RECHEIO - Pagar pra ver
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RECHEIO - Pagar pra ver

Será que agora o jeito é pagar pra ter rede social?

Alberto Cataldi
8 min
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#️⃣ Edição 51
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Será que agora o jeito é pagar pra ter rede social?

Vamos analisar essas movimentações de redes dos últimos dias...

O TikTok lançou uma nova função para seus creators. TikTok Series é uma função que permite que perfis postem vídeos em uma coleção que os usuários só têm acesso se pagarem. Cada coleção permite cadastrar até 80 vídeos de 20 minutos cada.

Por enquanto, a empresa afirma que os creators vão poder ficar com 100% dos lucros da venda.

O anúncio não surpreende quem acompanha redes sociais. Eu mesmo fiz uma edição da RECHEIO anunciando a morte do social... (E sigo defendendo). A coisa não está fácil para os apps de social.

Talvez o maior sinal recente tenha sido a notícia de que o Instagram ia fazer como o Twitter e também lançar uma versão paga, com direito a acesso a um selo de verificado, muita gente por ai saiu dizendo: chegou o fim da era das redes sociais gratuitas.

Será mesmo?

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Com base em tudo o que temos visto recentemente, tá bem óbvio que esse movimento de monetização através de assinatura (que aliás, não tá dando certo para a rede social do Elon Musk) é uma medida desesperada de empresas que não estão conseguindo fazer receita através de publicidade.

Como você já sabe, o fim do compartilhamento de dados da Apple e do Google com os aplicativos de redes sociais dificultou bastante o trabalho de entregar anúncios direcionados. Então, as marcas pararam de anunciar (ou melhor, reduziram muito o budget).

Ainda assim, isso não aponta para uma realidade onde todas as redes sociais se tornem pagas. Primeiro, porque, como eu já disse, as redes sociais vão acabar (desculpe, social media). Segundo, porque o modelo de assinatura só se torna viável para empresas que se posicionam como plataforma de entretenimento, como Netflix, Spotify e YouTube.

Mas é complicado

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Diferente de uma Disney+, que pode cobrar assinatura porque investe na criação de séries e filmes, as redes sociais querem lucrar com conteúdos que elas não produzem.

Então elas dependem de dividir sua receita com os creators, senão eles vão embora. E se elas não fazem direito, acabam rolando situações como essa publicada pelo Sach King, um dos maiores youtubers do mundo, revelando quanto ele lucrou fazendo Shorts em 1 mês.

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Pois é, ele faturou US$ 2.918 (coisa de R$ 15 mil) por ter atingido 196 MILHÕES de views.

Segundo Sach, a cifra é o dobro do que o TikTok paga e "infinitamente" melhor do que no Instagram. Ainda assim, praticamente nada, considerando que ele ganhou basicamente 0,00007 Reais por view.

Então a realidade agora é: as redes sociais estão desesperadas. As plataformas? Também. Elas precisam de dinheiro rápido para investir em sua própria sobrevivência. Mas elas também precisam investir nos creators para não ficar sem os conteúdos que geram sua audiência. Mas como fazer isso, se eles estão sem dinheiro?

As assinaturas chegam para cobrir esse buraco. Mas tem todo o jeito de solução temporária.

O que deve acontecer pelos próximos meses é uma disputa de "agrados" para quem assinar. Começa com selo verificado, depois algumas funções exclusivas, acesso antecipado e, tenho certeza, algum tipo de entrega preferencial com mais alcance para seus posts.

Mas isso vai ter que ser feito com muito cuidado. Afinal, embora a gente já saiba que o alcance dessas plataformas seja artificial (leia "O botão mágico do TikTok"), qualquer comunicação mais oficial a respeito disso pode causar uma fuga em massa de usuários acreditando que nunca vão ter chance de ganharem 1 like.

E por isso eu dou a dica que sempre uso para qualquer marca que fica na dúvida do que fazer nessa hora: pague o serviço e surfe na incerteza. Você vai ter alcance e, se tiver uma estratégia bem montada e que consiga tirar proveito disso rápido, vai se sair bem.

Só não espere que vá durar muito. Afinal, tá tudo mudando o tempo todo.

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TESTE RÁPIDO

Quando será o último dia de funcionamento do Google Analytics Universal, a versão atual da ferramenta de análise de audiência?

A. 1 de julho de 2023

B. 1 de setembro de 2023

C. 1 de novembro de 2023

D. 1 de janeiro de 2024

Resposta no final da news!

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RECHEADA DE INFORMAÇÃO

Um gráfico pra você pensar…

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TÁ QUENTINHO

As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo.

