em 2022. Em janeiro e fevereiro deste ano ela venceu duas etapas da Copa do Mundo, na Espanha e Catar. Em março foi bronze no Grand Prix da Colômbia em maio 5º em outra etapa de Copa do Mundo nos Emirados Árabes. Em todas essas competições enfrentou as melhores do mundo. A brasileira começou o ano em 38º lugar e hoje ocupa a 4º colocação do ranking. Essa posição pode lhe garantir confrontos mais tranquilos nos primeiros duelos do mundial. Aos 37 anos Nathalie sabe que terá em Paris a última chance de ser a primeira medalhista olímpica da esgrima brasileira. | ||
Outros destaques da delegação brasileira terão como principal objetivo terminar entre os 16 melhores. Guilherme Toldo é o 32º do ranking no florete e participou de 3 Olimpíadas. Segue há anos como o principal nome do masculino. No sabre feminino, Luana Pekelman e Karina Trois estão entre as 60 melhores do mundo. Luana tem apenas 20 anos e ficou entre as 32 melhores no mundial passado. Alexandre Camargo é 61º no ranking da espada, mesma posição de Mariana Pistoia no florete. | ||
No mundial todas as armas costumam ter mais de 100 inscritos. Os piores ranqueados disputam uma fase preliminar em grupos. Os melhores avançam ao mata-mata com os líderes do ranking. No mundial 2022 a liderança do quadro de medalhas foi da França, seguida por Coréia do Sul, Itália, Hungria e Estados Unidos. A Rússia, que é uma potência da modalidade e foi líder do quadro de medalhas na última Olimpíada, não vai disputar esse mundial 2023. | ||