Mas por que NFT?
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Mas por que NFT?

Mas afinal, porque NFT? E o que ela traz ao universo criativo? Como a Dua Lipa pode se beneficiar disso? É só o começo!

Echoa | The Creator's Land
6 min
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Por Ronaldo Raposo.

Dia #1

Para quem acompanhou a última news, estamos dando início a uma trilha sobre Web3. Como anunciado, nossa primeira parada são eles: os tokens não-fungíveis (NTFs, para não assustar). Apesar de muito citado em textos anteriores, é sempre bom começar pelo começo: o que são, de onde vieram, e para que servem (leia-se com voz de sexta-feira, no Globo Repórter!)

Não quero começar com definições técnicas então, por isso, vamos aos fatos: eu sou o fã #1 da Dua Lipa. Isso mesmo, sei todas as músicas de cor e salteado, tenho caneca, caneta, caderno, capinha, blusa, casaco, almofada, adesivo… Um santuário, praticamente. Ouço o tempo inteiro e levo ela comigo para todo lugar (porque o rosto dela tá estampado no meu chaveiro, rs).

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Durante a pandemia, a Dua teve de se reinventar para fomentar a base dela, como eu. Assim, ela lançou o Studio 2054, um show de altíssima qualidade só para quem era fã mesmo. Eu, obviamente, me meti no meio. Dos ingressos, existiam vários tipos diferentes, e um deles me chamou a atenção: o VIP blaster ultimato vinha com uma carta escrita por ela, especial para aquele universo limitado de fãs. Na hora eu pensei: É ESSE! Mas, logo depois, veio a dúvida: Dua Lipa, dona e proprietária na empresa Ela mesma, se daria ao trabalho de digitar uma carta e enviar para fã? Que garantia eu tenho de que não foi um estagiário qualquer que fez?

Apesar de fã, não sou idiota -- descartei aquela ideia. Assim como eu, muitos outros fãs também descartaram: apesar de ser uma carta assinada, seguia sendo digital. O resultado: esse tipo de ingresso vendeu pouco, pouquíssimo. E, acredite: não foi pelo preço, e sim pela descredibilidade. Se o documento tivesse um certificado que provasse "Dua Lipa quem escreveu", eu compraria.

Prontinho, você acabou de ser apresentado à definição de NFT! (e nem doeu, viu?)

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Dia #3

O insight acima veio em uma das reuniões internas da Echoa, na qual discutimos o papel do NFT para criadores. Dessa vez, falando um pouquinho mais técnicos, NFT é um token criado em tecnologia Blockchain, o qual fornece um registro único e permite a desejada autenticidade a objetos digitais, podendo ser empregado também como a representação de algo físico, só que na rede.

Nesse sentido, a gente consegue ter a dimensão do aspecto tecnológico da coisa: para criar um NFT, é preciso utilizar uma rede, ex: Ethereum, a qual se utiliza da tecnologia Blockchain e permite emitir e armazenar certificados digitais. E sim, só é possível comercializar NFTs por meio das plataformas em blockchain ou por corretoras.

Uma vez que entendi o conceito e a aplicabilidade, coloquei-me a pensar em outro aspecto muito importante: de fato, aplicar essa lógica à realidade dos criadores de conteúdo é algo novo. Demanda tempo de adaptação e aprendizado. Será que não existem alternativas mais acessíveis? Será que a Dua Lipa não poderia, não sei, me mandar um vídeo escrevendo a carta e depois se filmasse deixando nos Correios? Apesar de mais trabalhoso, seria mais confortável.

Por que usar o NFT? Fui dormir com essa…

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Dia #4

Você é dono daquilo que você constrói.

Parece uma frase de coach quântico -- e fora de contexto, pode até ser --, mas foi a resposta desse questionamento. Não me foi revelado em sonho, apesar de eu ter me lembrado durante a noite. Veio das minhas anotações da reunião da Echoa, sendo uma fala que me chamou atenção.

Quando olhamos para NFT, vemos não somente um artifício de criação, mas um mundo repleto de possibilidades. Qualquer pessoa pode fazer um NFT. A grande jogada de um NFT não é estar pagando dinheiro em um jpeg/png, como muitos pensam; Você transforma sua criação em um ativo, e isso te permite aumentar sua superfície de contato com seu público e expandir suas frentes de criação.

