Coinbase, uma máquina de fazer dinheiro!
0
0

Coinbase, uma máquina de fazer dinheiro!

Os resultados da corretora de criptomoedas em 2022 proporcionam uma série de descobertas sobre o desenvolvimento do mercado nos últimos anos. Entenda como a Coinbase se tornou uma máquina de fazer dinheiro

Andre Portilho
4 min
0
0

Os resultados da corretora de criptomoedas em 2022 proporcionam uma série de descobertas sobre o desenvolvimento do mercado nos últimos anos. Entenda como a Coinbase se tornou uma máquina de fazer dinheiro

Email image

A Coinbase é a maior exchange de crypto dos Estados Unidos e uma das maiores do mundo. Foi pioneira no mercado americano tendo iniciado suas atividades em 2012, quando pouca gente falava disso e o bitcoin valia apenas seis dólares!

Dez anos depois e com o preço do bitcoin a 40 mil dólares, a Coinbase é uma máquina de fazer dinheiro, com mais de 11 milhões de clientes ativos e presença em mais de 90 países. Além disso, no ano passado se tornou a primeira Exchange de Crypto a abrir seu capital na Nasdaq e hoje vale mais de 30 bilhões de dólares.

Analisar os resultados da Coinbase nos dá uma ótima visão do desenvolvimento do mercado Crypto nos Estados Unidos e no mundo.

Além dos números absolutos, que são muito robustos, o que chama mais atenção é o crescimento observado no ano passado. A receita aumentou mais seis vezes, o lucro mais de 11 vezes, os ativos sob custódia mais de três vezes e o volume transacionado mais de oito vezes em relação ao ano anterior.

A receita foi de 7.4 bilhões de dólares e o lucro líquido de 3.6 bilhões. O valor dos ativos sob custódia atingiu 278 bilhões de dólares! Para quem acha que crypto ainda não é um mercado pra ser levado a sério, está na hora de prestar um pouco mais de atenção.

Entrando mais a fundo em como esses resultados foram obtidos, conseguimos ter uma visão de como o mercado de crypto está evoluindo.

Dos 278 bilhões de dólares de ativos sob custódia, 51% vem do varejo e 49% vem de clientes institucionais. Olhando para o volume transacionado, 32% vem do varejo e 68% vem de institucionais. Isso mostra uma grande mudança que ocorreu no mercado nos últimos dois anos: se antes ele era quase todo ocupado pelo varejo, essa situação se inverteu confirmando a institucionalização que vem ocorrendo.

Ainda em relação aos ativos sob custódia, bitcoin representa 40% do total e ether 25%. Comparando esses números com o total negociado na plataforma, vemos que bitcoin responde por apenas 24% do volume e ether 21%. Podemos tirar duas conclusões disso: a primeira é que 55% do volume já tá vindo de outras cryptos que não bitcoin e ether, o que mostra que o mercado está ganhando abrangência. A outra conclusão é que, pelo menos na Coinbase, existe uma desproporção entre o valor de bitcoin em custódia e o valor negociado. Isso pode indicar que as pessoas estão usando bitcoin mais como um investimento de médio / longo prazo do que para especulação.

Outro fator interessante é que 32% dos clientes usaram outros serviços além da parte de negociação, como Staking e aluguel de crypto. Mais uma vez isso nos mostra que o mercado está ganhando profundidade e abrangência e com a evolução da regulação tem tudo para crescer ainda mais nos próximos anos.

O mercado de crypto no Brasil ainda é uma fração do americano e a Coinbase ainda não tem presença no mercado local. Mas quando olhamos para esses resultados e dados o tamanho e a sofisticação do mercado brasileiro, temos uma boa visão do potencial que o Brasil tem em se tornar um polo de crypto na América Latina, gerando empregos e crescimento econômico. Basta para isso um marco regulatório que fomente a inovação e traga regras claras para os participantes.

Abraços e até o próximo Crypto Insights!

PS: Se esse conteúdo foi útil pra você, me siga no Instagram onde tem muito mais! @anportilho