Conteúdo cocriado com Lucas Cavioli, Líder do Squad de Diversidade e Inclusão na LESC.
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Conteúdo cocriado com Lucas Cavioli, Líder do Squad de Diversidade e Inclusão na LESC. | ||
Quando estamos nos referindo a ecossistemas de inovação, o termo “colaboração” vem à tona. E para nós da Newsletter Sanca Hub, a colaboração surgiu por meio do formato de cocriar informações e conteúdos sob uma nova perspectiva. | ||
No entanto, sabemos que só é possível assumir novas perspectivas quando nos permitimos mudar a lente pela qual enxergamos o mundo ao nosso redor! | ||
Por meio da interação de agentes diversos é possível impulsionar a cultura, tecnologia, investimentos, pesquisa e novas iniciativas. Além disso, torna-se possível, criar uma base para relações sinérgicas com trocas de experiências entre pessoas. | ||
A fim de compreender os aspectos da sociedade que possuem papéis fundamentais na nossa formação como indivíduos, decidimos olhar para a Diversidade como um ponto de partida para o sucesso de um ecossistema repleto de interações complexas. | ||
Ao desejarmos ecossistemas mais diversos e inclusivos, precisamos compreender que a diversidade é um universo inesgotável de possibilidade e, que a todo momento é preciso olhar para ela como parte de uma pluralidade que tem por objetivo respeitar, incluir e assegurar direitos que diminuam os abismos sociais existentes. | ||
Por isso, a pluralidade de gênero e orientação sexual vem sendo vista como peça substancial para a “simbiose” entre pares distintos de um ecossistema. | ||
A diversidade e a inclusão da comunidade LGBTQIAPN+, reúnem muito mais que um grande conjunto de letras e, felizmente, está crescendo cada vez mais no Brasil. | ||
É inegável a responsabilidade que as corporações possuem ao perpetuar opressões e violências por negligência de direitos fundamentais a grupos minoritários, por isso, olhando para o cenário de dados, em um levantamento realizado pela ABSTARTUP em 2021, 96,8% dos respondentes disseram que sua startup apoia a diversidade. | ||
Porém, essa tendência tão relevante para o crescimento profissional, pessoal e enriquecimento dos diversos ecossistemas, não vem sendo vista. | ||
Por exemplo, 92,1% dos fundadores dessas startups são heterossexuais e 73,1% são homens cisgenero. Quando falamos em transsexuais, a realidade é ainda mais crítica, com 92% das startups não tendo nenhuma pessoa trans/travesti. | ||
Ainda estamos distantes de atingir um cenário equânime. | ||
Mas deixar de lado ou não demonstrar importância às diferenças faz com que você e as demais pessoas ao seu redor - ou de sua organização - não vivam a realidade do mundo, ficando presos assim, a uma terrível bolha sem trocas ricas, que impedem a produção de inovação e crescimento. | ||
Por isso, em comemoração ao mês da Diversidade, decidimos trazer um papo reto sobre o que vem rolando de legal no nosso ecossistema! | ||
Bora conferir? 😉 | ||
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Bate-papo sincerão sobre nosso ecossistema. | ||
Como a Raccoon vem promovendo ações internas de conscientização e inclusão atreladas à diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero? | ||
Jéssica Fernades , Analista de Diversidade, Equidade e Inclusão na Raccoon / Nathália Chaves, Product Owner das Chusmas e Analista de Cultura na Raccoon. | ||
As movimentações em relação à diversidade na Raccoon tiveram início em 2016 com o surgimento das Chusmas. Durante o nosso terceiro ano de operações, percebemos que parte majoritária da nossa formação não representava a diversidade expressa em nossa sociedade, por isso, sentimos a necessidade de olhar para a diversidade não só como representatividade. | ||
Para quem não sabe, basicamente, as Chusmas são grupos focais e internos que trabalham em campos com temáticas distintas, como é o caso da Chusma Diversidade e Chusma Cultura, por exemplo. | ||
As movimentações em relação à diversidade na Raccoon tiveram início em 2016 com o surgimento das Chusmas. Durante o nosso terceiro ano de operações, percebemos que parte majoritária da nossa formação não representava a diversidade expressa em nossa sociedade, por isso, sentimos a necessidade de olhar para a diversidade não só como representatividade. | ||