Vídeo que rende

Uma pesquisa realizada pela produtora de vídeos de animação Wyzowl revelou quais plataformas são consideradas as mais efetivas pelos times de marketing na hora de trabalhar estratégias de vídeo. Embora o primeiro lugar pareça bem óbvio, o segundo colocado surpreendeu. Além disso, o TikTok, mesmo sendo uma máquina de atenção, ainda não tem sido reconhecido como efetivo pelas empresas. Talvez, em grande parte, pela dificuldade de se fazer algo "produzido" para lá como marca. O ranking:

  1. YouTube - 78%
  2. LinkedIn - 69%
  3. Instagram - 67%
  4. Facebook - 59%
  5. Webinar - 49%
  6. Vídeos interativos - 27%
  7. TikTok - 27%
  8. Twitter - 24%
  9. Vídeos 360º - 10%
  10. Vídeos 3D - 10%

Reels News

Não sei se você sabe, mas o Facebook também tem formato Reels. Pois é, quase ninguém sabe. As marcas não usam tanto quanto no vizinho Instagram, e por isso mesmo a plataforma está fazendo algumas melhorias por lá. O tempo limite para os vídeos subiu para 90 segundos, eles podem ser criados a partir de novos templates, há uma nova sincronização das imagens com música (Grooves) e, além disso, ficou mais fácil criar um Reels a partir de uma memória (aqueles seus posts que o FB resgata periodicamente). As novidades já estão todas disponíveis.

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YouTube tem prioridades

O YouTube passou por mudanças de direção. Saiu a CEO Susan Wojcicki, que ocupou o cargo por 9 anos, entrou Neal Mohan, que já chegou publicando uma carta de "Prioridades para 2023" na empresa. Resumindo tudo em uma palavra só: creators. A plataforma quer deixar claro que ela não é nada sem as criações de seus cadastrados e quer fortalecer isso. Gerar receita, criar comunidades, ouvir mais feedbacks... Diversas maneiras para agradar quem faz conteúdos por lá (e evitar que eles corram para o TikTok). Mas vale destacar outro ponto interessante da carta: Neal reforça que o YouTube vai cada vez mais ganhar espaço na TV.

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LinkedIn segmenta

Já tem um tempo que eu sou só elogios pro LinkedIn, a rede social que cresce com consistência e clareza. Mas eu nunca perco uma chance de falar que seu dashboard profissional é bem ruim... Mas agora parece que tá melhor? A plataforma conta com novas segmentações para seus reports de campanha. Eles funcionam especialmente bem para quem quer atingir funcionários de empresas que engajaram com seu conteúdo. É possível criar visões de diferentes etapas, como awareness, consideração e conversão, além de conteúdos para vários graus de engajamento. As novas visões estão disponíveis para marcas que usam o LinkedIn Ads.

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Google traduz imagens

Uma atualização do Google Translate permite que os usuários façam tradução de textos em imagens. A função já existia no app Google Lens, onde apontar a câmera para um texto em inglês mostra uma versão em português, por exemplo. Embora essa nova versão web não funcione tão bem, oferece muita facilidade para conseguir traduções rápidas de qualquer print ou foto que você tenha no computador.

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CHORRINDO

Publicada pelo @dudewithsign

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-- "Me deixe pesquisar quem viu os meus Stories"

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É CASE QUE VOCÊ QUER, @?

Então se inspire aqui nesse exemplão de conteúdo.

Uma das principais curiosidades sobre os atletas de alto desempenho do mundo é: quanto eles ganham? Uma curiosidade ainda maior: como eles gastam? A GQ, revista masculina de comportamento, decidiu responder isso em uma série chamada "My First Million", literalmente "Meu Primeiro Milhão", onde esportistas famosos contam de onde vieram, como conquistaram o sucesso, como chegaram ao primeiro milhão de Dólares, como gastaram e como investiram. Discretamente por trás dessa ação está o Goldman Sachs, um dos maiores grupos financeiros do mundo - e sempre muito interessado em atrair os investimentos de outros milionários. Não acredita em ação de conteúdo de marca para quem é muito rico? Aqui um exemplão.

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BOCADITOS

Links rápidos para leituras demoradas.

Como (e porque) automatizar suas DMs.

5 dicas para virar Content Creator.

Como melhorar o SEO do seu Instagram (sim, dá pra fazer!)

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Resultado do teste rápido

Opção A. 1 de julho de 2023. Isso mesmo! Faltam menos de 3 meses, e já a partir deste mês de março algumas funções vão deixar de funcionar direito... Se você ainda está adiando a migração, hora de correr atrás. Falei mais sobre o GA4 nesta edição da RECHEIO.

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Por Alberto Cataldi, head estrategista de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).

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