Ideologia Woke (Lacração): A “teoria” dos 5 passos para o caos
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Ideologia Woke (Lacração): A “teoria” dos 5 passos para o caos

Saiba como a agenda progressista avança e porque os "defensores do livre mercado" e também os "conservadores da família brasileira" ajudam BASTANTE essa turma!

Zé do Posto
10 min
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Qualquer idiota útil da esquerda enxerga EXATAMENTE dessa forma os arquétipos de "conservador" (normalmente confundido com neocons e bolsonaristas) e "progressista" (qualquer maconheiro da Vila Madalena que faz piquete em nome das minorias que ele não faz parte). Basicamente apoiam qualquer bizarrice e chamam de "bigodudo" qualquer um que não concordar com eles.
Qualquer idiota útil da esquerda enxerga EXATAMENTE dessa forma os arquétipos de "conservador" (normalmente confundido com neocons e bolsonaristas) e "progressista" (qualquer maconheiro da Vila Madalena que faz piquete em nome das minorias que ele não faz parte). Basicamente apoiam qualquer bizarrice e chamam de "bigodudo" qualquer um que não concordar com eles.

Você acha que a moral progressista é a solução para o grande problema do mundo que é a desigualdade e o preconceito? Ou você acha que esse grupo é um bando de degenerados, vândalos ou idiotas úteis que aplicam a teoria crítica da Escola de Frankfurt para destruírem o ocidente? Será que é tudo assim tão preto e branco? Será que acabar com o "inimigo" resolve o problema?

Há uns dias me deparei com um vídeo do canal secundário do Lilovlog, o Lilotalk, que questiona o excesso de malakois do hebraico na cultura ocidental e de como essa militância woke – que como toda militância, inclusive a de direita – é chata pra caralho com esse proselitismo doente.

Essa publicação mostrava um monte de heróis de HQ em uma versão "coloridinha" e a crítica feita foi a que essa artificialização do proselitismo lacrador produz um efeito reverso ao do que a narrativa propõe: porque ao invés de sensibilizar para a causa deles cria um sentimento de repulsa e antipatia nos fãs, até porque a fanbase de HQ não é majoritariamente de malakois.

Se a gente analisar por uma perspectiva de um analista de produtos, vai parecer estapafúrdia a estratégia de bombardear o público fiel com lacração, já que esse público será bastante crítico e reativo, mas poucos são os que deixam de consumir esse conteúdo e sequer consideram um boicote1.

A intenção da empresa é expandir a marca e atingir a nova geração, já que jovem é naturalmente revolucionário e as principais modinhas revolucionárias do século XXI são a Ideologia Woke (a.k.a. lacração) e o Anarcocapitalismo.

Como anarcocapitalismo AINDA não interessa para quem tem muito poder2, a bola da vez é tentar fazer da lacração a ideologia oficial do Establishment (onde, talvez, o libertarianismo fosse sua contracultura socialmente aceita).

Não adianta, ninguém ainda dá pelota para vocês fora da bolha... Não adianta mugir!
Não adianta, ninguém ainda dá pelota para vocês fora da bolha... Não adianta mugir!

Durante todo esse processo é possível perceber um modus operandi das Think Tanks que mostrarei num gráfico ao final da lista:

1. Fase da Legitimação: é identificada uma distorção social verdadeira, como o racismo, o sexismo ou a homofobia. Nesta fase a propaganda têm as funções de neutralizar os episódios de violência motivados por intolerância e alistar adesistas para a causa (para usar um termo bem bigodista aqui).

2. Fase de Sedimentação: quando a Janela de Overton já estacionou na posição de objetivada na “Fase de Legitimação”, partem para um movimento de naturalizar a inclusão desses grupos em espaços onde eles não ocupavam. Nesta fase começam a surgir algumas dissonâncias cognitivas advindas de uma ação artificial de engenharia social que vai de encontro com dogmas e valores culturais já arraigados na cabeça das pessoas. Essa fase foi desenvolvida durante a década de 90 e início dos anos 2000, quando os Millenials estavam entrando na adolescência ou início da idade adulta, portanto com o objetivo de modificar o paradigma de uma nova geração que teria, pelo menos nos próximos 30 anos, a prevalência do poder econômico. Um dos marcos dessa fase é a inserção de ações afirmativas, como a política de cotas em universidades

3. Fase de Enaltecimento: quando a adesão às pautas identitárias passam a ser mais que uma sinalização de virtude e esses grupos começam a ser pedestalizados. Hoje, em 2021, esta é a fase em que nos encontramos, onde as ações afirmativas passam a pleitear privilégios ao invés de apenas a sedimentação e a inserção e a dissonância cognitiva passa a ser muito mais forte e violenta, especialmente em um mundo onde há uma descentralização da informação, causando um radicalismo natural em ambos os polos. Aqui é possível enxergar que o grupo identitário que está próximo de se estabelecer nesta fase são as mulheres, seguido pelos negros (e outras minorias étnicas) e por último os malakois. Novamente se percebe um acirramento da militância num momento onde a geração Z está se tornando adulta, portanto se valendo da tática bigodista de alistar adesistas por meio de uma propaganda fortíssima. A lei de violência psicológica contra mulheres e o ato de “pedir desculpas por ser homem” são os melhores exemplos dos produtos dessa fase.

