Eu não aguento mais a Jovem Pan (parte 3)
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Eu não aguento mais a Jovem Pan (parte 3)

Já fazem quase três anos que a Jovem Pan tem criado falsas equivalências, já fazem quase três anos que a rádio tenta descredibilizar opositores do Jair. Muitas dessas vezes eles utilizam a famosa "liberdade de expressão" para justificar quais...

Gustavo Tavares Barros
7 min
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Já fazem quase três anos que a Jovem Pan tem criado falsas equivalências, já fazem quase três anos que a rádio tenta descredibilizar opositores do Jair. Muitas dessas vezes eles utilizam a famosa "liberdade de expressão" para justificar quaisquer absurdos ditos pelo presidente ou pelo gabinete do ódio que propaga ataques coordenados e mentirosos contra figuras políticas.

Apoiadores do presidente em manifestações a favor do governo, a maioria não faz o uso das máscaras 
Apoiadores do presidente em manifestações a favor do governo, a maioria não faz o uso das máscaras 

Quando apareceu pela primeira vez a propaganda do "Liberdade em construção", eu passei a acreditar na periculosidade desses apresentadores. Infelizmente ainda não possuo dinheiro para jogar fora, porém gostaria muito de comprar este curso apenas para dissecá-lo, pela propaganda veiculada pela emissora, temos claramente a fantasia da "verdade subjetiva" ou "diferentes narrativas" e claro a defesa da liberdade de expressão.

Um dos grandes problemas dos reacionários é confundir liberdade de expressão com crime, sim até mesmo a liberdade para nos posicionar possui limites bem definidos, esse limites se chamam leis. Quando o Sleep Giants Brasil começou a fazer um excelente trabalho, desmonetizando canais de ódio pela internet a Jovem Pan entrou em desespero, começaram a atacar a página com argumentos insustentáveis sobre o cometimento de crimes, esses comentários diziam que eles estavam fazendo linchamento virtual e que os alvos eram apenas veículos de direita.

"Veja se há perseguição as fake news de esquerda, Patrícia campos melo foi condenada recentemente por fake news contra o Luciano Havan, o Intercept foi condenado pela justiça em relação a fake news falando sobre estupro culposo, há uma série de páginas que praticam fake news e não sofrem perseguição nem do judiciário, nem da mídia e muito menos do Sleep Giants, por que será ? "

O problema dessa falácia é a falsa equivalência entre Intercept e Jornal da Cidade Online.  O veículo de esquerda possui transparência em apresentar seus quadros de jornalistas e caso algo de falso ou criminoso seja noticiado eles podem responder juridicamente, todavia  foi provado que o jornal da cidade online criou seus colunistas, usando nomes falsos e fotos de bancos de dados levemente alteradas no Photoshop. Pergunto-lhes: vocês acham que esses detalhes foram Abordados no programa? Claro que não, inclusive a liberdade de expressão foi assegurada a esse canal, que continua no ar, porém sem adsense para financiar seus discursos mentirosos. Uma das mentiras espalhadas por esse "jornal" era que, o TSE havia entregado os códigos das urnas eletrônicas de votação, uma mentira perigosa para legitimar os ataques do Jair a democracia e a favor do voto impresso.

Qual o problema desses canais ganharam dinheiro com conteúdos falsos? Primeiro que a mentira que eles espalham visando destruir reputações é crime. Eles também se aproveitam dos mecanismos da internet de monetização, sem receber dinheiro público diretamente, para isso utilizam os chamados "robôs" nas redes sociais espalhando seus conteúdos em massa, veja bem como a técnica é perfeita, eles usam dinheiro público para criar as "farms", para popularizar os conteúdos e assim ganhar o dinheiro do adsense. Essa forma de continuar mantendo seus fieis seguidores, criando conteúdos de ódio e veiculando mentiras, será investigado pela CPMI das Fakes news que está prestes a voltar os trabalhos. 

Após apresentar essa falsa equivalência vamos falar sobre a hipocrisia. Após afirmar veementemente que o Sleep Giants era um mecanismo de ataque a liberdade de expressão e que estariam cometendo crimes ao impedir que as pessoas ganhassem dinheiro com suas "opiniões", a rádio passou a perseguir canais de esquerda de forma minimamente imoral e antiética, canais que se propuseram a falar sobre a CPI da pandemia passaram a ser notificados por direitos autorais, pois utilizavam os vídeos PÚBLICOS da TV senado. Eles passaram a solicitar direitos autorais para retirar a monetização dos canais e limitar a divulgação dos vídeos. Canais como do Clayson, Henry Bugalho, O Historiador entre outros, passaram a sofrer com essa atitude, inclusive acredito que com o apoio jurídico certo, poderia haver processos contra a atitude da rádio que quer virar TV.

