Só não ve3 quem não quer!
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Só não ve3 quem não quer!

Pois é, esse dia chegou: o momento que eu constatei que estava mais a par de Web 3.0 do que eu pensava.

Echoa | The Creator's Land
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Por <i>Ronaldo Raposo</i>
Por Ronaldo Raposo

Por Ronaldo Raposo

Pois é, esse dia chegou: o momento que eu constatei que estava mais a par de Web 3.0 do que eu pensava.

Quem me conhece sabe que eu sou um rato de informação. Isso é até pouco saudável, se pensado de forma macro, mas o ponto é que eu tenho uma necessidade intrínseca de saber tudo quentinho -- desde quem tá cotado para entrar no reality A Fazenda até quais os resultados das negociações entre os diplomatas russo e ucraniano.

E, já que tocamos nesse ponto, meu lado Relações Internacionais está ultimamente pegando fogo: apesar de ser uma situação bem triste, tenho gostado de poder discutir com outros acerca da situação, sobretudo o papel fundamental que a tecnologia tem desempenhado nesse conflito. E não existe lugar melhor para discutir sobre qualquer assunto que não o Telegram.

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Num dos n-grupos que faço parte, trouxeram uma notícia genial: estavam usando um NFT da bandeira da Ucrânia para conseguir levantar fundos para os civis em situação de vulnerabilidade. Isso, por si só, já é genial: aplicar Web 3.0 para ajuda humanitária. Entramos aí na discussão sobre Web3 e as aplicações disso na vida.

Um rapaz então pegou e disse: "Ah, legal esse case. Mas isso é muito intermitente e inalcançável. NFT ainda é um assunto pouco explorado e restrito a um público micro. A Web3, como um todo, tá bem distante da gente". Literalmente essa foi a mensagem -- afinal, eu usaria descontínuo em vez de intermitente, além de que eu jamais aplicaria case numa frase (acho brega).

Tirando esse preciosismo da minha análise sintética, reparemos a semântica: não faz absolutamente nenhum sentido -- e denota como o conhecimento em Web 3.0 precisa ser difundido. Por quê? Vamos aos fatos:

  1. Em se tratando desse conflito, a Web3 tem exercido um papel de destaque, visto o uso constante de criptoativos e a transferência descentralizada de dados;
  2. O CEO do Telegram, o russo Pavel Durov, é altamente ligado nesse assunto, de modo que desde 2020 ele busca lançar na ferramenta de mensagem o próprio blockchain, o TON, não conseguindo apenas por esbarrar em questões regulatórias.
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O que eu quero dizer com isso é: que viagem. Esse cara, de certo, não teve acesso a esse tipo de informação, mas reparem como a Web3 tá mais próxima dele do que ele pensa: o próprio aplicativo que ele utilizou para refutar a Web3 está sendo direcionado para ela, ao passo que o conflito que ele estava comentando ocorre em larga medida dentro da própria Web 3.0. Repito: que viagem.

Pensando nisso, mas trazendo para uma abordagem mais simples, quero mostrar para vocês como essa realidade já tá presente no nosso cotidiano, mesmo que de forma incipiente. Para tanto, dá uma olhada nessas aplicações:

  • Ferramentas de mensagem: uma das maiores propostas da Web 3.0 é a descentralização dos dados de usuários, alcançada por meio da blockchain. Sabe-se, por exemplo, que o Facebook (atualmente Meta e também dona do WhatsApp) acessa os dados dos usuários e os utiliza para exibir anúncios, o que é bem desconfortável. Como mencionado acima, o Telegram conhece o poder do blockchain, e já investe nesse caminho para uma nova e reconfigurada rede social descentralizada.
  • Assistentes de voz: as famosas Siri e Alexa são softwares que aprendem a reconhecer a voz e, pouco a pouco, atualizam as informações que conhecem, como se ganhassem "inteligencia". Essas ferramentas passam, por assim dizer, por um processo de aprendizado, de modo que a tendência é que essa capacidade seja continuamente desenvolvida e aumentada com o passar do tempo.
  • Armazenamento em nuvem: eu sou cadelinha do Google Drive -- minha vida inteira tá lá, desde arquivos pessoais às anotações da facul. Infelizmente, há evidências de que a empresa já leu arquivos do Google Drive, e sabe-se lá mais quem pode fazer isso. A solução, assim, é o armazenamento de dados descentralizado. E, acredite: já há ferramentas bem sucedidas nesse aspecto: um salve para Filecoin, Storj e MaidSAFE.
  • Carteiras digitais: as criptomoedas, tão comentadas aqui, são por si só uma aplicação desse universo. Ainda assim, indo mais a fundo, elas precisam de um lugar para descansar, rs. Utilizando a tecnologia blockchain, existem carteiras que registram com muita transparência informações como quem enviou determinada quantia e quem recebeu, garantindo a autenticidade e a legitimidade das transferências. Adeus ao famoso "quando pagar, manda o comprovante".
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A lista é grande -- e linda -- mas vou parar por aqui. O que quero dizer com isso é que não dá para negar: Web3 tá aí, é real, tá em volta da gente. Precisamos, sim, tomar esse lugar como nosso, e explorá-lo ao máximo para tirar o melhor proveito dele.


O que mais rola na Creatorsfera...

  • E por falar em Web 3.0, a Galera tá esperta. A Google anunciou a criação de um laboratório para ampliar investimentos em blockchain e Web3. Eles afirmaram ainda que isso é fruto do desejo deles em se aprofundar nos experimentos com tecnologias descentralizadas. Vai vendo!
  • Dá pra passar mal no Metaverso? Há algumas semanas falamos aqui da patente que o McDonald registrou pra explorar o Metaverso, e a dúvida que ficou foi: avatar come? Agora, a gigante rede de farmácias americanas, CVS, entrou com pedido também para vender remédios por lá. Só resta esperar pra entender, né...
  • Saudades de uma novidade, né, minha filha? Não seja por isso: a Apple realizou nessa semana seu evento anual para lançar as principais novidades e ditar as tendencias do mundo da tecnologia. Só as Applelovers de plantão!
  • museu.xyx.  Esse é o nome de um espaço virtual destinado à experimentação da arte e cultura digital brasileira no metaverso. Idealizado pelo Programa de Pós-graduação em Mídias Criativas da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o museu conta com a cocriação entre artistas, pesquisadores e instituições, tudo pautado no viés tecnológico. Tá lindo de ver!

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