Parabéns por fazer o mínimo | Um periódico sobre resultados.

Você só quer medalha de participação. E merecê-la não muda nada.

Nenhuma profissão é paga por merecimento: Você não pede um iFood do restaurante cujo cozinheiro levantou mais cedo. A medalha de ouro das Olimpíadas não vai pra história mais comovente ou pro que se esforçou mais. O Nobel da Paz tampouco. O mesmo para quem passa no concurso, recebe uma promoção, fatura mais alto, faz um IPO…Não se trata de merecer.

Vale mais quem entrega mais. Melhor. Quem faz. Quem produz para o outro, para a sociedade. Quem gera mais valor. Quem desperta mais desejo.

O que manda, de verdade, é a resultadocracia.

Não tem nada a ver com esforço. Mas ao mesmo tempo, tudo. (Eu sei, é paradoxal, porém essa dualidade vai fazer sentido lá na frete - da vida e do texto)

É importante se esforçar, óbvio. Sem o esforço, o resultado realmente pode demorar muito- ou nem chegar. Mas esse periódico é sobre a problemática de buscar reconhecimento por isso… Aqui está a medalha de participação: Parabéns por fazer o mínimo.

Pare de pedir por ela. Pare de buscar validação. Pare de implorar por tapinha nas costas, mão na cabeça, palmas ou que peguem mais leve com você, porque você passou por isso e aquilo ou porque (no meu caso) você é mulher.

(E falo com você aqui, PRINCIPALMENTE, se for mulher)

Poder não se pede, se toma. Espaço se conquista.

E voz… É improvável que ao falar do mais sábio da mesa, o ambiente todo não se cale.

E por mais que não seja o fator determinante, esforce-se sem medidas para seja lá o que você está lutando. Não pegue tão leve assim com você. Faça mais. Você pode mais.

Mais um pouco, só mais hoje- todos os dias.

E o faça não para ser aplaudido(a)… Isso, afinal, tão pouco dura e tão cedo se esvai.

Mas te esforça pra entregar, pra gerar resultado, pra fazer maior, melhor, mais rápido. Bater tuas próprias metas.

E como diz Josémaria Escrivá:

“Cumpre o pequeno dever de cada momento; faz o que deves e está no que fazes.”

Se esforçar é o mínimo, por isso não é medido.

Sobe na balança: É o número que tá ali que importa, não as justificativas e histórias que você conta pra justificá-lo. Não me leve a mal, leve a sério: e você vai ver que quando aplicar isso, pouco importa se começou agora, se é mulher, se passou por isso ou aquilo... Os resultados vão falar antes de você. Eles chegarão antes de você nos ambientes, eles abrirão as portas.

Deixa teus resultados contarem tua história.