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Que saudades eu tinha de escrever! A produção de conteúdo, sobretudo em texto, sempre foi uma constante na minha vida. Antes mesmo de entrar na faculdade de Comunicação eu já blogava. E bloguei sobre uma variedade de coisas, viu? Futebol, Carnaval, Literatura, Catolicismo e até fiz reportagens por conta própria.  Me aventurei em outros formatos como podcast, vídeos gravados e editados e até lives sem sucesso algum. Sucesso também que nunca foi alcançado ao escrever, mas não é sobre isso. 

O resgaste dos pequenos hábitos

Vivo uma fase na qual preciso mais do que nunca olhar pra mim mesmo e pras coisas que gosto. O adulto Caio percebeu que o menino Caio passou boa parte dos seus anos doando o tempo para outras coisas: estudar em busca de vagas em boas escolas e faculdades, religião, empregos, relacionamentos e até sonhos que às vezes viraram fardos. Obviamente foram escolhas baseadas no que acreditava ser o melhor naquele momento. Elas são também responsáveis por fazerem de mim o ser humano que sou com a amálgama de experiências e personagens que conheci e as sortes e desventuras que passei.

Não entenda esse texto como uma pílula de autoajuda ou só como mais uma voz amargurada na web. Eu escrevo muito mais para mim do que para os outros. Consigo ter mais clareza sobre minhas ideias e sobre meus sentimentos ao por em palavras os pensamentos que vagueiam pelo meu cérebro.  E fazer isso sempre me fez bem. Eu não escrevo rápido, até porque minha letra é feia e utilizo apenas os dois dedos indicadores pra teclar. Além disso, a folha em branco é uma angústia real. Contudo, o simples gesto de sentar em frente ao editor de texto ou me debruçar sobre um bloquinho de notas me traz paz. 

É nesse contexto que criei esse espaço. Se eu pudesse voltar no tempo talvez não revertesse algumas decisões, mas certamente me faria um alerta: seu tempo é precioso, jogue mais bola e videogame, escreva e leia mais, vá ao cinema e aos restaurantes sozinho. Você não pode abraçar o mundo, mas pode abraçar a si mesmo mais vezes. Longe de uma epifania romantizada em meio à pandemia, é evidente que o isolamento social  foi crucial nessa reflexão. Estar vivo e empregado nesse país é um privilégio. Privilégio esse que faz com que diversos problemas, muitas vezes cavados por mim mesmo, sejam pequenos. Por isso busco agora resgatar hábitos saudáveis. Eu quero aqui escrever pelo simples prazer da escrita, apenas isso.

O quê você vai encontrar aqui?

Resolvi começar escrevendo sobre as séries e filmes que assisti. Assistir televisão é uma das minhas atividades preferidas. Acordava ainda criança às 7h da manhã para ver os desenhos, inclusive nos finais de semana. Fui noveleiro, ia pra casa de familiares e amigos só pra assistir TV a cabo, juntava dinheiro pra ir ao cinema, baixei muitas séries e legendas (pelo menos até conhecer os streamings) e um dos meus objetivos na vida é ter uma TV de 85 polegadas. Tem gente que quer carro, casa de frente pro mar ou até mudar de país. Eu só quero uma TV enorme pra chamar de minha . Por tudo isso considero o tema um argumento válido, bom e fácil para voltar a escrever. Já que estou sempre assistindo algo, terei sempre sobre o que escrever.