A gestão que revoluciona negócios - parte 1
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A gestão que revoluciona negócios - parte 1

Na edição de hoje você vai aprender um pouco sobre as causas e as soluções para as falhas na gestão de uma empresa. Mas antes disso, é importante ter clareza sobre quem são as partes interessadas no seu negócio para que metas sejam definidas.

Bia Junqueira
6 min
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Na edição de hoje você vai aprender um pouco sobre as causas e as soluções para as falhas na gestão de uma empresa. Mas antes disso, é importante ter clareza sobre quem são as partes interessadas no seu negócio para que metas sejam definidas.

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Quando estamos falando de empresas, três frentes são essenciais:

  • Quem entenda sobre produto e tecnologia; 
  • Quem entenda sobre processo de vendas, o mercado em que atua e o perfil desses clientes - nenhum produto se vende sozinho;
  • Quem entenda sobre gestão - como sai, entra dinheiro e organizar as metas.

Juntas, essas áreas são capazes de começar um negócio com metas definidas, resultados e processos alinhados (mesmo que nada muito robusto no início).

Inclusive, essa divisão é determinante para que investidores tenham confiança na realização de futuros aportes - não dá pra colocar grana na mão de pessoas e empresas imaturas.

Em uma das edições anteriores dessa newsletter, falei sobre copywriting, que nada mais é do que a venda por meio de palavras persuasivas. Existem técnicas específicas para tipos de produtos e nível de consciência diferentes. Clique aqui para ler esse artigo!

Pois bem, hoje vamos tratar do primeiro de quatro fatores super importantes na gestão de times ou do conjunto deles: o foco na gestão.

🌚Falhas na gestão

O estágio de desenvolvimento de uma empresa define qual a forma mais viável de executar uma demanda, ou seja, o grau de complexidade. Porém, vou listar as principais falhas que levam à falta de sucesso das empresas. São elas:

1. Os problemas não são definidos por meio de metas de forma certa.

2. Falta de conhecimento técnico - bons planos de ação não são feitos ou porque falta conhecimento de métodos de análise ou porque falta informação para a análise completa.

3. O Plano de Ação não é executado por completo a tempo.

4. Podem acontecer situações fora do controle.

A partir disso, soluções para problemas precisam ser objetivas. Mais do que isso, é necessário um ponta pé inicial para entender qual a origem das falhas.

🕵🏽Os stakeholders que realmente importam

Antes de tudo, que fique claro que existem quatro tipos de stakeholders (partes interessadas) que são os objetivos de empresas e organizações no geral. São elas: clientes, colaboradores, acionistas e sociedade. Assim, no longo prazo, a sobrevivência de empresas depende da satisfação das necessidades dos stakeholders.

Para que isso seja feito, existem métricas para avaliar se a satisfação foi cumprida.

A principal delas é a métrica de desempenho financeiro da empresa, que também é uma métrica que se refere à satisfação dos acionista. Nada existe sem dinheiro e recursos que permitam a troca de produtos e serviços.

A saúde financeira é primordial para que a empresa se mantenha em pé. Uma vez que esse objetivo é atingido, os processos internos mudam de foco. Agora passam a ser direcionados para as métricas de Satisfação do Cliente, Satisfação dos Colaboradores e Satisfação da Sociedade.

Vamos passar por cada um deles porque, na prática, essa noção de foco não é repassada para toda a empresa e para todas as áreas. Embora cada time precise concentrar em uma atividade, a noção do todo permite que mudanças pequenas sejam feitas para que as métricas sejam atingidas.

🧲Saiba onde e como focar

1. Foco Financeiro: digamos que uma empresa decida reduzir os custos, mas os funcionários que estão diretamente na produção não sabem quanto custa um pedaço de material de ferro. Isso quer dizer que o conhecimento do preço dos insumos para produção incentiva os colaboradores a terem mais cuidado e noção do quanto custa à empresa o material. Assim, o desperdício e o manejo errado podem ser evitados.

Outro bom exemplo do foco financeiro na prática é a área de vendas. No time comercial, os vendedores são cobrados por volume de vendas, deals fechados. Para atingir essa meta, o resultado financeiro da empresa pode ser ruim quando o vendedor sai dando vários descontos para aumentar seu número de vendas. Aqui, métricas foram vistas individualmente e não seus possíveis impactos.

2. Foco no Cliente: a real é que além de uma prática que faz parte da cultura de uma empresa, o foco no cliente é uma atitude que é consenso no mercado. Embora a grande maioria seja capaz de entender isso, nem todos conseguem colocar em prática.

A preferência dos seus clientes é o ativo mais importante que a sua empresa tem. Isso significa que a métrica de satisfação do cliente deve avaliar o quanto os produtos que vende estão alinhados com as necessidades de quem compra. Isso é feito ao maximizar o valor agregado do produto e reduzir os custos com aqueles outros que não agregam tanto assim.

Dessa forma, a satisfação do cliente está presente nos mais diferentes estágios de experiência do potencial comprador: desde o conhecimento da empresa, suporte, acesso a conteúdos, ao próprio produto e no momento das novas compras.

3. Foco no Funcionário: em certa medida, a produtividade das equipes é prejudicada pela rotatividade dos funcionários, mais conhecido como turnover. 

Um turnover alto indica a insatisfação dos colaboradores com as condições de trabalho, mas as lideranças de times nem sempre são capazes de reconhecer isso.

O time de vendas, por exemplo, costuma ter uma rotativa alta. Essa característica particular da área pode ser usada por alguns gestores como justificativa da alta taxa de contratação e desligamento. Quando simplesmente, as métricas de satisfação dos colaboradores podem não estar bem definidas. 

Quando pessoas saem, muito conhecimento da própria empresa também vai junto. A real é que o conhecimento pode ser ensinado através de aulas e materiais de apoio - o que não toma muito tempo e nem altos custos. Porém, o conhecimento prático adquirido ao longo do tempo é uma perda forte e atrapalha os processos da equipe.

A resposta para esse problema está no Gerenciamento de Rotina que nada mais é do que o treinamento, alinhamento de expectativas, forma de trabalho e possíveis padronizações. 

4. Foco na Sociedade: aqui tratamos sobre a necessidade de um comportamento ético na empresa como um todo, que com certeza não envolve poluição, roubo, venda de produtos não permitidos, uso de mãe de obra proibida, dentre outros.

Muito se fala hoje em dia sobre prática ambientais e ESG (Environmental, social, and corporate governance) - selo importante quando falamos do ambiente empresarial.

Tudo que engloba e relaciona a empresa com a sociedade é uma questão ética. Portanto, não é ético as atitudes que possam prejudicar pessoas hoje e no futuro.

Passamos então pelos pontos comportamentais de um empresa, causas, consequências e soluções para as falhas detectadas. A consciência clara sobre a atuação dos stakeholders nos mais diversos tipos e estágios de negócios é essencial para que, de fato, a empresa sobreviva.

Na edição de semana que vem você vai entender na prática como se dá o desenvolvimento de boas lideranças e quais os conteúdos técnicos necessários. Você sabe como se dá a escolha das lideranças e diretores da sua empresa? Fica ligado na próxima semana.

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