Mas afinal, porque NFT? E o que ela traz ao universo criativo? Como a Dua Lipa pode se beneficiar disso? É só o começo!
Por Ronaldo Raposo. | ||
Dia #1 | ||
Para quem acompanhou a última news, estamos dando início a uma trilha sobre Web3. Como anunciado, nossa primeira parada são eles: os tokens não-fungíveis (NTFs, para não assustar). Apesar de muito citado em textos anteriores, é sempre bom começar pelo começo: o que são, de onde vieram, e para que servem (leia-se com voz de sexta-feira, no Globo Repórter!) | ||
Não quero começar com definições técnicas então, por isso, vamos aos fatos: eu sou o fã #1 da Dua Lipa. Isso mesmo, sei todas as músicas de cor e salteado, tenho caneca, caneta, caderno, capinha, blusa, casaco, almofada, adesivo… Um santuário, praticamente. Ouço o tempo inteiro e levo ela comigo para todo lugar (porque o rosto dela tá estampado no meu chaveiro, rs). | ||
Durante a pandemia, a Dua teve de se reinventar para fomentar a base dela, como eu. Assim, ela lançou o Studio 2054, um show de altíssima qualidade só para quem era fã mesmo. Eu, obviamente, me meti no meio. Dos ingressos, existiam vários tipos diferentes, e um deles me chamou a atenção: o VIP blaster ultimato vinha com uma carta escrita por ela, especial para aquele universo limitado de fãs. Na hora eu pensei: É ESSE! Mas, logo depois, veio a dúvida: Dua Lipa, dona e proprietária na empresa Ela mesma, se daria ao trabalho de digitar uma carta e enviar para fã? Que garantia eu tenho de que não foi um estagiário qualquer que fez? | ||
Apesar de fã, não sou idiota -- descartei aquela ideia. Assim como eu, muitos outros fãs também descartaram: apesar de ser uma carta assinada, seguia sendo digital. O resultado: esse tipo de ingresso vendeu pouco, pouquíssimo. E, acredite: não foi pelo preço, e sim pela descredibilidade. Se o documento tivesse um certificado que provasse "Dua Lipa quem escreveu", eu compraria. | ||
Prontinho, você acabou de ser apresentado à definição de NFT! (e nem doeu, viu?) | ||
Dia #3 | ||
O insight acima veio em uma das reuniões internas da Echoa, na qual discutimos o papel do NFT para criadores. Dessa vez, falando um pouquinho mais técnicos, NFT é um token criado em tecnologia Blockchain, o qual fornece um registro único e permite a desejada autenticidade a objetos digitais, podendo ser empregado também como a representação de algo físico, só que na rede. | ||
Nesse sentido, a gente consegue ter a dimensão do aspecto tecnológico da coisa: para criar um NFT, é preciso utilizar uma rede, ex: Ethereum, a qual se utiliza da tecnologia Blockchain e permite emitir e armazenar certificados digitais. E sim, só é possível comercializar NFTs por meio das plataformas em blockchain ou por corretoras. | ||
Uma vez que entendi o conceito e a aplicabilidade, coloquei-me a pensar em outro aspecto muito importante: de fato, aplicar essa lógica à realidade dos criadores de conteúdo é algo novo. Demanda tempo de adaptação e aprendizado. Será que não existem alternativas mais acessíveis? Será que a Dua Lipa não poderia, não sei, me mandar um vídeo escrevendo a carta e depois se filmasse deixando nos Correios? Apesar de mais trabalhoso, seria mais confortável. | ||
Por que usar o NFT? Fui dormir com essa… | ||
Dia #4 | ||
Você é dono daquilo que você constrói. | ||
Parece uma frase de coach quântico -- e fora de contexto, pode até ser --, mas foi a resposta desse questionamento. Não me foi revelado em sonho, apesar de eu ter me lembrado durante a noite. Veio das minhas anotações da reunião da Echoa, sendo uma fala que me chamou atenção. | ||
Quando olhamos para NFT, vemos não somente um artifício de criação, mas um mundo repleto de possibilidades. Qualquer pessoa pode fazer um NFT. A grande jogada de um NFT não é estar pagando dinheiro em um jpeg/png, como muitos pensam; Você transforma sua criação em um ativo, e isso te permite aumentar sua superfície de contato com seu público e expandir suas frentes de criação. | ||
Zoomout: O Bored Ape Yacht Club é aquela coleção de NFT dos macaquinhos. Eles ficaram super conhecidos pela quantidade de artistas que aderiram à coleção. Neymar, Justin Bieber e Kim Kardashian compraram um NFT de milhões apenas pelo hype? Claro que não! Com o NFT "em mãos", eles têm milhões de benefícios: além de fazer parte de um clube super seleto, o NFT dá a eles acesso livre a boates de Las Vegas, bem como vários eventos exclusivos, por exemplo. | ||
O NFT, então, além de representar autenticidade e exclusividade (por ser finito), pode ser visto como um bilhete, um passaporte que lhe concede benefícios. E qual é o grande pulo do gato? Por que então criar uma coleção de NFT em vez de um clube de assinaturas, sei lá? | ||
Retomemos então a Dua Lipa. Sim, ela poderia fazer um vídeo escrevendo a carta, colocando meu nome e despachando o envelope. Contudo, isso envolveria tanto trabalho, que possivelmente nem por um alto valor isso seria feito. Eu to no Brasil; ela, no Kosovo. A opção existe, fato, mas existe uma muito melhor, que também traz garantia e credibilidade, dentro de um limite de tempo muito menor. | ||
O custo disso, obviamente, é a adaptação. NFT é novo, blockchain é uma tecnologia recente. Demanda por atenção e aprendizado. E é aí que mora o pulo do gato: isso é a Web3, o que significa que outras 2 já existem. A Web1 foi a primeira internet, na qual só se conectava a internet quem sabia programar. A Web2 trouxe a facilitação do acesso, por meio dos sites, em cuja moderação de conteúdo e monetização fica restrita à plataforma. A Web3, por sua vez, muda isso: por meio de sistemas descentralizados, te permite ser dono daquilo que você constrói. | ||
Por fim, fica o alerta: quem, na Web1, sabia codar, permitiu a entrada na Web2, deixando a Web1 para trás. Quem cria conteúdo na Web2 está construindo a Web3. O destino da Web2, então, é lógico. Resta a você saber se mantêm sua criação como está ou se a eleva a outro patamar. | ||
PS: @DuaLipa, bota um cropped e reage, mulher! | ||
📚 RONALDICAS | ||
No final, é basicamente tudo sobre monetização. E monetizar envolve, isso mesmo, dinheiro, rs. Levantar dinheiro nessa era digital requer cada vez mais compreender as tecnologias existentes para isso. Uma delas é o Bitcoin. Mas, afinal… | ||
Para responder essa pergunta, o vídeo da imagem acima é ideal. Nele, o Átila Iamarino fala tanto sobre o bitcoin quanto sobre o blockchain, por meio de uma perspectiva sobre o desenvolvimento do capital ($$$) ao longo do tempo. É muito didático e elucidativo. | ||
Portanto, assistam! | ||
🏞️ O QUE MAIS ROLA NA CREATORSFERA... | ||
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Mais uma vez, venho fazer aquele pedido especial: recomende a News para a galera! Se você conhece alguém que se amarra no assunto, convide-o para percorrer essa trilha com a gente! Fala a verdade, você já leu sobre NFT assim antes? Rs | ||
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