Cadeia de Bloco? Blocos em cadeia?
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Cadeia de Bloco? Blocos em cadeia?

Falamos muito sobre criptomoedas e NFTs, destacando como o blockchain permite essas novas tecnologias. Mas, no final das contas, o que é blockchain?

Echoa | The Creator's Land
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Lembro que, na matemática, chamamos de axioma aquilo que sabemos que existe mas que não conseguimos dar uma explicação de fato para o que é. Um exemplo: linhas e pontos. O que são linhas? Linhas são linhas. E o que são pontos? Um ponto é um ponto, e ponto. Entendeu? Ninguém precisa de fato entender o conceito por detrás de um ponto para saber o que ele é.

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Da mesma maneira, na minha jornada com Web 3.0 percebi que estava a tratar a blockchain como mais um axioma. Só que, quanto mais avançava nos meus estudos, mas ressoava em mim "que diabos é essa blockchain?". Jogar no Google não resolveu -- eu só tava me enganando. Saber que a tecnologia blockchain é um livro-razão compartilhado e imutável usado para registrar transações, rastrear ativos e aumentar a confiança, apesar de dar um caminho, em nada me dizia alguma coisa.

Até que, finalmente, isso mudou. Um grande amigo de Harvard, Mo Zia (I do not know if he is reading this, but Hi Mo!), compartilhou comigo uma situação-problema que esclarece tudo -- e como Newsletter se trata também de compartilhar experiências, eu quero deixar aqui meu aprendizado com o artigo do Mo publicado pelo ITS Rio. E, para isso, convido você a conhecer duas amigas minhas: Rita e Andressa.

Rita, Andressa e eu somos mais que amigos -- somos friends. E o aniversário de Andressa tá chegando, e ela quer muito ganhar um disco de vinil cromado da Dua Lipa na era Future Nostalgia -- que custa mais que minha casa. Rita, cheia da grana, decide que vai dar o disco para Andressa, e eu, que não sou bobo nem nada, falo que vou ajudar (com apoio moral mesmo, rs). A questão é que a Rita tá toda enrolada no trabalho e não consegue parar para ir ao shopping comprar.

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Assim, Rita entra no aplicativo do banco e solicita a transferência do valor do disco para conta de Andressa. O banco então verifica que Rita tem esse valor disponível em conta e, desse modo, envia a grana para a conta da Andy. Para tanto, o banco subtrai esse valor do saldo que Rita tem disponível. Esses registros de entrada e saída é o que chamamos de livro-razão, e quem o detém são os bancos. Logo, o que quero dizer é que foi necessária uma terceira parte -- nesse caso, as instituições financeiras -- para tornar essa transação possível.

No mundo da Web 3.0, a blockchain cumpre exatamente a função de eliminar essa dependência de terceiros. Vamos, assim, pensar numa realidade paralela: eu e minhas besties decidimos largar esse sistema ultrapassado das instituições bancárias e criamos o nosso próprio livro-razão, no qual cada um de nós tem uma cópia, e assim a gente gere nosso sisteminha de transferências.

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Funciona assim: a gente começa anotando todo dinheiro que temos. Quando a Rita decide fazer a transferência para Andressa, ela manda um aviso para gente dizendo que vai passar o dinheiro pra conta da amiga. Juntos, eu e Rita olhamos lá no livro dela e verificamos que, de fato, ela tem esse dinheiro para passar -- daí a gente faz a continha de subtração e atualiza o montante da Rita, adicionando aquele valor à conta de Andressa. E assim todos atualizam seus respectivos livros.

E se você está nesse momento se perguntando como que a gente garante que ninguém anote um valor para cima ou para baixo a fim de passar a perna no amiguinho, você observou muito bem! E, acredite: nós pensamos nisso! Estabelecemos algumas regrinhas de convívio nesse nosso sistema. A primeira é que nós só podemos atualizar nossos livros-razão juntos, na presença um do outro.

E a segunda, e talvez mais importante, é que não usamos qualquer caneta para registrar esses números: usamos uma caneta mágica, que possui uma luz capaz de verificar se aquilo foi escrito por Rita, por mim ou por Andressa. Assim, se passamos a luz e ela fica verde, significa que aquela anotação de movimentação tem validade. Caso fique vermelho, deu ruim: tem alguém querendo passar a perna na gente! Na linguagem da blockchain, esse sistema de verificação é carinhosamente chamado de criptografia assimétrica. Fofo, não?

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Pois é, meu elementar leitor, você acabou de aprender como funciona a blockchain -- é sério! Claro, a tecnologia tem tantas outras camadas de complexidade que a tornam um estudado super aprofundado, como as funções de hash e os mecanismos de consenso, mas isso aqui já basta como um bom guia para ler mais sobre.

Pois é, aprender sobre Web 3.0 é como tomar a vacina da gripe: a agulha é grande, mas quando você menos percebe, já foi!

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💡 Ronaldicas!

Aproveitando que eu já o referenciei aqui, a minha sugestão de hoje é a página do ITS Rio de Blockchain para Impacto Social. Escrito pelo Mo e por outros pesquisadores, eles estão construindo trilhas de conhecimento para mostrar o impacto das novas tecnologias na sociedade. Impressive!

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🌎 O que mais rola na Creatorsfera...

  • Keep Calm & Come to Crypto! O Reino Unido declarou que está "aberto para cripto" e revelou estar trabalhando na regulação para stablecoins, NFT oficial do governo e outras medidas. E ainda tem gente que acha que não é sério!
  • "Hollywoodização das Criptos".  Ben McKenzie, ator de "Gotham", denunciou um esquema de pirâmide e pediu para que seus colegas de Hollywood parem de incentivar as pessoas a realizarem compras e investimentos no mundo cripto sem base de conhecimento -- e tá errado?
  • Coca-cola de Pixel? Pois é, isso mesmo. A empresa anunciou uma nova bebida de edição limitada: A Coca-Cola Zero Sugar Byte. Trata-se do sabor da Coca-Cola que a gente já conhece com elementos brilhantes no início e refrescante no final, como disse Oana Vlad, diretora sênior de estratégia da Coca-Cola. Mas, gente.... 
  • Se liga nesse movimento! A Bain Capital Ventures revelou um novo fundo que investirá US$ 560 milhões em investimentos em criptomoedas. Uma das linhas de atuação dessa bolada e financiar uma pesquisa super detalhada pra saber de uma vez por todas se NFT é hype ou vibe. Já quero isso na minha mesa pra ontem -- apesar de saber a resposta, rs. 

Já sabe, né? Dá aquela força! Não deixa de compartilhar esse conteúdo com a galera. Conto com você!

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