O Metaverso de centavos
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O Metaverso de centavos

Se você pensa que já teve algum crush emocionado, é porque não viu a Globo reduzindo o Metaverso a uma experiência de Realidade Aumentada. Mas, acredite, apesar de falha, a brincadeira tem muito a nos dizer sobre essa tecnologia!

Echoa | The Creator's Land
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O que é pior que a vitória do Arthur Aguiar na vigésima segunda edição do BBB? Parece que nada supera isso, né? Mas, acreditem: a tentativa da produção em criar um Metaverso do programa fica ali páreo a páreo.

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Se você não sabe o que eu to falando, te dou um pouco de contexto: recentemente, o BBB deu como recompensa de uma prova para dois participantes a oportunidade (de troia) de ter uma experiência no Metaverso. Foi inovador e revolucionário? Não, mas durante aquela meia hora criou ali pra você um lugar reconfortante (parafraseei a Isabela Boscov sim!)

A despeito das minhas inúmeras ressalvas, atenhamo-nos aos fatos: o BBB, o maior reality do Brasil, quebrador de recordes e colecionador de audiência, trouxe uma tentativa de Metaverso para sua programação. Essa tentativa de Vanguarda da Rede Globo evidencia como essa (meta)realidade tá cada dia mais próxima.

Mas o que deu errado? Bom, digamos que a emissora se equivocou no emprego dos termos. A experiência que os dois participantes tiveram se assemelha a um jogo em realidade virtual, reduzindo o Metaverso e limitando sua aplicação. Tal qual dito pela Bit Magazine, Metaverso é um conceito muito mais complicado do que um simples jogo, embora muitas pessoas estejam fazendo essa associação errônea.

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Uma das premissas do Metaverso é criar ou replicar o mundo material dentro do digital, levando para essa "realidade paralela" serviços do mundo físico. Assim, uma reunião a distância, por exemplo, que hoje funciona majoritariamente no 2D em quadradinhos do zoom, poderia ser substituída por uma sala de reunião animada, em que os avatares sejam os participantes e eles possam gesticular, falar e se expressar por meio da Realidade Virtual, da Realidade Aumentada e até de Hologramas, tecnologias que integram o guarda-chuva do Metaverso.

Daí, é aquilo: o que a Globo fez foi errado? Do meu ponto de vista (e de muitos outros profissionais), sim. Mas foi inútil? Jamais, porque nesse quesito de visionário a Dona Globo não erra. Sabe o efeito manada? Diz respeito a uma ação que é seguida e replicada por vários indivíduos em um curto espaço de tempo. E para todo efeito manda começar, alguém tem que puxar o bonde -- e esse é objetivo da Globo.

Se fez certo ou se fez errado, a Dona Globo fez. E, tal qual visto no mercado, quando uma começa, várias vem atrás -- então, quem sabe, vai que isso não vira uma tendência nos meios de comunicação? Já imaginou, um prova do líder rolando no Metaverso, em que a gente pode participar com eles das nossas casas? Ou um programa de auditório totalmente realizado no Metaverso, no qual podemos dirigir perguntas pro apresentador e interagir com os convidados sem precisar colocar os pés pra fora do conforto do lar?

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É aquilo: tá todo mundo tentando. A experiência do BBB foi meio frustrante? Sim, mas trouxe awareness sobre a questão. Se você, assim como eu, é um entusiasta de novas experiências, destaco que existem outras tentativas de eventos no Metaverso rolando, as quais pouco a pouco vão ganhando a robustez necessária para se tornarem plenamente uma metaexperiência. Por isso, destaco aqui alguns experimentos que determinadas marcas fizeram e que mostram como o Metaverso já é real -- e cheio de possibilidades!

  1. Amstel: A Amstel estreou no metaverso por meio desta iniciativa desenvolvida em conjunto com a Mynd, agência especializada em marketing de influência, e a equipe do CryptoRastas, responsáveis por um dos principais projetos de NFT do Brasil. Após acessar um link, o participante entra no Amstelverso com seu avatar customizável, em frente ao palco em que Pabllo Vittar se apresenta. Com opções de vista em primeira ou terceira pessoa, o visitante do metaverso da Amstel pode caminhar livremente por todo o ambiente com várias referências de Amsterdam, cidade natal da Amstel, utilizando teclado e mouse pelo computador ou o touch na tela do celular. Assim que o show acabar, uma nova contagem aparecerá na tela.
  2. Tim: a Tim buscou levar seu mundo real pro Metaverso. Assim, criou um ambiente de 2 espaços, em que replicou o design da sua loja conceito, que fica no Rio de Janeiro, no andar de cima, e no segundo piso colocou lançamentos exclusivos de produtos e parcerias. Os usuários também foram capazes jogar nesse segundo ambiente. Contudo, o público não ficou muito agradado com os gráficos utilizados, os quais eram muito singelos e quebraram as expectativas. Isso mostra que tentar replicar o físico no digital não é o melhor dos caminhos. O metaverso proporciona tanta coisa, tanta possibilidade -- por que fazer o óbvio?
  3. iFood: espertinha que só, a empresa fez o contrato da Tim: inspirados na Avalanches, uma lanchonete do Cidade Alta, servidor brasileiro do GTA V Online, a empresa trouxe para o mundo real a experiência do servidor. Como? Bom, o jogador pode pedir o cardápio da lanchonete pelo iFood! Além disso, os jogadores podem viver a experiência de ser um entregador iFood no jogo, em que cada entrega é uma missão que rende dinheiro (virtual, para ser usado dentro do jogo), reputação e até cupons de desconto na vida real.

E aí, qual das 3 você gostaria de participar? 

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 💡 Ronaldicas

Se é conteúdo de Metaverso que vocês querem, então vocês terão! Esse boa pinta aí é o Matthew Ball, um entusiasta do mundo dos jogos e aventureiro do mundo do business. O Matthew tem um site próprio no qual produz muito, e uma das seções que ele escreve, claro, é sobre o Metaverso. Clica aqui pra ver!

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🌐 O que mais rola na Creatorsfera...

  • Trilhõe$$$! O metaverso que a gente tanto falou tá cada dia mais rentável. Segundo um estudo recente, o metaverso pode ser a próxima oportunidade tech de trilhões de dólares, já que o mundo dos negócios segue enxergando cada vez mais possibilidades nele. Dá uma lida na matéria linkada pra saber mais!
  • "Não precisamos estar preparados para tudo, mas precisamos estar preparados para qualquer coisa". Rolou o SXSW 2022, o maior evento sobre futuro e inovação do mundo, que essa edição fez um grande convite para se (re)pensar crenças e tendências em diversas áreas, como IA, NFTs, metaverso, emergência climática, desinformação, comida, etc. O link acima, da Fast Company, dá uma boa pincelada em tudo que rolou!
  • O passarinho azul de gaiola nova. Pois é, o que se especulava até então foi concretizado: por USD 44 bilhões, Elon Musk comprou o Twitter por completo. Musk já indicou que quer abrir o código do algoritmo da rede social, que orienta, por exemplo, a exibição de posts, e autenticar todos os usuários humanos. E vamos de esperar o que vem aí...
  • Roubo de NFT? Pois é, investidores do Bored Ape foram pegos de surpresa com a notícia de que alguns dos NFTs mais caros do mercado foram HACKEADOS. Ao todo, USD 13 milhões em NFT foram roubados. Isso traz à tona a discussão sobre segurança dessas novas tecnologias -- até que ponto estamos blindados? O vídeo linkado nesse ponto busca explicar justamente isso.

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