Resumo da semana 16/10/21
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Resumo da semana 16/10/21

O presidente Jair Bolsonaro comentou na noite desta terça-feira (12) o sermão do arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, que, durante a principal missa do dia, afirmou que "para ser pátria amada, não pode ser pátria armada", numa cr...

Constantino
11 min
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Pátria Armada

O presidente Jair Bolsonaro comentou na noite desta terça-feira (12) o sermão do arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, que, durante a principal missa do dia, afirmou que "para ser pátria amada, não pode ser pátria armada", numa crítica à política mais liberal do governo para compra e porte de armas de fogo.

"Olha só, pelo que eu me lembro, ele não falou lá dentro. Só se eu comi mosca, né. Mas eu quero citar uma passagem bíblica aqui, Lucas 22:36: 'E quem não tem espada, venda a sua capa e compre uma’. Então, a Bíblia fala em arma. Essa passagem tem a ver com traições, tá? Foi quando Judas traiu Jesus", disse o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan.

Afirmou depois que respeita o arcebispo. "Mas o estado mais armado do Brasil, proporcionalmente, é Santa Catarina e é o menos violento". Há, de fato, alguma dicotomia entre ser a Pátria Amada e ser a Pátria Armada, como colocou o arcebispo?

Pergunte para os americanos, em especial os republicanos, com um grau de patriotismo bem maior do que os europeus, e também com uma quantidade enorme de armas em casa. Pergunte aos israelenses, em especial os sionistas, que lutam com paixão pela defesa da nação judaica, e que guardam fuzis em casas.

O discurso do arcebispo, no fundo, foi "lacração" do começo ao fim, falando em Fake News, em ciência, politizando demais os assuntos. Não por acaso a GloboNews reproduziu longo trecho de sua fala, alfinetando o Presidente Bolsonaro.

A Globo, aliás, tem que estar muito desesperada para levar até Renan Calheiros a sério desse jeito. Um alienígena - ou melhor, um ET, para não ofender a Demi Lovato - vendo GloboNews jura que o senador é o homem mais honesto do planeta, preparando um relatório imparcial e técnico da CPI da Covid, que teria feito revelações bombásticas contra o governo.

Quando temos figuras como Renan Calheiros e Omar Aziz falando em nome da ciência, da ética e da preocupação humanitária, ou quando temos gente que sempre desprezou o verde e amarelo em troca do vermelho buscando monopolizar a fala em nome do patriotismo, o associando ao desarmamento dos cidadãos de bem, então sabemos que o governo vai na direção certa.

O deputado Paulo Eduardo Martins comentou sobre suas andanças pelo país nesse feriado: "Mais um dia nas estradas com a família. Impressiona a presença da bandeira do Brasil em praticamente todos os estabelecimentos de beira de estrada e na maioria dos caminhões. Essa cena não existia há pouco tempo. Há um sentimento por trás disso, mas a vermelhada não vai entender".

Argentina congelada

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou o congelamento de preços de uma cesta de 1,2 mil produtos básicos por 90 dias. É o que informou o jornal La Nación, na quarta-feira 13, depois de reunião entre o chefe do Executivo e empresários. Conforme o governo, o objetivo é segurar a inflação, que supera 50% ao ano.

Em 2020, Fernández adotou essa estratégia, mas ela se mostrou ineficaz. A Argentina já se valeu do congelamento de preços em pelo menos sete momentos de alta inflação desde 1952. Nenhum resolveu o problema. A tentativa mais recente ocorreu no ano passado, quando os peronistas congelaram os preços de 23 mil produtos, como meio de amortecer os impactos da pandemia de coronavírus.

Meu pai sempre me ensinou que existe a forma inteligente e a burra de aprender. Na inteligente, observamos os erros alheios. Na burra, aprendemos na marra com nossos próprios erros. Mas o que dizer de quem sequer consegue aprender com os próprios erros? Escrevi um texto em 2014 quando Cristina Kirchner, sem poste intermediário, anunciou medida similar. Alertei que daria errado, como deu, pois temos nada menos do que 40 séculos de aprendizado sobre o assunto! Vejam:

