A Batalha entre o Itaú e a XP Investimentos e o que você pode aprender sobre Marketing de Guerrilha
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A Batalha entre o Itaú e a XP Investimentos e o que você pode aprender sobre Marketing de Guerrilha

Israel Vasconcelos
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Oi, como você está?

Você já deve ter reparado que nossa newsletter fala sobre Marketing e Growth de uma maneira abrangente, não só falando dos “hacks”, mas também falando sobre os fundamentos do crescimento para que você mesmo possa refletir e aplicar os conhecimentos na sua empresa.

Não tem como crescer sem uma estratégia de marketing. Você pode ver o que funcionou para os outros através dos nossos e-mails, mas, em última análise, trata-se de descobrir o que funciona para você.

Você pode contar com nossa consultoria gratuita, basta preencher o formulário, para que possamos ajudá-lo com problemas específicos ( Por exemplo, como aprender growth, problemas no seu funil de venda, problemas em experimentos e etc).

Dito isso, continue lendo, aprendendo, ajustando e testando diferentes estratégias para ver o que produz os melhores resultados.

A newsletter de hoje será uma verdadeira curadoria sobre um tema bastante comentado ao longo da semana.

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A Batalha entre o Itaú e a XP Investimentos e o que você pode aprender sobre Marketing de Guerrilha

Tudo começou com a nova campanha publicitária do Itaú Personalité que fez uma crítica ao modelo de assessores de investimentos independentes que fizeram muito investidor se achar o Rei de Wall Street, segundo o banco.

Na campanha, o Itaú fez críticas ao modelo de remuneração das corretoras, sem citar a XP. Contudo, o fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol tomou as dores, respondeu publicamente a campanha e pronto… a guerra de marketing começou!

Vale destacar dois pontos…

  • O objetivo desse texto não é julgar quem está certo ou errado nessa história e quem presta o melhor serviço. Vamos falar apenas sobre a estratégia de marketing;

  • A campanha publicitária ataca a postura dos agentes autônomos, justamente o principal drive de crescimento da XP, porém o Itaú é dono de 49,9% da XP Investimentos. Não vamos ser ingênuos, tudo é um grande jogo de cena, melhor que muita novela da Globo.

Na minha opinião, trata-se de uma grande ação de marketing de guerrilha, na qual cria-se uma polarização com a qual o Itaú, em última instância, é o grande vencedor. Se as pessoas defenderem os gerentes de banco, o Itaú ganha. Caso os investidores continuem do lado dos agentes autônomos, o Itaú ganha também, já que é o banco dono de metade da XP. É o famoso ganha-ganha (“win-win situation”).

Cada dia que passa o brasileiro vai percebendo que os grandes bancos são os grandes vilões das nossas finanças pessoais e o mercado financeiro já entendeu isso faz tempo.

São muitas fintechs, cooperativas de crédito e bancos tradicionais migrando para o digital e disputando a confiança de cada correntista através de atendimento personalizado, cursos e conteúdos gratuitos sobre educação financeira.

Isso é ótimo para os consumidores. Para a empresa, principalmente para o time de marketing, é um desafio complexo ser a grande referência em um mercado financeiro muito fragmentado e com clientes desconfiados.

Marketing de Guerrilha é uma estratégia focada na publicidade criativa e pouco convencional de um produto ou serviço. O Guerrilla Marketing, como é conhecido em inglês, foi criado pelo publicitário Jay Conrad Levinson no final dos anos 70, inspirado pelas táticas alternativas usadas na Guerra do Vietnã. Essa forma de marketing vem crescendo mais e mais a cada dia, já que a promessa é fazer mais com menos.

A estratégia de polarização faz muito sentido para ambas as empresas, pois gera resultados expressivos de engajamento e novos clientes promotores para a marca.

Se formos comparar o modelo do marketing de guerrilha com o marketing tradicional, nem sempre vamos encontrar grande diferença em termos técnicos.

Afinal, ambos contam com anúncios que tentam atrair a atenção das pessoas para um produto, serviço ou ideia. O diferencial está mesmo na abordagem.

Hoje em dia, todos nós somos bombardeados com um volume gigantesco de informações, tarefas urgentes e prazos apertados.

Sendo assim, é natural ficarmos mais seletivos quanto ao que merece nosso tempo e atenção, não concorda?

Por isso, os anúncios convencionais se tornaram uma distração facilmente descartável. Ninguém quer ser incomodado por propagandas inconvenientes.

O marketing de guerrilha, por outro lado, é feito para ser tão chamativo que se torne impossível de ignorar, criando acima de tudo uma impressão duradoura na mente dos clientes.

Mais ainda, o foco está em provocar uma reação no consumidor, talvez por fazê-lo reavaliar suas prioridades e hábitos pessoais, métodos de trabalho ou mesmo por “cutucar” um concorrente de modo direto.

Viu como o conceito de Marketing de Guerrilha é totalmente aplicável a “guerra” entre o Itaú e a XP?

A XP Investimentos até o momento está colhendo os melhores resultados dessa campanha:
- O número de menções da XP nas redes sociais cresceu 1600%. Já o alcance da marca (contando as mençõese publicações próprias) cresceu 2100% (Fonte: Mention);
- 96,2% dessas menções foram positivas e favoráveis a empresa (Fonte: Mention);
- O Instagram da empresa tinha em média 5 mil curtidas por publicação e durante essa semana alcançou picos de mais de 70 mil curtidas (Fonte: Instagram);
- A campanha “Faça uma TED do Itaú para a XP e ganhe um colete” gerou mais de 15 mil TEDs (Fonte: XP Investimentos).

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Outras empresas aproveitaram e também surfaram a onda da briga:
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Se você gosta de novela, continue acompanhando os próximos capítulos, mas vou te dar um spoiler: quem mata o vilão no final é o protagonista Itaú.

E você, o que acha dessa estratégia?

Leia também:

Boa semana para você,
Israel Vasconcelos @The Growth.

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