Flamengo, um bom scout e a consequente hegemonia
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Flamengo, um bom scout e a consequente hegemonia

Poder competir no mercado europeu é realmente marcante, mas de nada vai adiantar se você não for o "dono" de mercados mais próximos. Só assim o Flamengo poderá se tornar hegemônico.

Lucas Tinôco Ferraz
2 min
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Foto: MPB School
Foto: MPB School

O Flamengo já é hegemônico. Ao menos economicamente, o rubro-negro consegue ser imponente perante aos seus rivais tanto em solo brasileiro, quanto em toda América do Sul. 

O problema é a polêmica atual que paira no Mengão: a contratação de profissionais devidamente capacitados para gerir os mais diversos âmbitos do clube. E isso passa pelo scout do clube. Visivelmente fraco e sem respaldo, só sugere (se é que sugere) jogadores óbvios que qualquer torcedor consegue indicar, como é o caso de Éverton Cebolinha.

O ex-Grêmio é, sem dúvidas, um bom nome para um bom elenco. Contudo, não é com esse tipo de reforço que se nascem hegemonias. No meu entendimento, para que o Flamengo se torne um Bayern de Munique, ele incialmente precisa se comportar como os bávaros. Especialmente no mercado de transferências.

Tendo muito mais dinheiro do que os rivais próximos, o Bayern olha para as revelações e destaques dos adversários antes de avaliar jogadores mais caros e de status continental/mundial. Assim ele enfraquece seus rivais ao mesmo tempo que se reforça.

O Flamengo precisa fazer o mesmo. Precisa de um bom negociador para não pagar loucuras e um bom scout para avaliar bons nomes que surgem no Brasil e em todo o continente. Talvez de imediato não ache um Cebolinha, mas um futuro grande jogador. 

Vejo nas redes sociais um monte de torcedor vivendo só no agora. Mas os mesmos ficam reclamando que "ah, deixamos o Suárez passar lá atrás". Mais recentemente foi o Luis Díaz, que se destacou no Barranquilla. Hoje a bola da vez foi Darwin Núñez, que saiu do Peñarol. Nenhum custou valores que o Flamengo já não pode pagar e ainda rendeu muito dinheiro para Groningen, Ajax e Liverpool (caso de Suárez); para o Porto (caso de Díaz) e para o Almería e Benfica (caso de Núñez). Ou seja, uma boa equipe de scout somada a um poderio financeiro trará bons reforços + enfraquecerá rivais + vai gerar grandes vendas futuras.

Poder competir no mercado europeu é realmente marcante, mas de nada vai adiantar se você não for o "dono" de mercados mais próximos. Só assim o Flamengo poderá se tornar hegemônico.