RECHEIO - Hora de vender
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RECHEIO - Hora de vender

No marketing, é fundamental que toda estratégia de conteúdo esteja ligada a gerar valor para a marca. Seja no sentido intangível ou no prático, mesmo, do tipo que enche o caixa no fim do mês.

Alberto Cataldi
9 min
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#️⃣ Edição 46
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Aposto que você já ouviu milhares de vezes na empresa: como é que o conteúdo vai ajudar nas vendas?

Não é de hoje que eu falo que ter uma área de conteúdo na empresa é o mesmo que criar uma spin-off – uma nova empresa dentro da sua empresa, mas que tem objetivo de fabricar conteúdos e meta de criar audiência. Essa parte nunca pode ser esquecida.

Porém, é fundamental que toda estratégia de conteúdo esteja ligada a gerar valor para a marca. Seja no sentido intangível ou no prático, mesmo, do tipo que enche o caixa no fim do mês.

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Então vamos alinhar aqui os pontos mais importantes que você deve considerar para desenhar essa estratégia. E eles estão em ordem de execução:

1. Alinhamento com CEO

Nada acontece antes de saber qual é o posicionamento da marca, os objetivos da empresa no curto, médio e longo prazo e, também, quais as dores atuais no processo de geração de leads e conversão de vendas. 

As respostas para essas perguntas nem precisam envolver criação de conteúdo. Talvez nem o marketing. Mas é uma etapa essencial para saber onde o conteúdo pode ser aplicado de forma mais efetiva imediatamente, ao mesmo tempo que abre espaço para que outras propostas sejam desenvolvidas ao longo do tempo. Mire no realista e faça um plano.

2. Conversa com a área de vendas

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Aqui, o papo fica mais sério. A área de vendas precisa abrir o coração para você e dizer o que está e, principalmente, não está funcionando na estratégia de marketing e conteúdo. Ouça as críticas abertamente.

Entre o que a direção de empresa demanda e a área de vendas vive, há sempre um abismo. Parte do papel do conteúdo é criar uma ponte entre os dois. Tangibilizar as expectativas do alto comando, mas focando nas soluções que a área de vendas já sabe que podem ser efetivas. 

Muitas ideias boas e simples costumam surgir daí. Recomendo realmente dedicar umas 2 semanas por semestre para aprofundar nessa fase e sair com muitas pautas, formatos e uma proposta de calendário imediato. Para lançamentos futuros, você ganha tempo para criar coisas mais elaboradas que dependam, por exemplo, de SEO e produção de vídeo.

2. Desenho do funil

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Agora é hora de pegar as expectativas todas e colocar no funil. Para não ter erro, siga a regra clássica 1-1-1: para cada dor ou produto, pense em 1 conteúdo de topo de funil, 1 de meio e 1 de final.

Isso é até meio óbvio, mas o segredo aqui é quebrar também em etapas de urgência: para as dores mais imediatas de vendas, por exemplo, siga a mesma fórmula, mas coloque mais peso em social e com frequência maior. Em alguns casos, vale fazer um carrossel de Instagram que seja de topo de funil, mas já entregue uma proposta de conversão de venda no último card. Ou uma enquete que tenha resposta ligada a um produto.

A ideia aqui é agregar valor e deixar claro que o conteúdo não serve apenas para awareness, mas pode também entregar venda se estiver bem integrado às campanhas atuais.

4. Meça os resultados

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Não existe conteúdo bom sem métricas. E para saber se esses passos todos estão ajudando mesmo a vender, você precisa ficar de olho nesses dados:

  • Leads gerados
  • Cliques em links de vendas (use UTM!)
  • Referals para páginas de produtos
  • Usuários recorrentes (eles têm mais potencial de conversão!)

Eu gosto sempre de pedir para a área de vendas acrescentar um formulário rápido no final da venda perguntando "Como você ficou sabendo sobre nossos produtos" e colocar canais de social, blogs e outros por lá. 

Parametrize tudo e garanta que todo conteúdo tenha pelo menos 1 link que leve para uma página de apresentação de produtos. Se tiver segurança que o storytelling da sua marca está alinhadíssimo, pode até arriscar links direto para um marketplace ou checkout (mas não recomendo! Isso pode deixar o visitante desconfiado...)

E a dica mais importante fica para o final:

Conteúdo não vende. Conteúdo qualifica a venda.

Você pode ajudar nas dores da receita hoje, mas o efeito real da estratégia virá em pelo menos 6 meses. Não desanime, mantenha o foco no alinhamento e insista na qualificação. Eu sei, a batalha diária não é fácil, mas você vai saber quando der certo. E a empresa também.

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TESTE RÁPIDO

Qual dos itens abaixo não é um fator de relevância pra ranqueamento no Instagram?

A. Interesse

B. Relacionamento

C. Relevância

D. Volume

Resposta no final da news!

