Do Orkut ao metaverso: o boom dos avatares
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Do Orkut ao metaverso: o boom dos avatares

Só quem viveu a era do BuddyPoke sabe o poder de um avatar na vida alheia. Na news da semana, discutimos o boom dos avatares e a relação mercadológica que eles propõe.

Echoa | The Creator's Land
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<i>Ronaldo Raposo e Echoa.</i>
Ronaldo Raposo e Echoa.

Toda terça-feira, às 21h, lançamos a nossa News -- ou metade dela. Isso porque, na terça, vamos abordar um assunto, e toda quinta-feira, no mesmo horário de sempre, vamos discutir sobre ele. 

E não estarei sozinho! Na companhia de especialistas e embaixadores da Echoa, você vai encontrar uma news novinha em folha com a opinião de quem sabe.E falando em diminutivo, eu te falei das rapidinhas?

Então deixa eu te contar rapidinho: toda sexta-feira lançamos um short pra comentar o que mais rola na Creatorsfera. Tá bom pra vocês, creators? Epa, creators, vírgula!


Quem, com internet em 2004-6, não tinha um bonequinho desses?

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Acredite se quiser, mas 18 anos atrás era lançado o BuddyPoke, um dos aplicativos mais marcantes da era Orkut. Basicamente, pra quem não viveu essa realidade quase paralela, trata-se de um avatar personalizável vinculado ao seu perfil. Assim, caso os seus amigos de rede também tivessem um BuddyPoke, você tinha a chance de interagir virtualmente com eles. Quantas mensagens de aniversário não foram passadas com uma foto de dois amigos BuddyPokes seguidos de um texto? Quantos flertes não começaram a partir de uma simples interação entre avatares?

Uma geração atravessada por um sistema simples, o qual já captava a essência do que viria a ser uma das espinhas dorsais da Web3: o poder das comunidades. Com os BuddyPokes, os jovens podiam se aproximar daquilo que realmente gostariam de ser. Tatuagens, roupas extravagantes, hobbies digitais... Tudo formava a personalidade virtual de cada um, o que culminava na formação de grupos com interesses similares e aspirações parecidas.

Quase duas décadas depois, os avatares são mais atuais do que nunca. Sobretudo mais recentemente, foi observado um movimento forte de marcas ganhando rosto e corpo, por meio de personagens e animações. Algumas, inclusive, transfomaram seus antigos mascotes em personalidades com estilo, atitude e modo de agir. Estamos falando dos influenciadores virtuais, os quais tomaram conta da cena online. Afinal de contas, quem nunca viu a Lu, da Magalu, ou a Bia, da Boca Rosa?

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Visivelmente, a Lu não é um BuddyPoke; ela é uma influencer virtual. Tal qual influenciadores digitais, a Lu dá o tom de um estilo de vida. Diferentemente dos avatares criados no Orkut, no qual tínhamos o poder de agência de construí-los a nossa imagem ou ao nosso desejo e podíamos atrair pessoas com jogos e intenções similares, a Lu da Magalu não foi criada por alguém -- mas sim por uma marca.

Ricardo Tavares, CEO da Biobots, startup recente que cria influenciadores virtuais e NFTs, e Carla Knoplech, fundadora da Agência Forrest e colunista de conteúdo digital da Veja Rio, ressaltaram o poder de engajamento dos influencers, que criam uma comunidade em torno de si, dando sentido de unidade. Para se pensar em Web3, é necessário entender o papel fundamental das comunidades no movimento de descentralização. As empresas do futuro terão decisões pautadas no coletivo, nas comunidades, de modo que a coesão entre os membros é fundamental.

Assim, para haver coesão, é necessário gerar conexão.

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Influenciadores digitais crescem exponencialmente no Brasil. Estima-se que mais de 65% dos usuários do Instagram no Brasil sigam, pelo menos, algum influenciador digital e há pesquisas que apontam que quase 1 milhão de brasileiros se “declaram” influencers. Não é à toa que o mercado global de influenciadores mais do que dobrou desde 2019, atingindo o patamar de quase 15 bilhões em 2021. O Brasil é um dos países em que o poder dos influenciadores é ainda maior que a média global, de acordo com dados da Statista.

A busca por atenção é cada vez maior. Antes, as marcas usavam da TV para se promoverem. Hoje, precisam estar atreladas a uma rede de influência. As pessoas começaram a entender que o marketing de influência é uma forma de comunicação sem igual, por conta da aderência do público, da identificação. O que o influenciador vai falar dá muito mais credibilidade e vontade de interagir do que simplesmente uma publicidade estampada numa revista. A publicidade não vai deixar de existir, mas não tem mais peso quando tratamos de nicho e segmentação.

A publicidade tradicional vendo os influenciadores virtuais dominando.
A publicidade tradicional vendo os influenciadores virtuais dominando.

Enquanto os influenciadores reais estão suscetíveis a cometer erros que podem expor uma empresa, o risco é diferente com os influenciadores digitais, pois a experiência é 100% controlada. É possível criar avatares que descendem de pessoas com personalidades conhecidas e consolidadas, conduzindo a narrativa do personagem para alcançar os objetivos da marca. Diversos influenciadores estão criando seus próprios avatares, guiados pela possibilidade de inserção do seu estilo de vida no metaverso e pela condução da experiência que desejam proporcionar aos seus públicos.

Do Orkut ao metaverso, uma coisa é certa: avatares são o momento!


🤖 Tem na Ananova!

Nossa curadoria não para, nunca! E, como sempre, serve as melhores indicações. Hoje, gostaria de destacar a ferramenta Spline Design!

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Em linhas gerais, a Spline propõe-se a ser uma ferramenta easy para animações 3D, o que permite aproximar-se desse meio de forma amigável e tangível. Para aqueles que desejam experimentar as possibilidades do digital no fortalecimento do próprio branding ou de algum produto, esse pode ser um bom caminho!


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