Para ver como você aproveita

Lembre-se! 🌺

Desperdiçado é algo gasto sem proveito. Então, tomamos emprestadas as palavras do escritor português Valter Hugo Mãe só para nos lembrar de algo importante. “Eu não sei se a arte nos deve salvar, mas tenho a certeza de que pode conduzir ao melhor que há em nós, para que não nos desperdicemos na vida.”

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🤩 É espantoso o que admiro...

O puro suco do homem seiscentista, só que ainda assim parece que foi escrita hoje — "A vida é sonho", de Calderon de La Barca, é uma peça de teatro Barroca, cheia de assuntos filosóficos, uma pitada de humor e questionamentos sobre a vida como: “tudo é efêmero e vão, o tempo é fugaz, as coisas mutáveis, nada perdura – e, ainda assim, o homem se sente profundamente apegado às riquezas do mundo e aos prazeres da vida.

Dividindo achados — Compartilho com você esse trecho do monólogo da personagem principal Segismundo - que é um príncipe herdeiro preso ao nascer em uma torre e que de repente é libertado, não se comporta como esperado em sociedade e volta a ser encarcerado, e acredita que os dias que viveu fora da prisão não passaram de um sonho - trecho aqui, LINDAMENTE, encenado pelo ator Dan Stulbach. Para que depois do trabalho terminado, chegando o final de semana, os sons desse texto sigam ecoando na sua memória...

📜 Monólogo de Segismundo.

Ai de mim, ai, pobre de mim!Aqui estou, ó Deus, para entender que crime cometi contra Vós. Mas, se nasci, eu já entendo o crime que cometi. Aí está motivo suficiente para Vossa justiça, Vosso rigor, porque o crime maior do homem é ter nascido. Para apurar meus cuidados, só queria saber que outros crimes cometi contra Vós além do crime de nascer. Não nasceram outros também? Pois, se os outros nasceram, que privilégios tiveram que eu jamais gozei? Nasce uma ave e, embelezada por seus ricos enfeites, não passa de flor de plumas, ramalhete alado quando veloz cortando salões aéreos, recusa piedade ao ninho que abandona em paz. E eu, tendo mais instinto, tenho menos liberdade? Nasce uma fera e, com a pele respingada de belas manchas, que lembram estrelas. Logo, atrevida e feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade, monstro de seu labirinto. E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade? Nasce um peixe, aborto de ovas e Iodo e, feito um barco de escamas sobre as ondas, ele gira, gira por toda parte, exibindo a imensa habilidade que lhe dá um coração frio.E eu, tendo mais escolha, tenho menos liberdade? Nasce um riacho, serpente prateada, que dentre flores surge de repente e de repente, entre flores se esconde onde músico celebra a piedade das flores que lhe dão um campo aberto à sua fuga. E eu, tendo mais vida, tenho menos liberdade? Assim, assim chegando a esta paixão, um vulcão qual o Etna quisera arrancar do peito, pedaços do coração. Que lei, justiça ou razão pôde recusar aos homens privilégio tão suave, exceção tão única que Deus deu a um cristal, a um peixe, a uma fera e a uma ave?

Trecho do filme Tempos e Paz com com Tony Ramos e Dan Stulbach. de Daniel Filho. Baseado na peça "Novas Diretrizes em Tempos de Paz", de Bosco Brasil.

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🎼 Notas sobre o cantarolar por aí

Três músicas para aqueles momentos que os seus ombros suportarem o mundo — Enquanto a pele arrepiar com os violões e vozes de Pedro Altério, Pedro Viáfora, Pedros & MARO; Clareou num cover na vibe ‘se vira nos 30’ do Vocal Livre e para fechar Life Is Beautiful de Tim McMorris com um piano agudo e alegre, para te converce que a vida é bela, mesmo quando “os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco.” como diz Drummond.

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💌 Daquelas coisas que servem pra vida e a gente nem sabe

🧣 Fotografias de Viena no inverno — Olha isso! E vê se não concorda comigo.

🪔 Um desejo puro de criança — Que desperta sonhos em todas as idade.

🎶 Uma música — Para te lembrar que vez outra basta “o necessário, somente o necessário,

o extraordinário é demais.“

🥧 O Tiramisù de uma nonna italiana — você pode até achar aquele do supermercado bom, mas eu no seu lugar, tentava essa receita.

📝 Um lembrete para por na porta da geladeira — porque o mundo nos atropela e a gente esquece.

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📿 Andá com fé eu vou, que a fé não costuma faiá

💝 O feriado vem, einh — E nesse momento de descanso e encontros com aqueles que ama, gostariamos que se lembrasse ou conhecesse a verdadeira história por trás desse momento de pausa.

🤓 Quando surgiu — Páscoa, segundo a ciência que investiga a origem das palavras, é um termo hebreu Pessach, que significa passagem ou travessia. E a Pessach judaíca - também conhecida como Festa da Libertação - é uma festa para celebrar a libertação dos hebreus da escravidão no Egito em 14 de Nissan do ano de 1446 a.C.

🤓 A razão de continuar celebrando — Já a Páscoa cristã é uma festividade para lembrar da crucificação, morte, e acima de tudo para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo.

🔖 Três trechos de um livro

Hoje as palavras tomadas emprestados são do livro “Transforma meu pranto em dança” de Henri Nouwen um católico holandês, teólogo, padre e escritor. Que trabalhou na Universidade de Harvard, na Universidade de Yale e no Seminário Teológico de Ontário, Canadá.

Um lembrete — “A maneira de Jesus é tão diferente. Embora Ele tenha trazido grande conforto e tenha vindo com palavras suaves e toque curador, não veio para eliminar nossas dores. Jesus entrou em Jesuralém, nos seus últimos dias, montado em jumento, como um palhaço em uma parada. Esse foi seu jeito de fazer-nos lembrar que enlouquecemos quando insistimos em vitórias fáceis ou quando pensamos que podemos disfarçar o que nos aflige, gastando nosso tempo em futilidades. Muito do que relmente vale a pena só acontecerá através do confronto.”

Para não nos desperdiçarmos — “O caminho entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa é um caminho de paciência, o caminho do sofrimento. A nossa palavra paciência deriva do antigo radical patior, que significa sofrer. Aprender a paciência é não nos rebelarmos contra cada adversidade, porque, quando insistimos em esconder nossas dores com “Hosanas” fáceis, corremos o risco de perder nossa paciência. Quando a frivolidade do caminho fácil desgastar-se, é bem provável que nos tornemos amargurados e cínicos, ou violentos e agressivos.”

Uma grande lição — “Em lugar de tudo isso, Cristo convida-nos a permanecer em contato com muitos sofrimentos de cada dia e a experimentar o começo da esperança e da nova vida, justamente aí onde vivemos, no meio das feridas, dores, falência. Ao observar Sua vida, os seguidores de Cristo perceberam que, quando os gritos de “Hosanas” da mutidão cessaram, discípilos e amigos O abandonaram. Depois de Jesus gritar “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, foi então que o Filho do Homem ressucitou da morte e tornou-se Salvador. Este é o caminho da paciência, que nos conduz vagarosamente do triunfo fácil à árdua vitória.”

Feliz Páscoa! Uma travessia inteira, para nos lembrar a ter paciência porque tudo na vida passa. E Ele Vive!