Partiu Draft 2023: Bryce Young deita e rola e coloca Alabama nas semis do college
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Partiu Draft 2023: Bryce Young deita e rola e coloca Alabama nas semis do college

por Deivis Chiodini | @deivischiodini 

Antony Curti
3 min
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por Deivis Chiodini | @deivischiodini 

A final da conferência SEC foi fora do padrão em 2021. Nem tanto pelos times, já que foi a terceira vez nos últimos 4 anos que Alabama e Georgia se enfrentavam no jogo decisivo, mas sim pela situação: acostumada a estar garantida nos playoffs e ser considerada ampla favorita, Alabama não só era azarão por 7 pontos, como não podia sequer pensar em derrota. Por ter sido batida por Texas A&M, uma derrota deixaria o time comandando por Nick Saban fora dos playoffs.

Para piorar, Georgia vinha imbatível em 2021. Além da invencibilidade, a defesa vinha com números assustadores: apenas 85 pontos sofridos, média de pouco mais que 7 por jogo. Durante a temporada regular, três vezes a equipe fez os adversários saírem de campo sem anotar nada. Só 3 oponentes marcaram mais de 10 pontos e mesmo assim, ninguém passou dos 17. E não dá para acusar o time de Kirby Smart de bater em galinhas-mortas: além de jogar na já citada SEC, foram 4 triunfos sobre equipes ranqueadas no top-25 da nação.

O nascimento de uma estrela

O que Georgia não contava é que veria sua fortaleza desmoronar justamente pelo nascimento de uma estrela em Alabama. Entendam, o quarterback Bryce Young vinha jogando bem a temporada toda, porém é num jogo dessa importância, com 78 mil torcedores torcendo para Georgia, que ele provou ser o que se esperava. Claro que a mão de Nick Saban sempre merece ser destacada: com um plano de jogo fora da curva, ele soube usar a agressividade da defesa dos Bulldogs contra ela: foram 138 jardas em passes que entre os números que a bola viajou entre 11 e 19 jardas aéreas, explorando as costas dos linebackers.

Entretanto, nenhum plano seria efetivo sem um quarterback executando bem. E aí que Bryce Young surpreende: ele está apenas no seu segundo ano no college football, o primeiro como titular e mesmo assim seu processamento do jogo é muito rápido. Por diversas vezes ele identificou as rotações da secundária e soltou a bola rápido, tornando o pass rush inefetivo. Mesmo quando pressionado, Young manteve a compostura e soube lidar bem com os defensores no seu cangote. Resultado: 412 jardas e 3 touchdowns, para levar os Crimson Tide para os playoffs.

É o seguimento de uma linhagem

Jalen Hurts, Tua Tagovailoa, Mac Jones: sabe o que todos eles têm em comum, além de serem quarterbacks titulares na NFL hoje em dia? São os 3 antecessores de Young em Alabama. Apesar da responsabilidade que isso causa, dá para dizer sem medo que Bryce é uma evolução em relação a todos eles. É como se Saban tivesse conseguido juntar a melhor característica de cada um dos citados e colocado no camisa 9. Tudo isso com suporte de elite ao seu redor.

Apesar de não usar tanto as pernas como Hurts, Young sabe ganhar jardas por terra quando precisa, como visto no touchdown de 11 jardas correndo contra Georgia. De Tua, a capacidade de manipular o pocket impressiona, deslizando dentro do bolsão. Já de Mac Jones, a boa tomada de decisão é o que agrada, sempre entendendo o que a defesa adversária está fazendo e reagindo rápido. É um Megazord de Saban.

Young só estará disponível para o Draft de 2023. Se as expectativas se confirmarem, não será espanto algum ele ser o primeiro nome chamado pelo comissário e os torcedores da equipe que o selecionar vibrando muito. Nasceu uma estrela e isso não acontece todo dia.

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