Ecos do meu pulsar
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Ecos do meu pulsar

Momentos de reflexão. Estou aqui novamente.

Carlos Augusto
3 min
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Sinto vontade de escrever, mas nem sempre escrevo.

Sinto vontade de chorar, mas não me permito.

Tento responder todas as minhas dúvidas e as vezes esqueço da humildade. No fim , de tanta agonia acabo voltando a mim.

Minha angustia, não linearmente se move para o futuro, junto com meus objetivos e todas as outras coisas mais que não posso mudar.

Minha impotência perante aqueles que amo e se encontram com os vícios da vida representam a minha fraqueza.

Eu gostaria de poder mudar todos eles, mas infelizmente não posso tomá-los de si.

Em suspiros de protagonismo, assisto como expectador os meus amados se deteriorarem, mesmo eu possuindo a resposta para muitos questionamentos deles.

Tento dar o meu melhor no que eu toco, mas cedo quase sempre aos meus desejos imediatos. E mesmos com as coisas ditas prioridades, eu não me movo progressivamente num ritmo satisfatório.

Estou tentando. Sigo em frente, mas quando me encontro sem energia, sinto que andei em círculos.

São como forças opostas se contrapondo não me levando a lugar algum, apenas sobrecarregando-me.

As frugalidades materiais almejadas pela juventude me assusta: São estes o FUTURO do Brasil?

Num ritmo desenfreado vejo amigos e familiares se perderem na "massa".

Eu gostaria de tomar providência, mas nem mesmo consigo me livrar de mim, quem dirá guiar os outros.

Eu não estou preparado para lidar com a fragilidade humana. Podemos desejar TUDO e num instante não sermos mais NADA, deixando apenas saudade e dor.

Nos isentamos da responsabilidade sobre o outro. Retaliamos os que erram, os que fazem o que não fazemos e invejamos os que fazem melhor. Mais empatia ajudaria muito só que infelizmente não somos educados para isso.

Sinto dor aos que se vão.

Sindo dor aos que sofrem com os que se vão.

Sinto dor aos que se vão ainda em vida.

Sinto dor aos que nos matam todos os dias porque isso é tudo que eles tem para oferecer.

Estou de luto por todos momentos felizes que se foram junto com as pessoas que já não são mais as mesmas.

Não sei a quem pertence a minha alma, se pertence a alguém ou se mesmo possuo uma. Não sei o que será de mim no futuro e se vou para algum lugar após aqui.

Decepcionado e um pouco cansado, percebo que sou um observador encontrando algum refúgio em palavras.

Entre incertezas, inseguranças, medos e frustrações, encontro conforto na aceitação que acima de qualquer certeza absoluta, é tangível, realista e sincera. Pois não precisamos saber de tudo para aceitar e nem crer com todas as forças a ponto de distorcer os ideais.

Assim, deixo nesses palavras as mais profundas vibrações do meu coração. Ecoando os diversos tons presente em mim onde todos juntos formam uma grande melodia suave chamada de Carlos.