O fim do Clube de Regatas Flamengo

Isso mesmo, é o fim! Bom, pelo menos por parte da torcida e da mídia especializada, a equipe de futebol masculino do Clube de Regatas do Flamengo não pode mais entrar em competições, precisando ter até um novo nome: Flamengo Globetrotters.

A nova alcunha é em homenagem ao Harlem Globetrotters, equipe de basquete estadunidense que viaja o mundo fazendo apresentações performáticas. O "time de basquete mais famoso do mundo" é conhecido por fazer partidas uma mistura de entretenimento, suas habilidades e malabarismos.

30 jogos, 19 vitórias, 7 empates, 4 derrotas, mais de 70% de aproveitamento, 65 gols marcados e 26 gols sofridos, esses são os números de Paulo Sousa a frente do Flamengo. Além de números, ele tem alguns resultados expressivos como: a melhor campanha da história do clube na Libertadores, vitória no estádio da Universidade Católica, primeira vez do rubro negro, e vitória no Fla x Flu após uma sequência de freguesia anterior à sua chegada. Em qualquer clube do país fechar o mês cinco do ano dessa forma, traria certa tranquilidade e respaldo para o trabalho do treinador. Entretanto, a coisa no Clube de Regatas do Flamengo é muito diferente e no mínimo estranha, tranquilidade é algo inexistente para o trabalho do técnico rubro negro.

No clássico deste domingo, o Mais Querido venceu o Fluminense jogando de forma reativa, sendo eficiente no ataque, buscando se defender bem e contando com uma última noite do redentora goleiro Hugo Sousa (esse vos fala em texto anterior, sugeriu até uma falsa lesão para o goleiro pelo mau momento do arqueiro, afim de poupá-lo). Existe algum mal em vencer assim? Claro que não, as grandes equipes do mundo usam do artíficio quando necessário, o Real Madrid venceu a Liga dos Campeões desta forma, o Palmeiras ganhou as duas últimas Libertadores jogando reativamente e até o Manchester City de Pep Guardiola usou  desse expediente para passar pelo Atlético de Madrid, time marcado por esse estilo de jogo. Entretanto, após 2019 existe uma cobrança para que o Flamengo vença jogando de forma mágica e plástica, com uma constância irreal no futebol de alto nível.

O problema não está em seu treinador atual, nem estava nos anteriores, a questão está nessa ideia fixa de que ser hegemônico é dar show e vencer todos os jogos. A torcida alimenta uma crise inexistente, atrapalha o ambiente do clube e parte da mídia se alimenta disso, já que crise no Flamengo gera engajamento.

Por isso, fica a sugestão para a formação do FLAMENGO GLOBETTERS e assim alimentar essa ânsia por entretenimento e magia. No futebol competitivo, esse tipo de coisa acontece sim, buscar um futebol vistoso é importante, mas não a frente da eficiência e da busca por resultados como no Clube de Regatas do Flamengo.