A contextualização dessas narrativas sobre liberdade de expressão e verdades subjetivas é muito importante para determinar o modus operandi da rádio. Desde o início da pandemia, a Jovem Pan deu voz a negacionistas de todos os tipos, sejam aqueles que eram contra o uso de  máscaras, sejam aquelas que eram contra o isolamento social, sejam aqueles que eram a favor do "Tratamento precoce", mesmo depois de atestada a não eficácia das drogas  e agora pessoas que são contra a obrigatoriedade das vacinas também falam abertamente ao público. Tivemos durante essa pandemia mentiras sobre moradores de uma cidade - que conseguiu diminuir seus casos positivos de covid-19 usando lockdown - estarem comendo os animais de estimação, pois estavam passando fome. Todas essas atitudes ajudaram a piorar a pandemia em nosso país, as pessoas que confiavam nestas posições anticientíficas, acabavam não dando a devida atenção para medidas de prevenção e cuidado na maior crise sanitária do sáculo. 

Quando nos foi informado que a CPI pediria a quebra de sigilo da rádio, foi deveras gratificante saber da existência de uma investigação sobre a empresa, saber se a posição da empresa era ideológica apenas ou havia compensações financeiras, porém devido ao corporativismo das mídias convencionais, a CPI voltou atrás na quebra desse sigilo. O que para mim não fez o menor sentido, a fiscalização e investigação não devem possuir limitações, se amanhã uma empresa começa a ganhar dinheiro público para cometerem ilegalidades, precisaremos de investigações para esclarecer os fatos e punir caso sejam verdadeiros, não vejo nenhum problema que se investigue órgãos da mídia quando houver fortes indícios. 

A CPI, que desde o início já era demonizada pela rádio, passou a ser atacada diariamente, sempre tentando "envenenar" os ouvintes para acreditar que, não existia méritos para a instauração da investigação. Infelizmente para os comentaristas da rádio, essa "narrativa" não se manteve de pé, pois a investigação, que inicialmente investigava as irresponsabilidades do presidente, acabou descobrindo diversas outras irregularidades, não era apenas negacionismo, também havia muita corrupção por trás das ações do governo federal. Apesar de haver fortes provas, a rádio insiste em escolher os pontos certos para esconder os casos de corrupção, um exemplo disso foi quando a senadora Simone Tebet, apresentou de forma brilhante e técnica, todos os crimes de prevaricação do ministro da CGU, mostrando inclusive documentos falsificados, porém o foco dos comentários foram apenas sobre a confusão que seguiu, após o ministro ofender a senadora em um ataque misógino. Outro exemplo recente, foi a utilização da briga dos senadores Renan Calheiros e Jorginho Melo como pauta do programa e não falaram sobre a parte mais importante do depoimento do Sr. Danilo Trento, quando o Eduardo Girão mostra que o depoente foi para Las Vegas com o filho do presidente, para fazer lobby para criação de cassinos no Brasil. Essas criações de cassinos, seriam a desculpa perfeita para simplificar a lavagem de dinheiro.

Por fim comentaristas como Adrilles, Zoe, José Maria Trindade e Paulo Mathias insistem em dizer que a CPI é um circo, que não achou nada  ou que não vai dar em nada. Felizmente eles estão muito errados, a CPI já deu inúmeros resultados, primeiro provou que este governo favoreceu empresas pilantras - no lugar de empresas sérias como Pfizer - que não entregariam vacinas e roubariam dinheiro público, que iria para paraísos fiscais. Revelou o gabinete paralelo, empresas que lucraram muito dinheiro com o kit covid e como os militares estavam em peso envolvidos nos esquemas. Um resultado indireto da investigação foi a compra da vacina da Pfizer, que antes da instauração da CPI teve mais de oitenta e-mails ignorados pelo governo e a mudança de posição do ministério da saúde em relação ao tratamento precoce. Outro ponto importante que a Jovem Pan insiste em veicular é o sucesso da vacinação do país, sempre dando a entender que é graças ao Jair Bolsonaro, entretanto a verdade é muito diferente, a vacinação é um sucesso apesar do presidente, que fez de tudo para boicotar a compra dos imunizantes.

Infelizmente os problemas do "jornalismo" da Jovem Pan não couberam em apenas três partes, ainda precisamos abordar alguns outros temas importantes, principalmente sobre os quadros da empresa, quero debater como Rodrigo Constantino e Augusto Nunes continuam ativos na empresa, apesar dos absurdos que estiveram envolvidos. 

Essa é a terceira parte do meu artigo de estreia "Eu não aguento mais a Jovem Pan", para ler a segunda parte desse extenso artigo é só clicar no link abaixo.

Vejo vocês em breve.

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