Nada disso é novo. Trocam-se os personagens, mas a trama continua a mesma. Robert Schuettinger e Eamonn Butler escreveram um livro em 1979, chamado Quarenta séculos de controles de preços e salários. Pelo título, já fica claro como esta política é antiga. Tão velha quanto a Babilônia, para ser mais preciso. O Código de Hamurabi já impunha um rígido sistema de controles de salários e preços. Naturalmente, não funcionou. Os autores resumem:

O registro histórico mostra uma sequência sombriamente uniforme de repetidos fracassos. De fato, não existe um único episódio em que os controles dos preços tenham conseguido deter a inflação ou acabar com a escassez. Em vez de conter a inflação, os controles de preços acrescentam outras complicações à doença da inflação, como o mercado negro e a escassez, que refletem o desperdício e a má alocação de recursos provocada pelos mesmos controles.

A razão para o fracasso é clara: os controles de preços não atacam a verdadeira causa da inflação, que é “o aumento dos meios de pagamento superior ao aumento da produtividade”. O governo argentino insiste no erro. Pretende evitar o aumento da inflação decretando controle de preços e punindo “especuladores”. Não se brinca impunemente com os preços de mercado.

Outro grave problema do controle de preços é que sabemos onde ele começa, mas nunca onde termina. O economista austríaco Ludwig von Mises descreveu a desagradável experiência alemã:

Nos seus esforços para fazer funcionar o sistema de controle de preços, as autoridades ampliaram passo a passo a gama de mercadorias sujeitas ao controle de preços. Um após o outro, os setores de economia passaram a ser centralizados, sendo colocados sob a administração de um comissário do governo.

O controle de determinado preço gera consequências indesejadas, e novos controles são demandados para atacar os novos problemas. Algo como aqueles desenhos animados antigos, em que o personagem tentava conter o vazamento de água tampando um buraco, mas logo apareciam inúmeros outros buracos, levando-o ao desespero.

Minha conclusão em 2014 continua perfeitamente válida para 2021, na verdade reforçando a mensagem:

Seria bem mais inteligente atacar a raiz do problema, a saber, as finanças públicas fora de controle, a taxa de juros abaixo da inflação, o excesso de intervencionismo no mercado, etc. Infelizmente, a Argentina escolhe o caminho da desgraça anunciada. Quem não aprendeu uma lição de 4 mil anos, não aprendeu nada mesmo!

Fica fácil entender porque a Argentina desapareceu da nossa imprensa. Lembrar que nosso vizinho existe é derrubar cada narrativa fajuta da mídia contra Bolsonaro. O presidente seguiu a "ciência" e adotou o mais rigoroso lockdown da região, e foi muito elogiado por isso. É um governo apoiado pela esquerda nacional, em especial pelo PT de Lula. E os resultados são catastróficos! 

Como, então, acusar Bolsonaro por cada problema brasileiro tendo de lidar com a situação infinitamente pior ao lado? Seria admitir que os problemas advêm da pandemia, e não do nosso governo, certo? E que se a esquerda lulista estivesse no poder, tudo seria muito, muito pior...

Agro é morte

Terroristas do MST e da Vila Campesina atacaram a sede da Aprosoja, depredando tudo e levando ao pânico o funcionário presente. Não é de hoje que os braços rurais do PT espalham caos e medo pelo país, destruindo a ciência que garante a produtividade do nosso agronegócio.

Por conta de nossas vantagens comparativas, como solo e clima, além da evolução tecnológica, o Brasil conseguiu se tornar o gigante do mundo na produção agropecuária, exportando bilhões de dólares em produtos que alimentam cerca de um bilhão de bocas no planeta, enquanto trazem divisas e geram empregos pelo país.

Mas a esquerda radical, obsoleta e reacionária, ainda imbuída de uma visão marxista tosca, insiste em demonizar tudo isso. Cospe na locomotiva do nosso progresso, deixando claro para todos como amam o atraso e a miséria. Nesse novo ataque, chegaram a pichar a frase "agro é morte". Veganos? Nada disso. Basta ver como o MST trata os animais nas fazendas que "ocupa", ou seja, invade de forma criminosa.

Agronegócio, evangélicos, armamentistas, a bancada BBB enfim: eis a nova força que se dá conta de que a esquerda é um vírus maligno que precisa ser extirpado da política numa democracia séria e avançada. Não há espaço para marxistas comunistas numa democracia, como não há para nazistas e fascistas. Com o crescimento desses setores temos a chance de finalmente endireitar o Brasil.

