5 covers de Like a Rolling Stone

Listas de melhores sempre acirram os ânimos e despertam discussões quentes, repletas de cinismo e sarcasmo. Este ano, a revista Rolling Stone lançou mais uma vez a sua lista de melhores canções de todos os tempos.

Que, convenhamos, é uma piada. Qualquer pessoa que tenha um conhecimento mínimo do que é uma “canção” não pode deixar de gargalhar com as escolhas e as posições finais.

De qualquer modo, a melhor canção de todos os tempos continua a ser “Like a Rolling Stone”. Não é preciso investigar muito para saber o impacto cultural que ela teve e ainda tem. Basta dizer que Frank Zappa pensou em abandonar a música quando a ouviu. Bruce Springsteen teve uma epifania no carro com a sua mãe quando a escutou no rádio. Greil Marcus escreveu um livro de duzentas páginas apenas sobre essa canção.

Tudo isso está muito bem documentado. Se você não for surdo, basta ouvi-la. Ela também é o momento central do documentário de Martin Scorsese, “No Direction Home”. Ficou famosa a célebre “Judas Version” desta canção, quando um fã irritado grita “Judas” e Dylan diz para The Band: toquem alto pra c******!

Você pode ouvir este momento aqui:

Mas vamos enfim às versões desta canção, começando pela dos Rolling Stones. Este clipe inovador fez muito sucesso no começo dos anos 90:

Agora, indo para os covers extravagantes, temos uma versão em italiano, em forma de rap. Ela apareceu no filme “A Máscara do Anonimato” e sem dúvidas merece um posto também na lista de reinterpretações mais criativas:

Não poderia deixar a madrinha do punk rock de fora dessa lista. Patti Smith foi escalada por Bob Dylan para representá-lo na entrega do Prêmio Nobel. Aqui, ela brilha com todo o seu vigor e devoção à canção. Uma performance para ver e rever:

Para mim, o melhor cover desta canção é de Jimi Hendrix. Pouco se fala na sua capacidade vocal; ele próprio duvidada dos seus dotes como vocalista. No entanto, é a sua própria insegurança que o torna um grande vocalista. Como sempre que estava em cima do palco, suas performances eram explosivas, e esta não é diferente:

Por fim, devo dar o braço a torcer a John Mayer. Esta apresentação tem tudo o que se espera dessa canção que libertou a mente das pessoas nos anos 60. Destaque para o solo, com um harmônico que vai te deixar surpreso lá por volta dos 4 minutos:

Sou autor da melhor discografia comentada de Bob Dylan em português. Inscreva-se nesta newsletter clicando no botão acima para receber as próximas edições direto no seu email.