#191 Dicas para ministrar aulas e cursos
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#191 Dicas para ministrar aulas e cursos

Alguns caminhos que eu e outros professores indicam para quem quer começar a dar aulas

Gabriel Ishida
4 min
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#TBT é a edição #142 sobre as diferenças entre o trabalho fixo e o freelancer em B.I.

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Muitas pessoas me perguntam como começar a ministrar aulas e cursos em escolas e universidades. O início não é fácil pois é necessário cavar sua oportunidade, contudo, há alguns caminhos que facilitam abrir essa primeira porta e também para mante-la aberta. Juntamente com outros professores, listei algumas dicas que podem ajudar.

A primeira dica é definir especificamente onde você quer atuar. Por exemplo, eu sou um profissional de B.I., com foco em mensuração e análise de dados de marketing e comunicação, então faz sentido que eu tenha conhecimento para cursos e aulas de métricas e mensuração em comunicação/mídia. Fernando Collaço, especialista em Marketing e Branding e instrutor de cursos no Senac, recomenda mapear as instituições de ensino e entender quais estão alinhadas aos seus interesses, valores e perfil, já que se pretende assumir um compromisso profissional com as mesmas.

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A segunda dica é ter uma proposta prática de curso, ou seja, mostrar de forma concreta e aplicável o que vai ser ensinado. Para Marcos Singulano, professor na Univap e proprietário do Singulano Estúdio, é importante que haja uma aplicação direta das teorias dentro dos softwares e plataformas, principalmente em temas de criação e conteúdo. Somando com a primeira dica, é importante que essa proposta de curso/aula seja suportado pela estrutura da escola ou universidade. Não adianta propor um curso de robótica se não há um laboratório de mecânica, por exemplo.

Williams Cuccovia, especialista em marketing digital e professor na ESPM, acrescenta que é importante já ter algum material pronto para solidificar a proposta de curso, pois muitas vezes as oportunidades chegam de última hora, para cobrir algum(a) instrutor(a) ou até para uma demonstração.

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A terceira dica é ter um método de ensino que engaje os alunos. Durante a pandemia, ficou muito mais popular o uso de live streaming e aula gravada para ministrar cursos. E se no modo presencial já era desafiador manter a atenção da turma, ficou ainda mais difícil em ambientes online.

Fernando Collaço, em sua experiência, aponta que construir dinâmicas que estimulem discussões ou perguntas é um caminho que ajuda a concretizar o aprendizado e engajar os alunos. Eu vejo que isso funciona bem para o presencial, mas há uma "barreira" dentro do digital, onde sinto que há menos engajamento naturalmente das pessoas.

Em aulas gravadas, um recurso interessante é estabelecer uma dúvida ou tarefa para ser cumprida pós aula e ser postada para ser discutida. Em aulas live streaming (transmitida ao vivo), eu tenho utilizado recursos de interação (como Kahoot e Mentimeter) para solidificar alguns conceitos por meio de questionários e quizzes.

Outro desafio apontado por Marcos Singulano é que há sempre novas tecnologias e novidades no mercado que desafiam a forma de ensinar. Ele aponta especificamente as Inteligências Artificiais, onde é necessário mostrar para os alunos como lidar com essa tecnologia, quais novos e velhos conceitos devem ser aplicados, etc.

Em resumo, eu vejo que, para iniciar nesse campo de aulas, é importante ter um foco e proposta do que você pretende ensinar, de preferência já com um material/rascunho pronto para apresentar à coordenação do curso ou da escola. Depois que conseguir essa primeira porta aberta, o desafio será manter a qualidade e engajamento das turmas, pois não adianta a aula ter um conteúdo excelente se o formato não despertar a atenção.


NOVIDADE DA SEMANA

51% dos Chief Data Officers brasileiros estão usando I.A. para tomada de decisão

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O estudo global CDO Study 2023 da IBM apontou que 51% dos CDOs brasileiros estão usando IA para tomada de decisões, porém, apenas 22% estão usando para automatizar essas decisões. Há uma diferença grande entre efetivamente aplicar o potencial da I.A. para automatizar processos e dados vs. consultar I.A. para decidir sobre alguma ação.

Outro dado importante é que 41% das empresas brasileiras já estão usando I.A. de forma ativa em seus negócios, ou seja, não se restringe apenas a área de dados.

Vi no Meio e Mensagem