Gato no sofá

Tarde do dia por cima de um sofá velho, o gato caminha. Vem na mão, pede comida, se embola, fica manhoso. Vai no colo de quem mais gosta. Pula pelas almofadas e chega até ela. De doce sorriso e afeto encantador, é claro que o gato a escolhe. Eu o entendo completamente. Talvez naquele sofá não houvesse mesmo menina tão bela, nem carinho tão bem dado quanto o dela. O café sob a mesinha e o brilho do sol daquela tarde a enriqueciam mais ainda. Seu amor é irresistível, eu entendo. Me pondo ao seu lado no sofá, faço como gato e a escolho. Ela abre seu meigo sorriso, estende a mão gentilmente e me oferece também o seu carinho. Sentindo o calor do sol, ouvindo o ronronado, apreciando a ternura de seu olhar eu pude perceber: Se ainda há o que possa ser chamado de especial neste mundo, é meu amor por ela.