Momentos de reflexão. Estou aqui novamente.
Sinto vontade de escrever, mas nem sempre escrevo. | ||
Sinto vontade de chorar, mas não me permito. | ||
Tento responder todas as minhas dúvidas e as vezes esqueço da humildade. No fim , de tanta agonia acabo voltando a mim. | ||
Minha angustia, não linearmente se move para o futuro, junto com meus objetivos e todas as outras coisas mais que não posso mudar. | ||
Minha impotência perante aqueles que amo e se encontram com os vícios da vida representam a minha fraqueza. | ||
Eu gostaria de poder mudar todos eles, mas infelizmente não posso tomá-los de si. | ||
Em suspiros de protagonismo, assisto como expectador os meus amados se deteriorarem, mesmo eu possuindo a resposta para muitos questionamentos deles. | ||
Tento dar o meu melhor no que eu toco, mas cedo quase sempre aos meus desejos imediatos. E mesmos com as coisas ditas prioridades, eu não me movo progressivamente num ritmo satisfatório. | ||
Estou tentando. Sigo em frente, mas quando me encontro sem energia, sinto que andei em círculos. | ||
São como forças opostas se contrapondo não me levando a lugar algum, apenas sobrecarregando-me. | ||
As frugalidades materiais almejadas pela juventude me assusta: São estes o FUTURO do Brasil? | ||
Num ritmo desenfreado vejo amigos e familiares se perderem na "massa". | ||
Eu gostaria de tomar providência, mas nem mesmo consigo me livrar de mim, quem dirá guiar os outros. | ||
Eu não estou preparado para lidar com a fragilidade humana. Podemos desejar TUDO e num instante não sermos mais NADA, deixando apenas saudade e dor. | ||
Nos isentamos da responsabilidade sobre o outro. Retaliamos os que erram, os que fazem o que não fazemos e invejamos os que fazem melhor. Mais empatia ajudaria muito só que infelizmente não somos educados para isso. | ||
Sinto dor aos que se vão. | ||
Sindo dor aos que sofrem com os que se vão. | ||
Sinto dor aos que se vão ainda em vida. | ||
Sinto dor aos que nos matam todos os dias porque isso é tudo que eles tem para oferecer. | ||
Estou de luto por todos momentos felizes que se foram junto com as pessoas que já não são mais as mesmas. | ||
Não sei a quem pertence a minha alma, se pertence a alguém ou se mesmo possuo uma. Não sei o que será de mim no futuro e se vou para algum lugar após aqui. | ||
Decepcionado e um pouco cansado, percebo que sou um observador encontrando algum refúgio em palavras. | ||
Entre incertezas, inseguranças, medos e frustrações, encontro conforto na aceitação que acima de qualquer certeza absoluta, é tangível, realista e sincera. Pois não precisamos saber de tudo para aceitar e nem crer com todas as forças a ponto de distorcer os ideais. | ||
Assim, deixo nesses palavras as mais profundas vibrações do meu coração. Ecoando os diversos tons presente em mim onde todos juntos formam uma grande melodia suave chamada de Carlos. |