A Liberdade que é fonte de liberdades.
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A Liberdade que é fonte de liberdades.

“Nossa liberdade depende da liberdade de expressão; e ela não pode ser limitada sem ser perdida. ” Thomas Jefferson

Henrique Galvão
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“Nossa liberdade depende da liberdade de expressão; e ela não pode ser limitada sem ser perdida. ” Thomas Jefferson

A liberdade de expressão é o mais importante dos direitos, pois é com ela que você defende todos os outros. Ela é fonte das outras liberdades; quando seca, todas as outras morrem. Não por acaso ela é a 1ª Ementa da democracia americana. Os “Founding Fathers” americanos deixaram bem claro sua importância para o funcionamento do país.

Mas para jovens inúteis e desocupados, nada é tão bom que não se possa achar defeitos. Como bem formulou Marx, a práxis revolucionária consiste em criticar tudo quanto existe e seus soldados fazem isso muito bem. Quem só tem martelo, pensa que tudo é prego.

A liberdade de expressão estava livre, leve e solta, até que um jovem mimado resolve envolver uma outra palavra na equação: ódio. E o “ódio” teve uma filha, a “ofendida”. Pronto, grite essas palavras à deriva e verá a liberdade de expressão se esvaindo. Não é difícil entender esse fenômeno num mundo cujo os sentimentos importam mais que a verdade.

O principal argumento contra esse direito é que ele não pode ser confundido com liberdade de propagar o ódio e por isso deve ser limitado sempre que o fizer. A questão é: o que é ódio? Ou melhor: quem define o que é ódio? Quem define o que é ofensa?  Se apenas o ofendido pode dizer o que é ódio ou ofensa, então entramos num critério totalmente subjetivo e a partir disso, qualquer coisa, eventualmente, será ofensiva.

Ademais, é impossível modelar meu discurso para que ele não ofenda ninguém nunca. Quando eu posto algo nas redes, milhões de pessoas podem ler minha mensagem; é razoável pensar que ninguém vai se ofender com ela?! Se eu estiver falando de temas complexos como aborto, drogas ou sexualidade, provavelmente alguém vai se ofender; isso deveria ser um empecilho para eu dizer aquilo que entendo como a verdade?!

Como diria Ben Shapiro: “Facts doesn’t care about your feelings.”

Alguém poderá me perguntar: Henrique, mas por que o seu direito de dizer o que pensa pode transgredir o direito de alguém de não ser ofendido? Minha pergunta é a mesma: Por que o direito de alguém não ser ofendido pode transgredir o meu direito de dizer o que eu penso? Em outras palavras: Por que os seus sentimentos devem estar acima da verdade, ou, pelo menos, ao que eu chamo de verdade?

Em qualquer civilização razoável, são as pessoas que devem se adequar a verdade e não o contrário. Qualquer pessoa que queira moldar o mundo à imagem e semelhança dos seus sentimentos me parece louca. E pior, num mundo de egoístas e mimados como o nosso, as pessoas se ofendem até mesmo quando a mensagem não é direcionada a elas. Algumas pessoas são tão autocentradas que fazem parecer que tudo é sobre elas. Não se pode tocar em nenhum assunto sem que se tranquem no banheiro, queixando-se de como o mundo é mau.

E essa gente jura que ao deixar um político – também desocupado – decidir o que pode ou não ser dito será melhor para todo mundo.

Não entro no mérito dos crimes contra a honra, os quais não nego que existem, mas sim sobre os crimes contra os sentimentos, os quais não fazem muito sentido em existir. É evidente que a liberdade de expressão pode acarretar em conflitos, problemas e intrigas, mas também é verdade que é ela que nos garante o diálogo, o debate e a investigação sincera e perspicaz em busca da verdade.

“Quando você tem algo a dizer, ficar em silêncio é uma mentira.” Jordan Peterson

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