Turquia mantém estreitos abertos, mas coordena posição com a Rússia
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Turquia mantém estreitos abertos, mas coordena posição com a Rússia

Na medida em que a invasão russa à Ucrânia prossegue, os questionamentos aos demais atores regionais também se ampliam. De uma forma ou de outra, os países que ainda permanecem em dúvida ou hesitam em tomar partido precisam enfrentar seus dil...

Henry Galsky
5 min
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Na medida em que a invasão russa à Ucrânia prossegue, os questionamentos aos demais atores regionais também se ampliam. De uma forma ou de outra, os países que ainda permanecem em dúvida ou hesitam em tomar partido precisam enfrentar seus dilemas. O tempo para reflexão e tomada de posição diminui tanto quanto a guerra se estende. O caso da Turquia é emblemático por algumas razões. A primeira delas é a mais óbvia: o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, é uma espécie de Vladimir Putin, mas com assento na OTAN.

Para além do paralelo evidente, a Turquia tem evitado aderir de forma integral a um dos lados também sob a alegação de que mantém boas relações com ambos. Vale dizer que não foi sempre assim. As relações internacionais são sempre contraditórias e mutantes. Rússia e Turquia chegaram a um nível elevado de tensões recentemente, em novembro de 2015, quando as forças de segurança turcas derrubaram um avião de combate russo que atuava na Síria sob a alegação de que o caça havia invadido seu espaço aéreo. Na ocasião, Putin classificou o episódio como "uma facada nas costas dada pelos cúmplices dos terroristas". Pois é.

De lá para cá, tudo mudou. E chegamos à guerra na Ucrânia e ao posicionamento turco. Por mais que Erdogan já tenha declardo que a OTAN deveria fazer mais pela Ucrânia, a Turquia se absteve durante a votação sobre a suspensão da Rússia do Conselho da Europa, organização cujo objetivo é proteger a democracia, os direitos humanos e o fomento de cooperação jurídica, cultural e de questões sociais. Os turcos tampouco participaram da solicitação para a realização primeira reunião entre os membros da OTAN sobre a guerra. É possível que Ancara não se junte aos demais países na imposição de sanções mais duras aos russos.

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