Fogo renovado
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Fogo renovado

O que esperar do Botafogo, agora vendido para um grupo norte-americano?

Futlista
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A tão esperada nova era para o Botafogo chegou. Um dos clubes que mais sofreu com gestões amadoras, o Glorioso está acertando detalhes para que ser vendido para um fundo capitaneado pelo empresário norte-americano John Textor.

Um baita presente de Natal para o torcedor alvinegro. Como eu tinha dito sobre o Cruzeiro, a era dos clubes-empresa, com donos e uma gestão profissional, é o ponto de mudança no futebol brasileiro. E o Botafogo sai na primeira fila, assim como o clube mineiro.

Por mais que parte da grande imprensa venha atacando a transformação das agremiações, esse modelo é o único sustentável para que os clubes do G12 que estão endividados consigam sobreviver. Não se engane, por mais que a ascensão de equipes como Bragantino e Athletico-PR seja ótima para o cenário brasileiro, o futebol nacional perde muito valor com Cruzeiro, Vasco e Botafogo na pindaíba, para citar os que vivem seu pior momento.

Essas marcas são gigantes e não foram construídas do dia para a noite. Por mais que esportivamente estejam deixando de ser relevantes, possuem torcidas apaixonadas e são reconhecidas internacionalmente. Ou seja, com esses times estruturados, gira mais dinheiro no futebol. Isso só pode trazer coisas boas.

Campeonatos fortes. Maior investimento em estrutura. Por tabela, fortalecimento da seleção brasileira. Coisas que nem precisam de grande análise para se chegar à conclusão de que existem mais prós do que contras.

Óbvio que existe a questão da responsabilidade com o dinheiro, alinhada com uma gestão competente. Também é bom ressaltar que esses investimentos não serão necessariamente revertidos em conquistas no campo, até porque a tendência é que mais times tomem esse caminho e se tornem empresas, aumentando a competição. Mas é única forma de termos alguns dos gigantes brasileiros vivos.

Só que a grande imprensa tem uma grande dificuldade de enxergar o futebol como negócio. E pior, se deixa muitas vezes se levar pelo clubismo, com o pensamento de apenas acabar com o seu rival, sem levar em conta que seu clube só é forte se existir rivalidade, principalmente as regionais.

Pelo lado do Botafogo

O grupo Eagle Holding deve assumir em breve o controle da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Botafogo, num negócio que envolve cerca de R$ 400 milhões por 90% da empresa. Porém, o valor pode ser muito maior do que isso.

Isso porque o fundo de John Textor deve assumir o pagamento integral das dívidas do Fogão. Coisa que está na casa do bilhão de reais. Também deve construir um CT para o time profissional, impulsionando a precária estrutura do alvinegro.

Se tinha uma instituição que precisa desse tipo de aporte, era o Glorioso. Desde a época de Bebeto de Freitas como presidente se falava que o Botafogo estava muito atrás na questão de estrutura. Na mão de dirigentes sanguessugas, isso não mudaria de figura.

Sobre o investidor, Textor parece ser um entusiasta da bola. Fundou um serviço de streaming para transmissão de partidas e que atende também a outros esportes. Adquiriu recentemente ações do Crystal Palace e é elogiado pelo investimento que vem fazendo por torcedores do time inglês. Tentou comprar ações do Benfica e agora se aproxima de também ser dono de um clube belga.

Tem um background de trabalhar na indústria cinematográfica. Entretenimento. Que é a outra forma, paralela ao negócio, que o futebol deve ser enxergado.

Dito isso, o Glorioso vai brigar por títulos nos próximos anos? Impossível cravar. O que dá pra cravar é que o Botafogo de Futebol e Regatas seguirá vivo com a confirmação do negócio. E isso é um grande motivo de alegria pro torcedor da Estrela Solitária depois de décadas sem esperança alguma.

Futlista


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