4. Fase de Supremacia: após a consolidação do enaltecimento, é aplicada a interseccionalidade4 de maneira supremacista, onde o “oprimido torna-se opressor” e se instala um Reich Colorido. Todas as relações interpessoais serão regidas pela cartilha da lacração: se você não se curva a uma mulher, você é machista. Se você não mantém um relacionamento (amoroso ou de amizade) com pessoas negras você é racista. Se você não mantiver relações sexuais com pessoas do mesmo sexo você é homofóbico. É bom lembrar que todos esses adjetivos que hoje são “xingamentos” de uma militância histérica estarão criminalizados brutalmente, tanto pela lei penal quanto pelo ostracismo social. Sua vida será destruída de forma cruel e você não terá direito a reclamar, afinal, é reparação histórica. Um exemplo disso será você levar cantada da Mulher Banana na balada e dar o toco nela, isso será crime e poderá acabar com sua vida.

5. Fase Reativa: a fase mais perigosa de todas, pois, em uma dialética materialista, todo movimento proativo radical gera um movimento reativo igualmente radical, portanto os inimigos invisíveis da Lacrosfera (os bigodistas, os homofóbicos e os misóginos) irão surgir  em razão do ressentimento que será plantado em seus corações, e dessa vez serão DE VERDADE. Obviamente que, por fazerem parte de grupos underground, haverá uma repressão fortíssima do Establishment que cravará o surgimento desses grupos como uma prova de que eles sempre estiveram certos a respeito da tal “extrema-direita” que surgiu no mundo a partir da eleição de Donald Trump e essa será a narrativa para distrair a população.

Esquema de avanço geral nas etapas da agenda progressista.
Esquema de avanço geral nas etapas da agenda progressista.

O padrão que identifiquei foi o de querer avançar os passos conforme a geração seguinte adentra à juventude, onde começa a ser questionadora e tem o sonho romântico de “mudar o mundo que ninguém antes dele tentou”, sendo, portanto, presas fáceis para vários tipos de lavagem cerebral e seitas das mais diversas vertentes.

Não se pode, porém, colocar toda a agenda identitária em um bloco uníssono – até porque, em dado momento, eu creio que haverá uma cizânia nesse grupo que provocará uma briga entre eles mesmos – e isso fica evidenciado quando vemos a diferença no avanço comparado entre os três principais grupos que estão sob o guarda-chuva da Esquerda Identitária: o feminismo, o supremacismo negro e o movimento malakoi.

Posição de progresso de cada grupo, notem que o Feminismo está quase chegando na fronteira entre o enaltecimento e a supremacia, enquanto que o Movimento Negro caminha para o enaltecimento e o Movimento Malakoi tenta se sedimentar. 
Posição de progresso de cada grupo, notem que o Feminismo está quase chegando na fronteira entre o enaltecimento e a supremacia, enquanto que o Movimento Negro caminha para o enaltecimento e o Movimento Malakoi tenta se sedimentar. 

Aqui é claro notar que há uma disparidade entre as “minorias sociais”, enquanto as pautas feministas estão em um avançado estágio no quadrante do enaltecimento (caminhando para a supremacia), os malakois estão concluindo sua sedimentação e o movimento negro se prepara para seguir à fase de enaltecimento.

O lado "bom" disso é que dá para imaginar a evolução do proselitismo dos demais grupos à medida que avançam. Poderemos ter, em poucos anos, uma lei nos moldes da 14.188/2021 para Negros e, ainda mais adiante, para Malakois do Hebraico.

Em uma análise superficial de demografia, podemos tentar criar um nexo causal entre o volume populacional de cada grupo e a facilidade de avanço nas pautas, logo, se existem mais mulheres do que negros, pautas feministas caminharão mais rápido; se existem mais negros do que malakois, pautas negras caminharão mais rápido. Some-se a isso o tempo que os militantes têm atuado, o movimento feminista – iniciado com as sufragistas – é bem mais antigo que o movimento negro que, por sua vez, é bem mais antigo que o movimento malakoi.

O motivo disso é puramente mercadológico. Enxergue cada ação afirmativa (desde a criação de uma série lacradora da Netflix até a minuta de uma lei) como um “produto”, e a criação de um produto parte da existência de uma demanda, de um público disposto a consumir, logo, quanto maior o público maior o mercado e maior será a oferta dele.

Não adianta inventar "boicote" porque, além de não funcionar, são riscos calculados da Netflix! <b>EMPRESAS NUNCA PERDEM</b>, aprenda isso! Há um bom tempo que a Netflix age como Think Tank e lucra com isso, porque constrói o<i> mindset</i> do seu público.
Não adianta inventar "boicote" porque, além de não funcionar, são riscos calculados da Netflix! EMPRESAS NUNCA PERDEM, aprenda isso! Há um bom tempo que a Netflix age como Think Tank e lucra com isso, porque constrói o mindset do seu público.

