🟣 Nem tudo que reluz agora é ouro
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🟣 Nem tudo que reluz agora é ouro

Agora, nem tudo que reluz é ouro. Startups que buscam investimento enfrentam um novo e difícil normal. Enquanto isso, o corporate venture capital deve continuar em crescimento no Brasil.

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Edição 55

Agora, nem tudo que reluz é ouro. Startups que buscam investimento enfrentam um novo e difícil normal. Enquanto isso, o corporate venture capital deve continuar em crescimento no Brasil.

#VC

Novo normal para as startups que buscam investimento

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Apesar de alguns sinais de melhora, como um aumento de 78% nos investimentos na América Latina em abril, o mercado ainda enfrenta condições desfavoráveis para aqueles que estão em busca de investimentos...

Mesmo as startups que já estão com grana suficiente para crescer não estão correndo atrás de mais investimentos.

E os investidores que têm dinheiro guardado estão levando as coisas com mais calma, especialmente se tiverem que liderar uma rodada. Parece que estão fazendo uma espécie de "dança da espera".

Essa reticência maior dos dois lados da mesa desencadeou outros novos direcionamentos em cascata.

De volta aos trilhos. Por um tempo, as linhas entre cada estágio de uma startup ficaram bem confusas. Agora, os estágios estão voltando aos conceitos originais: seed, com um produto já funcionando no mercado, série A para aquelas que já validaram os canais de distribuição e têm um product-market-fit, e assim por diante...

Continuar crescendo. O mantra de crescimento a qualquer custo não é mais a jogada dos empreendedores na hora de buscar investimentos. Agora, a realidade é discutir quanto dinheiro é necessário para continuar crescendo, mesmo que em um ritmo mais tranquilo.

Rodadas intermediárias e adicionais em alta. Extensões, bridges e pré-series se tornaram essenciais para as startups que buscam quantias menores, para evitar uma diluição exagerada do cap table. Isso também se deve à dificuldade em conseguir montantes relevantes para as rodadas A, B ou C.

Cheques menores. Como resultado, quem está chegando nas rodadas A e B está aceitando cheques menores – pelo menos metade do tamanho médio que era praticado antigamente. As rodadas de Series A, que costumavam ficar entre US$ 8 milhões e US$ 12 milhões, agora estão rolando com valores entre US$ 4 mi e US$ 6 mi. Já as Series B caíram de US$ 20 milhões para algo mais próximo de US$ 10 mi.

Follow-ons e inside rounds predominantes. Os empreendedores estão buscando investimentos dos fundos que já estão no cap table, em vez de ficarem meses em roadshows, perdendo o foco no negócio.

Poucos fundos estão dispostos a liderar e estabelecer os termos de uma rodada. É um clima de "esperar para ver", aguardando outros investidores tomarem a dianteira e diminuírem o risco. Mas ainda rola um receio de ficar de fora (FOMO) e a tendência de seguir o líder depois de garantir o compromisso do primeiro investidor.

Para garantir o sucesso nessa busca em um cenário complicado é construir e manter relacionamentos com investidores potenciais. Ter uma conexão sólida pode ser a diferença entre conseguir ou não uma próxima rodada de investimento.

Outra coisa importante é evitar surpresas desagradáveis. Em tempos de maior cautela nos investimentos, é melhor encarar os assuntos difíceis de frente e ter aquelas conversas chatas logo de uma vez, diminuindo a percepção de risco do investidor no seu negócio.

Por fim, a velha máxima de conhecer bem o investidor desejado ainda se aplica.

Faça algumas perguntas antes mesmo de marcar a primeira reunião: esse investidor tem o perfil adequado para agregar valor à sua startup? O montante que ele está disposto a investir é suficiente para levar seu negócio ao próximo nível?

Responder essas questões ajudará a evitar evitar perder tempo em um momento menos propenso a investimentos.

#CVC

Crescimento de CVCs deve continuar em 2023

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Em 2022, 13 empresas de capital aberto lançaram unidades de corporate venture capital no Brasil, com um valor somado para investimento em startups de R$ 3,04 bilhões. Isso é quase cinco vezes mais do que em 2019 e um crescimento de 62,5% em relação a 2021.

A pandemia também deu um empurrão: entre 2020 e 2022, rolou o surgimento de 27 novos CVCs entre as empresas listadas na bolsa.

Essas informações são de um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), com o apoio de outras empresas.

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Mas não são só as empresas da bolsa que estão entrando na onda: 34 das 41 empresas entrevistadas para o estudo já têm uma unidade de CVC, e as que não têm (17,1%) querem implementar.

A maturidade dos CVCs do estudo mostra o efeito da pandemia: dos 34 CVCs identificados, 72,7% estão na fase inicial (2020 a 2022), 15,2% estão na fase de expansão (2017 a 2019) e 12% estão na fase de resiliência (até 2016).

O dinheiro disponível pros CVCs investirem se concentra principalmente nas faixas de até R$ 50 milhões e entre R$ 200 milhões e R$ 500 milhões.

E por que o CVC está se tornando tão popular e urgente? Porque as grandes corporações querem estar preparadas pra disrupções futuras e criar novos negócios. 88,5% das CVCs brasileiras declararam que estão focadas em dois horizontes, mostrando que são uma ferramenta pra ambientes incertos.

Para as startups, a vantagem dos CVCs é que eles entram com mais do que apenas um cheque, mas com smart money, , enquanto os fundos tradicionais estão segurando até mesmo os cheques.

Outra diferença é o conhecimento e a experiência das corporações. 97,1% dos CVCs informaram que apoiam as startups do seu portfólio dando acesso a redes de fornecedores e clientes e fazendo acordos comerciais.

Um estudo recente da McKinsey também destacou a forte tendência de CVCs no Brasil, que podem se tornar ainda mais proeminentes ao ajustarem seu modelo operacional, e listou algumas armadilhas comuns que os CVCs devem evitar para terem sucesso. Olha só:

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#VC

O segredo da Norte Ventures para acertar os investimentos

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A Norte Ventures é um fundo em que os investidores são fundadores de startups que ainda estão no dia a dia de suas empresas ou que atuam em outros fundos de investimento.

José Cacheado, sócio da Norte, fala sobre estratégia de investimento, a oportunidade de coinvestir com outros investidores dentro das rodadas e como a gestora está atuando para enfrentar os desafios e oportunidades do mercado.

Nesse episódio você encontrará:

👉 Tese de investimento da Norte

👉 Principais métricas que a Norte tem levado em consideração na hora de tomar uma decisão de investimento

👉 Coinvestimento e a importância de diferentes investidores em uma mesma rodada

Para ouvir o episódio na íntegra, acesse aqui.

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