Martinelli vai dar o Hexa pro Brasil nessa Copa

Imagine o seguinte: Semifinal da Copa 2022, Argentina 1 x 0 Brasil, 35 minutos do 2º tempo. Neymar, Paquetá, Viny Jr., Raphinha e Richarlison já tentaram, mas nada de gol.

Tite já mandou entrar Everton Ribeiro, Pedro e Gabriel Jesus, mas nenhum deles conseguiu tirar o Brasil do zero.

É nesse momento que ele pensa em algo diferente. Nosso técnico vai tirar um coelho da cartola. O Brasil agora jogará com 4 na frente, sendo 2 atacantes próximos, decisivos.

Tite olha pro banco e chama Gabriel Martinelli, um cara que fez 76 das 103 partidas até agora pelo lado esquerdo (segundo estatísticas do Transfermarkt). Mas para aquele lado ele já conta com Vinicius Jr., Neymar, Rodrigo ou até Paquetá, Jesus e Richarlison, que no passado jogaram por lá em algum momento. Não importa. Ele precisa agora é de alguém pra fazer dupla com Pedro. Com entrosamento com ele. Com faro de gol. E com poder de decisão.

O tempo está acabando. Faltam menos de 10 minutos agora. Tite encosta a mão no ombro de Martinelli e diz "vai lá e vira o jogo".

O goleiro argentino, Armani, ao vê-lo na beira do campo treme de medo, afinal, poderia ser um outro atacante mais decisivo... aquele que já o fez chorar em 2019 com 2 gols em menos de 4 minutos numa final de Libertadores. Que, aliás, marcou em TODAS as finais que disputou. Aquele mesmo que já fez 43 gols e deu 11 assistências num mesmo ano (desempenho que só Neymar conseguiu nesta década), o único que foi artilheiro da Copa do Brasil e Brasileirão no mesmo ano.

Mas não. Não é aquele. Este é um (quase)desconhecido pros Argentinos. Joga por um time que não ganha sua liga nacional desde 2004. Jamais venceu a Champions. E sequer tem títulos continentais (salvo uma antiga Recopa do tempo em que ainda se ouvia música em fita K7). E é por isso que Armani tem medo. Como pará-lo? como marca-lo se ninguém sabe o que esperar dele? 

É nesse momento que Martinelli entra em campo. E com uma confiança de quem marcou só 23 gols em 4 anos (um total de zero em finais, mas isso não importa) ele pede a bola, vira-se, encontra Pedro livre, tabela com ele, e chuta em direção ao gol. É um chute seco. Poderoso. Indefensável. GOL DO BRASIL!

Ainda surpreso e incrédulo Armani se levanta enquanto o Brasil comemora. A defesa argentina está desorientada. Messi, amedrontado. E é aí que a seleção aproveita o momento.

Com uma garra que só Edmundo teria e uma frieza comparável a Romário, Martinelli inflama a torcida ao mesmo tempo em que encara os argentinos trêmulos. 

Já estamos nos acréscimos, mas lembre-se, Martinelli sente cheiro de gol, decide partidas como se fosse a própria encarnação do gol. E por isso, tão logo recebe a bola, parte pro gol. Ele ganha na corrida entre os zagueiros, dribla o goleiro, e marca um golaço. AOS 48 DO SEGUNDO TEMPO!!!

O Brasil está em festa. Chegamos a mais uma final. Uma "vingança" contra a França, atual campeã do mundo.

No dia da final Martinelli começa no banco novamente. O jogo está apertado. O zero a zero persiste.

Entramos na prorrogação. E mesmo com Martinelli entrando em campo, infelizmente nada de gol.

Vamos para as cobranças de pênaltis. A confiança é total, afinal de contas, Martinelli tem 100% de aproveitamento: marcou 1 gol em 1 cobrança na carreira, contra o poderoso Everton!!!

Está 4x3 para o Brasil. É a última cobrança. Se fizermos o próximo gol o Hexa é nosso. Lloris se prepara. Martinelli olha fixo em seus olhos. Ele corre confiante... se inclina para um lado... e chuta para o outro! É GOL! BRASIL CAMPEÃO! BRASIL HEXA!

Todos entram em campo emocionados para abraçar Martinelli. O cara que nos salvou da eliminação contra a Argentina e que bateu o pênalti decisivo e indefensável contra a França.

Quem poderia imagina que um cara desses seria o salvador da pátria durante a Copa do Mundo saindo do banco?

NINGUÉM.

Pois é, se você achou o texto acima uma piada você está certo. Qualquer bípede com o mínimo de arrumação intracromossomial específica também acha.

Deixar Gabigol (o cara mais decisivo dos últimos 4 anos em todo o continente americano) de fora da Copa para convocar Martinelli só pode ser uma piada de muito mal gosto.

Só nos resta torcer para que a seleção não passe por momentos difíceis e não precise de alguém decisivo saindo do banco, porque se precisar, Martinelli foi pro Catar só pra passear!

Se você tem 2 neurônios funcionais e também concorda que Gabigol está anos luz à frente de Martinelli fortaleça meu Pingback, clica aí e dá aquela moral!