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RECHEADA DE INFORMAÇÃO

Um gráfico pra você pensar…

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TÁ QUENTINHO

As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.

O botão mágico do TikTok

BOMBA! A Forbes revelou aquilo que todo mundo meio que já sabia: existe uma prática dentro do TikTok para "aquecer" alguns posts, ou seja, manualmente aumentar o alcance deles até chegar a "um certo número de views". A reportagem contou com depoimentos de 6 ex-funcionários e documentos que confirmam que algo entre 1 e 2% dos vídeos passam por essa prática. Pode parecer pouco, mas leve em conta que o volume diário de views na plataforma é na casa de 1 bilhão. Segundo a matéria, a tática é usada para atrair creators de outras redes. Como isso vai afetar a credibilidade da empresa (especialmente para os anunciantes), é cedo pra saber. Mas um fato que não muda é que você ainda precisa investir lá na sua estratégia de conteúdo, com ou sem botão de aquecimento rápido para te ajudar.

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O scroll infinito do Google

Desde dezembro, o Google está testando um scroll infinito nos resultados. Basicamente, ao invés de navegar através de números ao final da página, o usuário pode seguir rolando enquanto novos resultados aparecem. Mas qual o impacto disso nas visitas para os sites? Bom, segundo a Search Engine Land, é positivo. Primeiro, porque abandona uma visão ultrapassada de uma internet feita de "páginas", segundo, porque a possibilidade de scrolar mais tira o efeito "segunda página", em que o usuário perde o interesse de seguir clicando. E ainda há uma previsão interessante: com tanto investimento em variedade de formatos na SERP, o TOP 3 pode até perder relevância nos cliques, já que as pessoas podem querer descer mais a página para conferir as opções de vídeos, fotos ou FAQ que aparecem. Promissor, não?

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Os números do LinkedIn

Eu já falei aqui na news que o LinkedIn é um canal importante para estratégias de conteúdo em 2023. Sabe quem mais está insistindo nisso? O próprio LinkedIn. Em um post da estrategista de conteúdo da rede social, fiquei sabendo que a empresa realmente definiu uma meta interna para voltar a crescer pós-pandemia. E um dos focos está nas empresas B2B. Entre os números revelados, está a quantidade atual de newsletter publicadas (mais de 36 mil), o engajamento com páginas de marcas (40% de pessoas por semana) e o crescimento de lives (176% na comparação 2022/2021). De fato, a plataforma está crescendo silenciosamente e trazendo retorno. Fique de olho!

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O fim dos cookies

É daquelas coisas que estão sendo anunciadas há mais de um ano, mas tem gente que ainda não prestou atenção. Por favor, não seja uma dessas pessoas. Os cookies vão acabar e isso terá um impacto enorme nas estratégias de anúncios e de conteúdo na internet. Vai ser praticamente impossível rastrear o comportamento das pessoas fora do seu site e, mesmo assim, o desempenho das suas páginas vai ficar mais complicado de medir. Pensando nisso, a AdExchanger listou os 5 pontos que você precisa se preocupar antes de 2024, quando o Google vai tirar de vez os cookies do ar. Eles são:

  • Desenvolva versões atualizadas de suas ferramentas de performance.
  • Envolva os usuários, conte sobre as mudanças de tecnologia.
  • Não use APIs que estejam contrariando as mudanças.
  • Explore propostas promissoras de soluções pós-cookies.
  • Invista já em anúncios com tecnologia pós-cookies.
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É CASE QUE VOCÊ QUER, @?

Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.

Quando uma marca realmente representa uma missão, ela precisa provar isso. E o conteúdo tem papel fundamental nessa hora. Quer um case? Patagonia. Uma marca de artigos para acampar, praticar esportes, viajar, enfim, para se aventurar lá fora. E sabe o que define o "lá fora" para a empresa? A natureza. Logo, faz todo o sentido que eles apoiem ONGs e grupos organizados que querem o melhor para o planeta. E eles provam isso com uma seção do site dedicada a encontrar esses grupos, além de locais de protestos para participar. É isso mesmo, uma empresa que incentiva que seus clientes participem de protestos. Dá para filtrar as causas por categorias como: clima, biodiversidade, comunidade, terra e água. Quem lacra não lucra? Sei lá, a Patagonia fez US$ 1,5 bilhão de receita em 2022, eu deixo para você julgar.

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BOCADITOS

Links rápidos para leituras demoradas.

Um belo guia para usar todo o potencial do ChatGPT.

Qual a frequência ideal para postar no Instagram?

As tendências de imagens para 2023, segundo o DepositPhotos.

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Resultado do teste rápido

Opção D. Volume. A quantidade de posts na rede social não influencia o algoritmo. Mas a frequência de posts, sim! Confira mais a respeito aqui. Lembrando que eu fiz uma edição da RECHEIO dedicada ao tal do algoritmo do Insta.

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Obrigado pela leitura!

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Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).

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