A SEMANA NA HISTÓRIA – XXXI (13 a 19 de fevereiro)
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A SEMANA NA HISTÓRIA – XXXI (13 a 19 de fevereiro)

Seguindo o propósito de “valorizar o que é nosso”, A Semana na História de hoje resgata o bicentenário de mais um acontecimento determinante no processo de independência do Brasil, mas que muitas vezes não é devidamente lembrado. O dia 19 de ...

natacam
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Seguindo o propósito de “valorizar o que é nosso”, A Semana na História de hoje resgata o bicentenário de mais um acontecimento determinante no processo de independência do Brasil, mas que muitas vezes não é devidamente lembrado. O dia 19 de fevereiro marca os 200 anos do martírio da Madre Joana Angélica de Jesus, abadessa do Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador. Soteropolitana, pertencente a uma abastada família baiana, ingressou no Convento da Lapa aos vinte anos, em 1782. No ano seguinte, após fazer a profissão de fé, ingressou como irmã da Ordem das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição, permanecendo reclusa por vinte anos e tornando-se abadessa em seguida.

A Bahia era uma das províncias que possuía uma grande concentração de tropas portuguesas, que resistiam aos movimentos pela Independência do Brasil. Com isso, a província tornou-se um foco de agitações entre as tropas portuguesas e os brasileiros adeptos da independência. A escalada das tensões culminou , no dia 19 de fevereiro, na tentativa de invasão, por parte dos soldados portugueses, do convento, sob a justificativa de que ali se escondiam soldados baianos. Temendo pela sevícia de suas internas, a abadessa impediu a entrada dos invasores.

Atribui-se a Joana Angélica a frase: “Para trás, bandidos. Respeitem a casa de Deus. Recuai, só penetrareis nesta casa passando por sobre o meu cadáver”, que a madre teria dito em frente à porta do convento, com os braços abertos. Os soldados portugueses a assassinaram a golpes de baioneta, transformando a madre em mártir da luta pela independência da Bahia – na qual participaram nomes como Maria Quitéria – que só foi concluída no ano seguinte. Considerada a primeira heroína da independência do Brasil, a religiosa também possui fama de santidade, tanto que o convento solicitou há alguns anos a busca de material para constituir o processo de candidatura a beatificação.

Por hoje é isso! Até o próximo A Semana na História!