Conheça a Cellva, uma das startups mais inovadoras do mundo em ingredientes. Mais: veículo permite participação indireta em portfólio com 10 unicórnios americanos e o fenômeno fintech no Brasil.
Edição 115 | ||
Conheça a Cellva, uma das startups mais inovadoras do mundo em ingredientes. | ||
Mais: veículo permite participação indireta em portfólio com 10 unicórnios americanos e o fenômeno fintech no Brasil. | ||
High-tech fat: conheça a gordura de porco cultivada em laboratório | ||
A Cellva, uma startup de biotecnologia, busca levantar R$ 800 mil na Captable para expandir suas operações e solidificar sua posição no mercado de ingredientes alimentícios inovadores. Esta captação faz parte de uma estratégia maior, que totaliza R$ 8,5 milhões. | ||
Fundada por Sérgio Pinto, ex-diretor de Inovação Global da BRF, e Bibiana Matte, PhD em biotecnologia com experiência em universidades como Michigan e San Diego, a Cellva já recebeu investimentos de Proveg, Rumbo Ventures, AirCapital, Fundepar e EA Angels na rodada atual. | ||
Cellva: uma das startups mais inovadoras do mundo | ||
A Cellva é a única empresa da América Latina com um centro de biotecnologia e desenvolvimento de alimentos de 120 m², equipado com tecnologia de ponta para a produção de gordura e novos ingredientes. | ||
Sua plataforma tecnológica agrega valor em todas as etapas do processo, atendendo a um mercado global avaliado em mais de US$ 220 bilhões. | ||
A startup desenvolve biotecnologia proprietária para a produção de gordura suína cultivada, permitindo a multiplicação de células de gordura em laboratório sem a necessidade de abate dos animais, em um processo 95% mais rápido e eficiente. | ||
Atualmente, a Cellva tem contratos de desenvolvimento preliminares com três das dez maiores empresas de ingredientes do mundo e planeja aumentar significativamente sua capacidade produtiva para atender à crescente demanda da indústria alimentícia. | ||
“Estamos revolucionando o mercado de ingredientes alimentícios ao utilizar a biodiversidade brasileira para desenvolver gorduras menos saturadas e microcápsulas para agregar sabor e nutrição. Nosso objetivo é atender à crescente demanda da indústria alimentícia por ingredientes mais saudáveis e sustentáveis,” afirma Sérgio Pinto, CEO e cofundador da Cellva. | ||
Próximos passos | ||
Os recursos captados serão utilizados para expandir a capacidade produtiva da empresa, internacionalizar a operação e contratar novos profissionais especializados. | ||
A startup tem ingredientes no mercado disponíveis para testes, como os microcarreadores e as microesferas. Em relação à gordura cultivada, a Cellva entrará com processo de aprovação na Anvisa para começar a comercialização em larga escala de seus produtos. | ||
“Nosso foco é resolver um dos maiores desafios do nosso tempo: o impacto climático da produção de alimentos. Com a nossa tecnologia, podemos oferecer gorduras e ingredientes de alta qualidade para nutrição humana, reduzindo significativamente danos ambientais,” complementa Bibiana Matte, CSO e cofundadora da Cellva. | ||
Uma chance de investir junto a grandes fundos | ||
“A Cellva representa uma inovação significativa no setor de alimentos, combinando sustentabilidade com alta tecnologia para nutrição. Acreditamos que essa rodada de captação tem potencial de trazer grandes retornos para os investidores e ajudará a impulsionar a produção de ingredientes alimentícios mais saudáveis e sustentáveis,” destaca Paulo Deitos, cofundador e CEO da Captable. | ||
A rodada de captação na Captable está aberta a qualquer pessoa interessada em investir e já ultrapassou 100% de reservas, desbloqueando o overfunding – mais 20% de investimento será aceito. As informações completas sobre a oportunidade de investimento na Cellva estão disponíveis no site da Captable. | ||
Já pensou em ter uma fatia da OpenAI ou da Epic Games? | ||
A essa altura, qual investidor não gostaria de ter uma parcela das ações da OpenAI? | ||
Para o investidor brasileiro de olho no mercado de venture capital dos Estados Unidos, saber que o segmento movimentou US$ 248,4 bilhões no ano passado é apenas um dado curioso. Interessante mesmo é encontrar uma forma de participar do desenvolvimento de startups e empresas de tecnologia de destaque como essas. | ||