Zoomout: O Bored Ape Yacht Club é aquela coleção de NFT dos macaquinhos. Eles ficaram super conhecidos pela quantidade de artistas que aderiram à coleção. Neymar, Justin Bieber e Kim Kardashian compraram um NFT de milhões apenas pelo hype? Claro que não! Com o NFT "em mãos", eles têm milhões de benefícios: além de fazer parte de um clube super seleto, o NFT dá a eles acesso livre a boates de Las Vegas, bem como vários eventos exclusivos, por exemplo.

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O NFT, então, além de representar autenticidade e exclusividade (por ser finito), pode ser visto como um bilhete, um passaporte que lhe concede benefícios. E qual é o grande pulo do gato? Por que então criar uma coleção de NFT em vez de um clube de assinaturas, sei lá?

Retomemos então a Dua Lipa. Sim, ela poderia fazer um vídeo escrevendo a carta, colocando meu nome e despachando o envelope. Contudo, isso envolveria tanto trabalho, que possivelmente nem por um alto valor isso seria feito. Eu to no Brasil; ela, no Kosovo. A opção existe, fato, mas existe uma muito melhor, que também traz garantia e credibilidade, dentro de um limite de tempo muito menor.

O custo disso, obviamente, é a adaptação. NFT é novo, blockchain é uma tecnologia recente. Demanda por atenção e aprendizado. E é aí que mora o pulo do gato: isso é a Web3, o que significa que outras 2 já existem. A Web1 foi a primeira internet, na qual só se conectava a internet quem sabia programar. A Web2 trouxe a facilitação do acesso, por meio dos sites, em cuja moderação de conteúdo e monetização fica restrita à plataforma. A Web3, por sua vez, muda isso: por meio de sistemas descentralizados, te permite ser dono daquilo que você constrói.

Por fim, fica o alerta: quem, na Web1, sabia codar, permitiu a entrada na Web2, deixando a Web1 para trás. Quem cria conteúdo na Web2 está construindo a Web3. O destino da Web2, então, é lógico. Resta a você saber se mantêm sua criação como está ou se a eleva a outro patamar.

PS: @DuaLipa, bota um cropped e reage, mulher!

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📚  RONALDICAS

No final, é basicamente tudo sobre monetização. E monetizar envolve, isso mesmo, dinheiro, rs. Levantar dinheiro nessa era digital requer cada vez mais compreender as tecnologias existentes para isso. Uma delas é o Bitcoin. Mas, afinal…

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Para responder essa pergunta, o vídeo da imagem acima é ideal. Nele, o Átila Iamarino fala tanto sobre o bitcoin quanto sobre o blockchain, por meio de uma perspectiva sobre o desenvolvimento do capital ($$$) ao longo do tempo. É muito didático e elucidativo.

Portanto, assistam!

🏞️  O QUE MAIS ROLA NA CREATORSFERA...

  • Zerou o marketing. Nos intervalos do Super Bowl, as marcas que conseguem alguns segundos para comerciais são sempre cases de sucesso (isso porque o valor para anunciar 30 segundos é milionário, então todo mundo quer mostrar conteúdo de qualidade). A CoinBases, por sua vez, apostou no pretinho básico: seu comercial foi um fundo preto com um QR-code flutuando e mudando de cor. Simples, mas o resultado...
  • Quem tá no metaverso também se alimenta. E, pensando nisso, o McDonald apresentou um pedido de registro de patente em plataformas virtuais, dando seus primeiros passos na formação do seu mundinho. O que cê acha que vem por aí?
  • Coachella digital, por que não? A expansão da realidade aumentada, metaverso e NFTs tem permitido pensar cada vez mais em experiências híbridas. É um momento de sinestesia — e que tem se mostrado como o futuro da indústria do entretenimento.

Mais uma vez, venho fazer aquele pedido especial: recomende a News para a galera! Se você conhece alguém que se amarra no assunto, convide-o para percorrer essa trilha com a gente! Fala a verdade, você já leu sobre NFT assim antes? Rs

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