Prazer belo horizontino, sou a SMOBI.
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Prazer belo horizontino, sou a SMOBI.

Tiago Gusmao
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Custei para Belo Horizonte R$ 1.044.420.508,04 de 2016 a 2020 - e ando custando - e não termino as obras que começo.

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Comecemos a falar hoje sobre a menina dos olhos da nossa velha política: a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte / SMOBI. Você já percebeu como algumas obras públicas - grandiosas - terminam na velocidade da luz ao final de mandatos? Ou já notou obras que ficam 4 anos sujando nossas ruas, empoeirando nossas casas e influenciando negativamente no trânsito da nossa cidade, e que, coincidentemente, só acabarão com mais uma gestão da prefeitura?

Por que em tantos locais do mundo obras públicas são feitas em tempos recorde e BH tem obras intermináveis e com gastos altíssimos?

Se você souber a resposta, peço que me envie clicando AQUI.

O exemplo mais emblemático acredito ser a cratera que se abriu no Japão, em 2016, com obra em tempo record de 2 dias! DOIS DIAS! D O I S D I A S.

Veja o vídeo.

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Foram necessários 6.200 metros cúbicos de areia e cimento e operários trabalhando dia e noite para tapar o buraco. O custo da obra não foi declarado, mas, convenhamos, foi um show memorável do Japão para o mundo.

Voltemos a realidade: Belo Horizonte. Cidade brasileira que, desde sempre, famílias perdem filhos, casas, lojas, pessoas são afogadas em uma estação de ônibus que virou um grande canal hídrico, comerciantes perdem tudo durante o período de chuvas. Apesar desse texto ter sido escrito ontem, ele é exemplifica bem as últimas 3 décadas de gestão e não os últimos 4 anos. Uma gestão que trata a nossa capital como um puxadinho, onde gestores (prefeitos, secretários e vereadores) recebem, descaradamente, honorários de diretores de empreiteiras multinacionais para fazer um serviço tapa-buraco que nunca termina.

Quando você faz uma obra na sua casa, você negocia com todos os fornecedores, toda hora tem que pesquisar preço e faz um orçamento final ou você vai no depósito de bairro sempre que aparece algo que o pedreiro não tinha previsto? É exatamente isso que acontece em BH.

Você sabia que a planilha de obras da prefeitura tem uma coluna que informa o início da obra e outra com o percentual de execução? E veja o primeiro pedacinho dela: uma obra de 2016 que hoje, setembro de 2020, se encontra em 46% do seu andamento.

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Por favor, nunca te pedi nada! Entra nesse link e veja as obras! Procure aquela obra que nunca acaba na sua região.

Você terá orgulho de fiscalizar essa obra, eu garanto! E eu, orgulho de você!

Eu vou sempre na Lagoa da Pampulha, por isso vou deixar o valor da planilha e você pode me dizer se a Lagoa está com a metade da limpeza concluída ou não. Desde 2016 em obra, foram gastos R$ 740.672,45 e o percentual de execução está em 45%. QUARENTA E CINCO PORCENTO EM 4 ANOS DE OBRA. O contrato termina ano que vem.

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Todos sabem que prefeitos buscam aprovações para tentar a progressão de seu cargo a governador, que será dois anos depois da eleição municipal, e usam términos de obras públicas nos momentos em que a população vai reelegê-lo.

Para concluir, vou deixar aqui o somatório dos 4 anos de obras públicas inacabadas, em Belo Horizonte, que somam R$ 534.963.737,88. São 158 obras x 9 obras finalizadas.

Obs. No sistema da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte temos várias obrar ditas como finalizadas porém com percentuais de execução que não chegam a 24%.

Tiago Gusmão.