Feliz ano novo!
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Feliz ano novo!

Por que esperar o ano todo para desejar todas as coisas boas? Para recomeçar ou parar mudar?

Carlos Augusto
2 min
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Quem nunca se importou demais?

Quem nunca esperou demais?

Quem nunca sentiu demais? Pensou demais ou chorou demais?

Quem nunca se sentiu inútil ou mesmo a "ultima coca-cola do deserto"?

Quem nunca desejou demais, fez planos demais ou quis demais?

Quem nunca sentiu que AQUELE momento era o melhor momento da vida, mesmo sem ter ciência dos momentos futuros que ainda estão por vir?

Quem nunca sentiu que aquele momento seria o pior de todos, o mais doloroso? E mesmo entre centenas de dores passadas, a que está sendo sentida doa mais?

Quem somos nós senão nossos momentos e sentimentos?

Nostalgia e amargura do que passou. Expectativa e medo do que está por vir. Conseguimos manter sob a nossa alma energias opostas e ainda encontrar significado nisso tudo, mesmo que não entendamos quase nada.

No primeiro minuto de cada ano temos a convicção de um recomeço. Entre fogos de artifício e abraços calorosos de alegria e gratidão, renovamos nossas expectativas. Tudo parece novo mas a distância entre o último momento de um ciclo para o início do próximo é apenas o de um bater de relógio.

Ano após ano... redeclarações, reatribuições, promessas vazias. Parece um ciclo infinito de valorização deturpada. A euforia do momento cativa mais do que o simbolismo. Porque esperar minutos ou horas, semanas ou até o ano todo para no último momento desejar todas as coisas boas do mundo?

Talvez, o último momento de cada ciclo sirva para nos lembrar de que enquanto tivermos a oportunidade para esperar pelo próximo momento final, podemos recomeçar, desejar tudo de bom e ajudar todos os dias. Devemos parar de esperar por mais um reveillon, quando já se vai mais um ano de oportunidades não aproveitadas.