Eu adoro aquela função do Instagram de me lembrar de postagens de anos atrás... Hoje estava zapeando por lá quando ele me levou para três anos atrás. Pra uma foto bem linda do pôr do sol em Noronha. Dudu e eu de mãos dadas.
Eu adoro aquela função do Instagram de me lembrar de postagens de anos atrás... Hoje estava zapeando por lá quando ele me levou para três anos atrás. Pra uma foto bem linda do pôr do sol em Noronha. Dudu e eu de mãos dadas. |
Mas mais do que a imagem, reli a legenda. |
O tal do filho de verdade. |
Há três anos eu disse que naquele tempo eram poucos os comentários que me atingiam, que me chateavam. Mas ouvir um “o filho é seu de verdade ou você adotou?” me cortava o coração. |
As pessoas, na sua maioria, não falam por maldade. Falam simplesmente porque não conhecem. |
Isso tinha acabado de acontecer. Tinham me feito essa pergunta. Na frente dele. |
Por isso eu continuei, pra que o cortar o coração daquele dia não tivesse sido em vão. |
Filho é filho, e todos são de verdade. O que os difere é apenas a forma pela qual eles chegaram. E pais por adoção não estão fazendo caridade, não são santos e nem melhores que ninguém. São apenas pais, com qualidades e defeitos como todos os outros. E ponto. |
O ponto fechou o papo (ou desabafo) de três anos atrás. Mas hoje eu usaria ele apenas como uma pausa para continuar. |
Nossos filhos não vivem em bolhas... e sempre vai ter a pessoa, seja ela mal intencionada ou não, que vai fazer um comentário ou uma pergunta nesse sentido. Precisamos estar preparados e, mais que isso, precisamos preparar nossos filhos. |
Quando li a tal legenda, logo pensei em trazer o assunto pra cá. Sentei aqui, abri o Instagram no computador para buscar exatamente o que eu havia escrito e enquanto rolava o feed, Dudu veio ver o que estava fazendo. |
"Mamãe, o que você está procurando?""Uma foto nossa em Noronha, filho. Por causa do texto que tem nela.""E o que fala o texto?""Fala sobre ser filho de verdade, mãe de verdade.""Tipo eu sou seu filho e você é minha mãe, né?" |
É isso. Agora, sim! E ponto! |