A esquerda radical sobrevive como um ranço do passado, com recursos públicos e remessas de bilionários que sustentam ONGs de vagabundos. Mas o povo mesmo já acordou faz tempo para o mal que grupos criminosos como o MST produzem. O Brasil que trabalha tem orgulho de seu agronegócio pujante, moderno. Ninguém deseja transformar nosso campo em favelas rurais bancadas pelo estado para sustentar parasitas oportunistas.

Fora, MST! Fora, PT! E não podemos esquecer dos braços petistas ainda espalhados pelo establishment. O jornalista Alexandre Garcia, aliás, tocou na ferida ao expor o duplo padrão do STF: "O ministro Alexandre de Moraes escreveu agora, na decisão que o mandou de volta para cadeia, que a prisão é imprescindível e necessária para 'garantir a ordem pública'. Aí eu fico pensando: será que foi [Roberto] Jefferson que chefiou esse ataque à Aprosoja ontem de manhã?"

Para nossa "justiça", os criminosos da esquerda podem tudo, enquanto se cria crime de opinião para prender gente de direita. Mas esse arbítrio de poder será eventualmente enfrentado, quero crer, por uma população que despertou e que exige respeito ao império das leis, lembrando que todos são iguais perante a Justiça. À medida que nosso agronegócio substitui a indústria como ramo mais destacado da economia, isso vai ter de se refletir em poder político também. E aí será o fim da extrema esquerda. Amém!

Cem milhões 

“Brasil chega a 100 milhões de totalmente vacinados e supera EUA na proporção de imunizados”, dizia a manchete do Estadão. “Quase metade da população já recebeu duas doses ou dose única contra a covid-19. Especialistas destacam Programa Nacional de Imunização forte e bem estruturado”, acrescentava o jornal. A reportagem estava com menos destaque do que a chamada que colocava o presidente Bolsonaro como um “antivax” que felizmente era ignorado pelos maiores centros do país. 

Nossa velha imprensa vive de narrativas, mas eis o fato: o Brasil é um dos países que mais vacinaram no mundo, e isso se deve ao trabalho de execução do governo federal. Quanto à postura de Bolsonaro de não querer se vacinar, ele tem total direito como cidadão e indivíduo, e está do lado da ciência quando lembra que já contraiu a doença e possui imunidade natural. O que a mídia quer é sinalização de “virtude”, adesão cega ao lobby das vacinas.

Vamos resgatar outros fatos incômodos: a turma “Doriana” vendeu a vacina como uma panaceia, o governador de São Paulo chegou a escrever nas redes sociais que era garantido evitar internação e óbito com a imunização, e até o Butantã foi na mesma linha, fazendo promessas irreais e levianas. Milhares de pessoas, porém, já morreram com Covid mesmo após a vacinação completa. Países que eram elogiados por sua rápida vacinação, como Israel, Inglaterra e Estados Unidos, viram surtos de internação e mortes com a variante Delta, a mesma que assolou o Brasil antes.

Um estudo britânico recente mostra que a vacina reduz o risco de morte, mas não é como a narrativa dos crentes alega, de que as mortes são praticamente todas de não vacinados. Considerando-se os maiores de 50 anos, 77,79% dos mortos estavam vacinados. O ponto central: o sujeito que toma a vacina e acha que, por isso, está completamente a salvo é um negacionista que ignora a ciência. 

Quando encaramos os fatos, vemos que os dogmas morrem. Não é uma questão de “vacina ou tratamento”, portanto, mas sim de compreender com mais humildade que ainda sabemos pouco sobre a nova pandemia. O debate, porém, foi interditado por jornalistas arrogantes, governantes autoritários e lobistas, todos rotulando como “negacionista” aquele que faz perguntas incômodas e não aceita bovinamente as “verdades” enfiadas goela abaixo do povo pela imprensa. 

Não se pode mais sequer questionar as vacinas! E governos ainda querem impor um passaporte vacinal sem sentido, já que vacinados também pegam e transmitem o vírus. Isso sem falar da vacinação apressada de adolescentes, lembrando que nos Estados Unidos morreram menos de 500 pessoas com até 18 anos de Covid, isso em 18 meses de pandemia para uma população superior a 70 milhões nessa faixa etária. Um risco ínfimo, quase insignificante, que não justifica transformar nossos filhos em cobaias.