Para proporcionar essa oportunidade, a Bossa Invest criou e acaba de anunciar um veículo que permite, por meio de um único aporte, a diversificação de carteira com investimentos em unicórnios americanos como OpenAI, Stripe, Anthropic e Epic Games. | ||
Como funciona | ||
O modelo se baseia na realização da oferta na Captable, principal plataforma de investimentos em startups do Brasil. Utilizando uma estrutura de Sociedade de Propósito Específico (SPE), a operação facilitará a alocação de capital indireta em startups americanas de alto potencial, mitigando riscos e aumentando as possibilidades de retorno financeiro. | ||
A SPE possuirá, indiretamente, um portfólio de 10 startups, permitindo que os investidores distribuam seus aportes de maneira indireta e equitativa entre todas as empresas. | ||
"Esse primeiro veículo representa um marco significativo para o ecossistema de pequenos investidores brasileiros, unindo as expertises da Captable e da Bossa Invest para criar novas oportunidades para esses investidores. Estamos entusiasmados com o potencial de sucesso desse novo modelo," afirma Paulo Tomazela, CEO da Bossa Invest. | ||
Em menos de 5 dias a oferta atingiu 100% de reservas, mas ainda é possível entrar na lista de espera e, em caso de desistências, novos investidores serão chamados. | ||
US$ 10,4 bi em 10 anos, o fenômeno fintech no Brasil | ||
O Brasil se destaca como o principal destino de investimentos em fintechs na América Latina, concentrando mais da metade das startups financeiras da região, com mais de 1.600 empresas, desde pequenas como a Hash até gigantes como o Nubank. | ||
Um levantamento realizado pela Distrito, revela que, de 2014 até o primeiro semestre de 2024, as fintechs brasileiras receberam US$ 10,4 bilhões (R$ 59,6 bilhões) em 1.034 negócios, conforme o FinTech Report 2024. | ||
Esse valor representa 66,67% do total de investimentos na região, que, no mesmo período, somou US$ 15,6 bilhões (R$ 85,3 bilhões) em 1.658 transações. | ||
Ambiente de negócios maduro | ||
O Brasil possui o ecossistema de inovações financeiras mais maduro da América Latina, de acordo com a pesquisa. “Hoje o país tem um ecossistema robusto de fintechs que atrai investidores. Havia uma concentração do setor em quatro grandes bancos, e a agenda de inovação, com ações do governo e do Banco Central com sua agenda de digitalização, facilitaram a democratização dos serviços e produtos financeiros através das fintechs”, explica Victor Harano, gerente de pesquisa da Distrito. | ||
Investimentos em outros países | ||
O México aparece em segundo lugar no levantamento, com US$ 3 bilhões em 328 negócios, enquanto Argentina, Colômbia e Chile registraram, respectivamente, US$ 1 bilhão, US$ 600 milhões e US$ 300 milhões em investimentos durante o período. | ||
Outros países da região somaram juntos US$ 300 milhões em 62 negócios, demonstrando um setor ainda em desenvolvimento. | ||
Recuperação dos investimentos | ||
Depois de um 2023 de baixa para as fintechs da América Latina, com investimentos de apenas US$ 1 bilhão (R$ 5,47 bilhões) no ano, os recursos começaram a retornar em 2024. | ||
No primeiro semestre, as fintechs da região receberam US$ 800 milhões (R$ 4,37 bilhões), e Harano estima que a cifra deve se repetir no segundo semestre, voltando aos patamares históricos na América Latina. Ele prevê que o Brasil deve manter a proporção de investimentos acima dos 60%. | ||
Maiores investimentos no Brasil | ||
Entre os negócios realizados na região, os dois maiores investimentos ocorreram em fintechs no Brasil. A Qitech recebeu um aporte de US$ 250 milhões de investidores, enquanto a Celcoin obteve US$ 125 milhões. | ||
Ajustes e perspectivas | ||
Harano lembra que, em 2023, houve aumento de juros no exterior, o que levou à redução de recursos destinados às fintechs, com investidores mais cautelosos, buscando empresas mais maduras. | ||
Nos últimos 18 meses, as fintechs ajustaram seus quadros de funcionários, focaram em produtos de qualidade e buscaram alcançar os primeiros lucros. | ||
“O ano de 2023 foi muito ruim, depois de anos atípicos de excesso de capital, com os bancos centrais elevando juros no exterior para conter a inflação, o que secou a liquidez para as fintechs. Nos últimos 18 meses, muitas enxugaram o quadro e as que têm bons produtos ficaram e voltaram a atrair investimentos”, conclui Harano. | ||
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