No mês das mulheres e do Oscar, trazemos algumas atrizes de Hollywood que têm utilizado seus prestígios e dinheiro para apoiar startups.
Edição 44 | ||
Enviado em 3 de fevereiro de 2023 | ||
Chegando no mês das mulheres e do Oscar, trazemos algumas atrizes de Hollywood que têm utilizado seus prestígios e dinheiro para apoiar negócios inovadores. | ||
Mais: layoffs (o lado positivo!) e down rounds. | ||
#VC | ||
A estatueta de Melhor Investidora vai pra quem? | ||
O Diabo Veste Prada, Diário da Princesa, Oito Mulheres e Um Segredo, Amor e Outras Drogas. Esses são alguns dos trabalhos de Anne Hathaway, uma das atrizes mais celebradas de Hollywood. | ||
A atriz, que em 2012 ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo seu papel no musical Os Miseráveis, tem um outro lado pouco conhecido: o de investidora. | ||
Desde o ano passado, Anne investe em startups de inclusão pessoal e profissional e de combate às mudanças climáticas. | ||
Agora, o mais recente aporte de Anne foi na foodtech californiana The Every Co. | ||
Pioneira na criação de proteína do ovo ("chicken free"), a startup tem fermentação de precisão como foco de trabalho e já arrecadou quase US$ 240 milhões de outros investidores conhecidos, como os fundos Temasek e ZX Ventures. | ||
Mas Anne não é a primeira atriz de Hollywood a se aventurar no mundo das startups. | ||
Reese Witherspoon, que venceu o Oscar de Melhor Atriz em 2005 pela sua atuação em Johnny & June, já encontrou boas oportunidades de negócio. | ||
Não é atoa que ela tem um patrimônio líquido avaliado em US$ 400 milhões, o que a levou não apenas ao primeiro lugar de atriz mais rica do mundo, de acordo com a Forbes, como a mais bem-sucedida quando o assunto é investimento em startups. | ||
💸 O grande negócio de Reese foi em 2021, com a venda da Hello Sunshine, editora e produtora de filmes criada por ela em 2016, para a gigante de private equity Blackstone pelo valor de US$ 900 milhões. | ||
Mais que o montante de dólares, a operação chamou a atenção pela habilidade de Reese de aproveitar o momento. | ||
Muito dinheiro circulava no show business durante a pandemia pelo aumento no número de assinantes de streaming. | ||
No período, a Amazon comprou os estúdios da MGM por US$ 8,45 bilhões e o grupo de televisão Discovery anunciou a fusão com a Warner Media em um negócio avaliado em US$ 43 bilhões. | ||
Elenco de milhões. É da Hello Sunshine a produção da série Big Little Lies, uma das mais aclamadas pela crítica e público. | ||
No elenco, está Laura Dern, vencedora do Emmy em 2017 por seu trabalho na série e do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2020 por A História de um Casamento. | ||
Laura tem um histórico de investimentos em startups lideradas por mulheres, como a Bobbie, de alimentos orgânicos para bebês, e a UNest, aplicativo de orientação feminina. | ||
Durante a preparação para o papel de uma empresária do Vale do Silício da série, Laura afirmou que não tinha "noção do que era ser uma mulher no mundo da tecnologia". | ||
É aí que ela virou uma das vozes mais ativas pela equidade de gênero nas empresas de tecnologia. | ||
#layoff | ||
Como os layoffs podem alimentar um pico de novas startups? | ||
Seu acesso está bloqueado. Foi isso que muitos funcionários leram ao tentarem logar em seus e-mails corporativos ano passado. | ||
As demissões em massa viraram algo comum no mercado de tecnologia em 2022, por isso eu sei que você provavelmente já não quer mais ler sobre elas. | ||
Mas, aqui, vamos trazer as demissões sob uma outra ótica... | ||
Além de inundar o mercado de ótimos profissionais, as demissões podem ser, para muitos, a faísca que faltava para abrir o próprio negócio. Com o pagamento das rescisões, as ideias, que antes ficavam restritas a um tempo futuro, chegam mais rápido ao plano das ações. | ||
Henry Kirk e mais cinco colegas foram alguns dos 12 mil demitidos do Google. Daí decidiram criar o próprio estúdio de design e desenvolvimento. | ||
Pouco tempo depois, Henry publicou no Linkedin sobre o novo negócio e recebeu mais de 15 mil reações e milhares de mensagens de pessoas que queriam trabalhar na nova agência. | ||
Até quem não foi demitido, passou a contemplar a possibilidade de abrir o próprio negócio. | ||
Foi o que aconteceu com Nish Junankar. Ele decidiu abandonar a sua posição de engenheiro de software da plataforma NFT OpenSea após uma onda de demissões no seu time. | ||
Nish relata que declinou um pacote de retenção que incluía mais ações por receio de que menos colegas resultaria em mais horas e mais trabalho para ele. | ||
Assim, abriu a Feasier, uma plataforma que agrega anúncios de móveis de diversos sites. | ||
Ainda dependente do financiamento de família e amigos, Junankar relata que está buscando investidores, o que vem sendo uma grande dor de cabeça. “É muito estressante, as reuniões são curtas e você tem que estar muito preparado e ir direto ao ponto”. | ||
Por conta de uma demissão ou por querer fugir de uma próxima onda, são esses novos Henrys e Nishs que estão criando uma onda de novos negócios, responsáveis por realimentar um ecossistema que vive de empreendedores dispostos a tomar riscos para colocar seu negócio de pé. Leia o artigo completo. | ||
#downround | ||
Dando a volta por cima no down round | ||
Para os empreendedores, poucas coisas são mais difíceis de engolir do que sofrer um down round. | ||
📝 Um down round é quando a startup capta uma nova rodada de investimentos com valor de mercado inferior à última. Quando isso acontece, os investidores adquirem fatias maiores do negócio por preços menores. | ||
As "rodadas de baixa", na tradução literal, passaram a acontecer de maneira mais marcante a partir da metade do ano passado. | ||
BlockFi, Klarna e Stripe são exemplos de algumas gigantes que tiveram que aceitar desvalorizações para negociar novas rodadas. Seus valuations caíram, respectivamente, de US$ 3 bilhões para US$ 1 bilhão, de US$ 45,6 bilhões para US$ 6,7 bilhões e de US$ 95 bilhões para US$ 74 bilhões. | ||
Estruturar rodadas internas é uma das maneiras que os empreendedores encontraram para evitar que o valor dos seus negócios caísse pela metade. | ||
Nelas, as startups fazem acordos com os seus investidores atuais para conseguir cheques adicionais, às vezes até oferecendo algumas vantagens, como descontos em ações em uma futura oferta pública. | ||
Alguns investidores estão dispostos a não olhar para o valuation e colocar mais US$ 5 milhões adicionais em uma startup que já colocaram US$ 100 milhões, por exemplo, para ajudar o negócio a se recuperar (e, claro, proteger seu investimento). | ||
Outra estratégia é prometer aos investidores um break-even mais imediato, tirando o pé do acelerador no crescimento. Foi o que aconteceu com a NotCo, que recebeu mais de US$ 70 milhões na rodada mais recente, sem sofrer desvalorizações. | ||
A NotCo alegou que deve se tornar lucrativa em dois anos, quando o plano original previa atingir o break-even em cinco – e, para isso, sacrificará o crescimento e aumentará as margens. Leia o artigo completo. | ||
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