As firmes resoluções de Jonathan Edwards
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As firmes resoluções de Jonathan Edwards

O que Jonathan Edwards pode ensinar para nós?

Bruno Pulis
3 min
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Hoje, irei compartilhar com vocês minhas impressões sobre essa obra fantástica escrita por Steven Lawson. 

Quem foi Jonathan Edwards?

Edwards foi um pregador congregacional, teólogo calvinista e missionário pregando aos índios americanos. Ele é considerado um dos maiores filósofos norte americanos. 

Além do seu apreço pela filosofia, Edwards era um exímio teólogo, autor do famoso "Pecadores nas mãos de Deus irado".  

Desde cedo Edwards era  "fora da curva", cristão de uma paixão ardente pela pessoa de Deus, teve seu relacionamento com o Todo Poderoso guiado em suas resoluções pessoais.

Estas que o guiaram até o fim de sua breve passagem na terra.

Estrutura do livro

A obra é composta por 9 capítulos, cada um diz a respeito a uma nuance de sua vida. O autor consegue transitar pelas resoluções pessoais de Edwards e traçar paralelos para uma maior compreensão do todo.

Os capítulos iniciais fazem uma introdução sobre sua pessoa e história de vida. Pontos interessantes que podemos destacar são: sua conversão, piedade cristã e contexto histórico.

Enquanto caminhamos pela obra, Lawson nos leva aos dias de Edwards e temos um vislumbre desse gênio que pisou nessa terra.

As resoluções de Edwards

Suas resoluções foram escritas ao longo de sua vida, algumas em momentos turbulentos e outras em momentos de maior bonança.

Falar sobre Edwards é uma tarefa árdua, pois ele não mantinha um diário como era de costume na época.

Historiadores e estudiosos possuem grandes fragmentos de suas memórias. Eles contribuíram bastante para traçar um perfil desse santo homem de Deus.

Sua primeira resolução nos diz sobre o Coram Deo, termo teológico empregado para viver uma vida santa diante de Deus. 

Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.

Edwards tinha um compromisso pessoal em glorificar a Deus com todas suas ações, quer trabalhando ou descansado. Sua vida era exclusivamente para manifestar a glória de Deus. 

Tamanho era o compromisso de Edwards que ele sondava seu coração semanalmente para identificar se estava falhando em alguma das resoluções.

Caso falhasse, procurava corrigir o mais depressa possível.

Clímax do livro

O livro é recheado de frases que devemos gravar na mente e no coração, mas uma em específico me impactou profundamente. 

Edwards passou sua vida inteira se preparando para morrer.

Edwards, compreendeu que nossa passagem por aqui é breve. Isto era tão enraizado no seu pensamento que seu lema, se podemos dizer assim, era viver para conhecer seu Deus.

Essa frase me faz pensar, em quanto tempo perdemos com coisas terrenas, fúteis e sem sentido e aquilo que mais importa é deixado de lado.

Ficou um pensamento perscrutando minha mente, os cristãos do nosso século não se preparam para encontrar o Criador. 

Os escolhidos terão um encontro com Ele obviamente, porém, muitos de nós iremos conhecer o "Deus desconhecido".

Isso me leva a pensar sobre minhas prioridades, o tempo desperdiçado com coisas tão banais.

Conclusão 

Se você quer ser desafiado a ter uma vida cristã, santa e irrepreensível diante de Deus, recomendo fortemente a leitura desse livro.

Traz elementos que irão mexer com sua alma e te desafiar a ser melhor do que hoje. Confesso que rascunhei algumas resoluções pessoais inspirado em Edwards. 

Já tinha uma simpatia por Edwards quando ouvi o seu sermão famoso, porém, a admiração aumentou consideravelmente logo após a leitura. 

Deixo a seguinte resolução para meditarmos: 

Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, constante e frequente que me seja tornado possível e que me aperceba em mim mesmo de que estou crescendo no conhecimento real das mesmas.

Que possamos crescer em disciplina e constância de Deus e florescer para um mundo cada vez mais vazio e egoísta.

E a pergunta que fica no ar é: Será que vivemos para morrer e encontrar nosso Salvador ou apenas somos espectadores, do maior espetáculo que o Universo irá presenciar?

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