A educação crítica de Paulo Freire. Mas... Pode criticar?
1
0

A educação crítica de Paulo Freire. Mas... Pode criticar?

A juízes Geraldine Pinto Vital de Castro, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinou, por meio de liminar, que a União, e “quem a represente a qualquer título”, se abstenha de praticar qualquer ato institucional “atentatório a dignidad...

SANFLIX
3 min
1
0

A juíza Geraldine Pinto Vital de Castro, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinou, por meio de liminar, que a União, e “quem a represente a qualquer título”, se abstenha de praticar qualquer ato institucional “atentatório a dignidade do Professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira ”.

A decisão atende a um pedido feito pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), que alegou na ação existir “movimentos desqualificadores dos agentes do Governo Federal contra Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, com falas ofensivas e em contraposição ao pedagogo ser Patrono da Educação brasileira ”. Cabe recurso da decisão.

Primeiramente, o MNDH argumentou que Paulo Freire, morto em 1997 e nomeado patrono da educação brasileira por meio da Lei Federal 12.612, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 2012, tem dados “ofensivas e injustificadas críticas do governo federal e que tais manifestações não só se opõe à figura de Paulo Freire enquanto educador e patrono da educação, como aos projetos e programações a ele vinculado ”.

Além disso, o grupo reclamou que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) alterou a plataforma criada para os professores buscarem cursos de aperfeiçoamento profissional e retirou a homenagem ao educador Paulo Freire do nome. Antes chamada "Plataforma Paulo Freire", ela passou a chamar "Plataforma da Educação Básica". Outro argumento foi o de que integrantes do governo federal têm criticado a metodologia de Paulo Freire, associando-a ao baixo desempenho escolar dos estudantes brasileiros.

Ficamos assim: os representantes da União possuem "liberdade de expressão", mas não de crítica. Eles precisam continuar reverenciando um comunista que bajulava os piores tiranos do planeta, alguém que levou a visão marxista de luta de classes para dentro das salas de aula, substituindo ensino por doutrinação ideológica. O Brasil não é o patinho feio no teste mundial do Pisa por acaso: é obra de décadas de esquerdismo paulofreiriano em nossas escolas.

Pergunto ao leitor: já leu algum livro de Freire? É um exercício e tanto de paciência. Seu linguajar é enfadonho, diz algumas coisas um tanto óbvias de forma aparentemente profunda, que revela apenas uma mente confusa, e usa uma “pedagogia” para, no fundo, pregar o marxismo radical. Foi seu grande “mérito”: levar Marx para dentro das salas de aula.

Seu ponto de vista é o dos “excluídos”, diz ele, monopolizando as virtudes e os fins nobres. Somente quem endossa seu viés “progressista” quer o bem dos mais pobres. O restante, os “neoliberais”, esses querem apenas manter o status quo, preservam um sistema opressor. São pessoas ruins. E contra eles, os “oprimidos” devem se rebelar, lutar pela utopia igualitária.

Era dada a justificativa para que os professores se transformassem em militantes ideológicos, usando as salas de aula não mais para ensinar o conteúdo da forma minimamente objetiva, mas para “transformar uma sociedade”, para “formar novos cidadãos”, naturalmente marxistas empenhados na causa utópica, como o próprio Freire. A doutrinação ideológica ganhava ares de justiça, graças ao pedagogo marxista.

Ou seja, de um lado temos os “progressistas” como ele, que querem salvar a humanidade das garras capitalistas e levar prosperidade aos mais pobres; do outro temos os “reacionários” e “neoliberais”, que pretendem apenas manter o quadro de exploração da miséria alheia. E esse “educador” virou o patrono da educação brasileira!

Olha... Tudo de bom.

Fonte: Canal Tudo Consta