Alguns caminhos que eu e outros professores indicam para quem quer começar a dar aulas
#TBT é a edição #142 sobre as diferenças entre o trabalho fixo e o freelancer em B.I. | ||
Muitas pessoas me perguntam como começar a ministrar aulas e cursos em escolas e universidades. O início não é fácil pois é necessário cavar sua oportunidade, contudo, há alguns caminhos que facilitam abrir essa primeira porta e também para mante-la aberta. Juntamente com outros professores, listei algumas dicas que podem ajudar. | ||
A primeira dica é definir especificamente onde você quer atuar. Por exemplo, eu sou um profissional de B.I., com foco em mensuração e análise de dados de marketing e comunicação, então faz sentido que eu tenha conhecimento para cursos e aulas de métricas e mensuração em comunicação/mídia. Fernando Collaço, especialista em Marketing e Branding e instrutor de cursos no Senac, recomenda mapear as instituições de ensino e entender quais estão alinhadas aos seus interesses, valores e perfil, já que se pretende assumir um compromisso profissional com as mesmas. | ||
A segunda dica é ter uma proposta prática de curso, ou seja, mostrar de forma concreta e aplicável o que vai ser ensinado. Para Marcos Singulano, professor na Univap e proprietário do Singulano Estúdio, é importante que haja uma aplicação direta das teorias dentro dos softwares e plataformas, principalmente em temas de criação e conteúdo. Somando com a primeira dica, é importante que essa proposta de curso/aula seja suportado pela estrutura da escola ou universidade. Não adianta propor um curso de robótica se não há um laboratório de mecânica, por exemplo. | ||
Williams Cuccovia, especialista em marketing digital e professor na ESPM, acrescenta que é importante já ter algum material pronto para solidificar a proposta de curso, pois muitas vezes as oportunidades chegam de última hora, para cobrir algum(a) instrutor(a) ou até para uma demonstração. | ||
A terceira dica é ter um método de ensino que engaje os alunos. Durante a pandemia, ficou muito mais popular o uso de live streaming e aula gravada para ministrar cursos. E se no modo presencial já era desafiador manter a atenção da turma, ficou ainda mais difícil em ambientes online. | ||
Fernando Collaço, em sua experiência, aponta que construir dinâmicas que estimulem discussões ou perguntas é um caminho que ajuda a concretizar o aprendizado e engajar os alunos. Eu vejo que isso funciona bem para o presencial, mas há uma "barreira" dentro do digital, onde sinto que há menos engajamento naturalmente das pessoas. | ||
Em aulas gravadas, um recurso interessante é estabelecer uma dúvida ou tarefa para ser cumprida pós aula e ser postada para ser discutida. Em aulas live streaming (transmitida ao vivo), eu tenho utilizado recursos de interação (como Kahoot e Mentimeter) para solidificar alguns conceitos por meio de questionários e quizzes. | ||
Outro desafio apontado por Marcos Singulano é que há sempre novas tecnologias e novidades no mercado que desafiam a forma de ensinar. Ele aponta especificamente as Inteligências Artificiais, onde é necessário mostrar para os alunos como lidar com essa tecnologia, quais novos e velhos conceitos devem ser aplicados, etc. | ||
Em resumo, eu vejo que, para iniciar nesse campo de aulas, é importante ter um foco e proposta do que você pretende ensinar, de preferência já com um material/rascunho pronto para apresentar à coordenação do curso ou da escola. Depois que conseguir essa primeira porta aberta, o desafio será manter a qualidade e engajamento das turmas, pois não adianta a aula ter um conteúdo excelente se o formato não despertar a atenção. | ||
NOVIDADE DA SEMANA | ||
51% dos Chief Data Officers brasileiros estão usando I.A. para tomada de decisão | ||
O estudo global CDO Study 2023 da IBM apontou que 51% dos CDOs brasileiros estão usando IA para tomada de decisões, porém, apenas 22% estão usando para automatizar essas decisões. Há uma diferença grande entre efetivamente aplicar o potencial da I.A. para automatizar processos e dados vs. consultar I.A. para decidir sobre alguma ação. | ||
Outro dado importante é que 41% das empresas brasileiras já estão usando I.A. de forma ativa em seus negócios, ou seja, não se restringe apenas a área de dados. | ||
Vi no Meio e Mensagem |