Como tudo começou

Semana passada fiz uma enquete no Linkedin perguntando um pouco sobre leitura. Para a surpresa de absolutamente ninguém esse foi o resultado:

Por isso, resolvi escrever um pouco de como minha relação com os livros começou e algumas dicas que foram muito uteis (e que talvez te ajudem) para cultivar essa hábito.

Vamos ao começo

Como provavelmente muitos de vocês meu primeiro contato com livros foram os livros infantis.

Algum tempo depois o assunto de leitura só aparecia durante algum trabalho especifico de escola.

Por fim, perto do tão temido vestibular, no Ensino Médio, o assunto voltou com mais força mas com a forma de uma coisa chata que precisa ser feita para conseguir entrar na faculdade.

Aqui, se me permitem dizer, está o primeiro erro. Leitura não era pra ser isso.

A virada de chave

Por conta dos trabalhos na faculdade era necessário ler alguns capítulos de livros, algo muito pontual em um curso de tecnologia.

Nessa época eu pegava um ou outro livro de administração ou marketing na biblioteca, já que estava infeliz com o curso e queria ir para área de marketing digital.

O início da mudança aconteceu durante uma aula de ética (ou algo assim) quando a professora apresentou esse vídeo:

"... porque se você não fizer a experiência da leitura de um texto dificil agora, acredite que você terá perdido a chance. E você dirá: Mas eu não me interesso por questões filosóficas. Não, é só uma questão de brio..."

A primeiro coisa que eu fiz depois da aula foi passar na biblioteca e pegar uns 2 livros de filosofia. Microfísica do Poder de Focault foi o escolhido.

Foi aí então que tive um vislumbre do tamanho da minha ignorância. E conectando com outra parte do vídeo do professor Clóvis:

"...se o cara ESCREVEU velho, você só vai entender o que ele escreveu, se imagina que ele teve que tirar do zero aquela merda toda..."

Então é isso. Eu leio porque sei que independente da leitura estar diretamente conectado com meu trabalho ou algum desafio especifico ela estimula minha habilidade de pensar. Ler é como fazer academia para o cérebro e definitivamente eu não quero ter um cérebro sedentário.

Você sempre ganha quando lê

Essa é a primeira e mais importante dica. Para além dos textos difíceis, leitura é sempre benéfica. Não importa se filosofia não é o seu negócio (por mais que eu concorde com o prof. Clóvis que você deva experimentar a leitura de textos complexos) ler qualquer tipo de gênero vai estimular seu cérebro, melhorar sua escrita e sua criatividade.

A segunda dica é começar com livros que te interessam, a leitura além de qualquer coisa precisa ser agradável. Deixe seu hábito sólido antes de se arriscar em leituras complexas e de temas que não te interessam tanto.

Ler não dá sono! A terceira dica diz respeito a esse mito. Se você fica com sono quando está lendo pode ter certeza que a causa raiz está em algum outro fator como:

• Você já está cansado quando começa a ler (por exemplo quando você deixa pra ler a noite depois de já ter vivido seu dia todo)
• Você não está gostando do livro
• Você está em um ambiente que contribuiu para o sono (por exemplo ler deitado na cama no escuro)

Então se você sente sono ao ler experimente outros horários, livros ou lugares.

A quarta dica está bem ligada com a anterior. Leitura é um hábito e é sempre mais fácil quando a gente automatiza essa rotina. Então procure manter horários e tempos parecidos de leitura. Deixe um tempo reservado para essa atividade do mesmo jeito que você talvez tenha o horário da academia.

Por fim, insista. A quinta dica é que assim como academia do começo possa parecer terrível, quando o hábito é criado a atividade se torna natural e com o passar do tempo e com a prática você começa a procurar formas de evolui-la.

Enfim

Ler não tem contra indicações, é ao mesmo tempo hobbie e ferramenta de aperfeiçoamento pessoal. Gera resultado no trabalho, em casa, na vida.

Então, tá esperando o que pra começar?

Ah, e se você precisa de indicações, só acessar aqui: https://pingback.com/kamaleon/leo-indica-summer-books-2021

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