uma carta para uma mulher extraordinária
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uma carta para uma mulher extraordinária

Eu teria um milhão de coisas para te dizer, mas nos sobra pouco tempo para conversas desse tipo. Em meio a tantos assuntos sérios que não valem tanto a pena (mas necessários), e outras tantas conversas ordinárias e despretensiosas (que essas ...

Maurício Alves, o Chytão
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Eu teria um milhão de coisas para te dizer, mas nos sobra pouco tempo para conversas desse tipo. Em meio a tantos assuntos sérios que não valem tanto a pena (mas necessários), e outras tantas conversas ordinárias e despretensiosas (que essas sim valem muito) a nossa vida passa. Mesmo que nos sobrasse todo tempo do mundo, ainda faltariam horas para dizer o que gostaria, para fazer tudo que pensamos, planejamos, sonhamos e principalmente o que fazemos sem planejar.

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Temos um legado a deixar, um recado a passar, uma vida a viver. Mas algo que gostaria de te lembrar: se cobre menos. Você já é demais! Não é o que você faz ou o que você conquista, é quem você é. Esposa, mãe, mulher, amiga, conselheira, em todos os níveis de suas relações comuns você é especialmente você. É disso que é feita uma pessoa extraordinária: a influência que ela causa no seu dia a dia corriqueiro. Uma pessoa extraordinária não pode ser reduzida em um fato, ou em título, ela é uma vida bem vivida.

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Esse provavelmente foi o melhor ano de nós. Esse foi disparado o melhor ano da minha vida, por causa de nós. Esse é só o começo do resto das nossas vidas. Estamos nos primeiros passos, na infância da nossa vida adulta. Das coisas que amo, uma delas é dividir meus dias com você. Dos dias que não acrescentam nada mas servem muito. A vida é a soma de vários momentos que não valeriam muito para quem planeja sucesso, mas que valem a vida para quem planeja viver. Obrigado por receber meu silêncio. Quero responder com respostas, mesmo que eu não costume. Quero ter algo a falar, ser alguém mais construtivo, mesmo que na maioria das vezes eu seja apenas eu.

Preciso te cobrar menos e me cobrar mais. Precisamos nos cobrar menos e nos aproveitar mais. Estamos melhorando nisso. Estamos aprendendo a conhecer, amar e transformar os nossos “eu's” enquanto construimos o nosso nós. Em meio as pilhas de livros, de louças e roupas. Recolher os pares de tênis do chão, os brinquedos da sala. Arrumar os quartos, as camas, a vida acontece e é feita de rotina. Volto a dizer que ainda há muito a dizer, menos a calar, muito a construir, viver, perdoar, sorrir. É só o começo do resto das nossas vidas.

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