QUANDO SER 1º LUGAR NÃO É RELEVANTE

Gostaria que você soubesse que eu gosto muito do título "nº1 no evento xxxx", "1º lugar no esporte zzz" e sei que muitas vezes isso representa relevância, importância, reconhecimento.

Acredito muito no impacto positivo que ser 1º em algo deixa para as diferentes faixas etárias, mas também pode impactar de forma negativa e até mesmo não ser relevante nem importante para a construção de algo melhor.

Os momentos em que ser 1º em algo foram prejudiciais: temos o primeiro invento da bomba atômica, o primeiro a desenvolver a arma de fogo mais letal...eu teria mais para citar, mas não quero dar relevância.

É necessário saber diferenciar o que é relevante e o que não é relevante, e nesse momento com o boom das redes sociais, publicidade, influencers, alcance, saber o que destacar é crucial. Milhões de jovens estão olhando e escolhendo em quem se espelhar através das telas.

A física afirma que toda ação tem uma reação, logo, um título relevante permite inspiração e um título relevante atribuído a algo ou alguém destruidor, por sua vez faz germinar uma ação de reproduzir ou superar o tal título.

A imprensa, principalmente, no meio digital bem como as grandes marcas, deveriam pautar suas escolhas de publicidade e notoriedade levando em consideração o quão nocivo, tóxico é o conteúdo gerado, para que assim não seja dado destaque. Pautar com base no financeiro é a manutenção do ódio, violência, preconceito.

Espero que possamos encontrar os primeiros e primeiras em tudo aquilo que devemos evoluir e que merecem destaque. Quanto aos primeiros e primeiras que persistem em replicar o desamor, entre outros, que estes não ganhem relevância.

Daniela S.

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