Por isso que quanto mais específica é a querela, mais difícil será a de emplacar um produto e daí a explicação da disparidade entre cada agenda.

Eu já passei da fase de acreditar que o desenrolar dessa agenda lacradora era um plano comunista de uma 5ª Internacional para dominar o mundo, prefiro colocar isso na conta dos serviços secretos internacionais, que fazem uso de contrainformação para manter as massas alienadas em lutas de classes inúteis e não oferecer ameaça a planos imperialistas (valendo para todas a grandes potências) e os urubus que tentam tirar proveito disso, e aqui temos:

  • Grandes Empresas (Corporações Metacapitalistas): que enxergam um mercado lucrativo em uma sociedade de pessoas atomizadas, hedonistas, individualistas e com muito dinheiro para gastar consigo mesmas. Pessoas que vivem no mundano (materialismo) são suscetíveis a terem vícios, tais como sexo, drogas, álcool, jogos, pornografia, portanto fáceis de escravizar por meio do consumo e da propaganda.
  • Movimentos revolucionários: que tentarão insurgências se valendo de ocasiões e do sentimento de rancor que se acumula em ambos os polos da sociedade. Não vejo força em grupos extremistas para conseguirem implantar uma ditadura clássica, com tomada de poder com luta armada e regime francamente autoritário, mas será uma ameaça que sempre irá pairar.
  • Establishment Fisiológico: Vai se valer da constante ameaça revolucionária (seja direita ou de esquerda) para se manter como parasita do Estado até que os interesses de seus membros entrem em choque com um grupo politicamente mais forte. Muitos desse grupo têm ligações com Grandes Empresas, o que pode retardar uma ruptura ou favorecer a posição de “carniceiro”, colhendo os espólios e despojos de uma guerra que não lutaram diretamente.
Boicote <b>NÃO ADIANTA PORRA NENHUMA</b> contra multinacional e quando a propaganda já modificou o senso comum! Eu gosto da razoabilidade dos Libertários, mas eles creem na Ação Humana Individual de forma tão dogmática que produzem esse tipo de pérola só para não darem o braço a torcer que "Livre Mercado" não existe (ou pelo menos não coexiste com metacapitalismo e globalização).
Boicote NÃO ADIANTA PORRA NENHUMA contra multinacional e quando a propaganda já modificou o senso comum! Eu gosto da razoabilidade dos Libertários, mas eles creem na Ação Humana Individual de forma tão dogmática que produzem esse tipo de pérola só para não darem o braço a torcer que "Livre Mercado" não existe (ou pelo menos não coexiste com metacapitalismo e globalização).

Logo, se você é de esquerda e está na matrix de achar que “acordou para a injustiça social5” pedindo desculpas por ser homem e amadurecendo a ideia de sair com um traveco para “quebrar padrões” e mostrar que você é “pra frentex”, repense isso, porque você está sendo feito de idiota justamente por um bando de gente que, teoricamente, você deveria odiar.

E, se você é de direita, está provavelmente fazendo o contraponto desejado – vestindo a carapuça de inimigo6 - e lambendo o chão de quem está por trás disso tudo.

Atacar alvos fáceis com o Jorjão, o Tio Zuca ou o Bill Portões é mais um nível de distração que pessoas realmente ocultas desejam.

As ideologias te deixam idiota o suficiente para tentar “salvar o mundo” a partir do arcabouço delas mesmas. Livre-se de todas e também do materialismo e verá o lixo em que as pessoas transformaram o mundo!

Notas:

1 Aliás, essa questão de boicote é um assunto bem complicado que pretendo abordar em outra ocasião, mas, basicamente, para um boicote surtir efeito o motivo dele deve ser muito mais forte do que o motivo que te fidelizou à marca, do contrário não funciona e, vou além, os departamentos de marketing calculam o risco de boicote quando lançam mão desses artifícios, empresa grande não é boba, por isso que é rica!

2 Ancaps do mundo, podem ficar sossegados que o Ancapistão vai chegar sim, mas não vai ser nem um pouquinho próximo do conto de fadas que te vendem! Aliás, vocês deveriam de fugir de uma boa parte dos arautos do Anarcocapitalismo que estão ganhando mundo$ e fundo$ na internet com suas views! Acho que só se salvam o Paulo Kogos, o Semnome e o Peter Turguniev.

3 Por que você acha que as cotas foram inseridas, primeiro, nas universidades? Porque a universidade tem um público majoritariamente jovem, portanto a política de cotas é mais palatável! Em seguida partiu para o serviço público e, agora que já está consolidado, grandes empresas estão aderindo também.

4 Este é o nome do sistema de castas da Esquerda Progressista, o qual já expliquei anteriormente.

5 Ideologia Woke provém justamente isso: “acordar” para a injustiça, uma tremenda mentira, já que movimentos neomarxistas usam desse sofisma, pelo menos, desde 1968.

6  Se comportar exatamente como o arquétipo do "fascista" que eles vendem, alimentando exatamente o discurso nojento da lacração. Um militante de direita militando errado é uma "militada certa" para toda a degeneração moral que usa a esquerda como sua ponta de lança.