Para quem não sabe, basicamente, as Chusmas são grupos focais e internos que trabalham em campos com temáticas distintas, como é o caso da Chusma Diversidade e Chusma Cultura, por exemplo. | ||
Como pioneira, em 2016, surgiu a Chusma Diversidade, um grupo cujo objetivo era abarcar todas as diversidades presentes na Raccoon e, pensar em como tornar o nosso ambiente de trabalho cada vez mais diverso, não apenas por meio de novas contratações, mas também, por meio de ações internas que garantam espaços de troca e aprendizagem, a fim de gerar espaços de respeito às singularidades e inclusão. | ||
Contudo, após o surgimento do primeiro grupo de diversidade, entendemos que se fazia necessário pensar temáticas mais específicas, olhando assim, para a diversidade em sua pluralidade. Então, no mesmo ano, outro grupo surgiu, a Chusma Mulheres. Ao decorrer do tempo nossos grupos de diversidade foram crescendo e cada vez mais novas Chusmas foram surgindo, por exemplo, em 2020, a AfroChusma foi criada, como um grupo de afinidade exclusivo para pessoas negras na Raccoon. | ||
Após o surgimento das primeiras Chusmas, fomos percebendo que a diversidade abrange um universo inesgotável de possibilidades, e que não podem, em hipótese alguma, serem ignoradas dentro das instituições. Ao compreendermos este ponto, percebemos novamente que os espaços de representatividade e inclusão começaram a ficar pequenos. | ||
Com isso, em 2021, durante o mês de Junho, considerado o mês da Diversidade e, o mês do Orgulho LGBTQIA +, a Chusma Diversidade realizou o primeiro “Diversificando”, um evento em que trouxemos diferentes influenciadores digitais para falar sobre diversidade. Dentre os influenciadores, estavam Lucas Scarpelli, do @transdiario, e Samuel Gomes, do @samuelgomes, que abordaram em especial temáticas sobre a diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero. | ||
A ideia desse evento era oferecer um primeiro contato representativo para os nossos raccooners com um público externo que já possui papel ativo em nossa sociedade dentro de ações voltadas para a diversidade. E assim, fortalecer no âmbito interno as Chusmas. | ||
Atualmente, como temática alvo, nestes meses de Junho e Julho, este ano, passamos a olhar um pouco mais para a responsabilidade das empresas na construção de um ambiente diverso e inclusivo. Tendo como nossa pergunta norteadora: “diversidade além do marketing: o que fazemos é suficiente?", justamente porque entendemos que as empresas fazem parte de um ecossistema social e exercem influência direta nele. | ||
Já em nossa segunda edição do “Diversificando”, trouxemos pessoas responsáveis por diversidade em algumas empresas para contarem suas histórias e compartilharem experiências sobre as ações que elas vem desenvolvendo com olhar para a diversidade, e como o produto das empresas se relacionam com o propósito interno e gera impacto na sociedade. | ||
Para além do “Diversificando”, outras ações internas vem sendo realizadas. | ||
Trouxemos também este ano, uma roda de conversa composta totalmente por pessoas transgênero, muito competentes em diversos assuntos, dentre elas, estava a vereadora mais votada do estado de São Paulo, Erika Hilton, que trouxe a temática de como a liderança influencia na vida pessoal e profissional de todas as pessoas e a importância de ser uma liderança inclusiva. | ||
Extrapolando os eventos e ações pontuais, enquanto empresa, temos ainda, um acompanhamento de “bandeiras vermelhas” trazidas por diferentes esferas, mas principalmente pelas pessoas Business Partners, para que consigamos ter ciência das principais temáticas que precisamos abarcar para essa conscientização e processo contínuo de olharmos para a diversidade. Por isso, no momento estamos construindo uma trilha de treinamento inicialmente focada nas lideranças. | ||
A fim de romper com as estruturas e padrões heteronormativos responsáveis por promover a desigualdade de gênero e sexismo como vemos hoje, como podemos cultivar nos ecossistemas inovadores uma cultura de respeito e inclusão? | ||
Caio Bernardo Fróes, atua em Capitação de Recursos no Instituto Se Mudando. | ||
Atualmente, a palavra de ordem de muitos ecossistemas tem sido “diversidade”. Porém, ela vem, muitas vezes, vazia, ao invés de acompanhada de ações que realmente promovam diversidade e inclusão. | ||
Muitas empresas acreditam que a realização de processos seletivos voltados apenas para a população LGBTQIA+ e/ou mulheres é o suficiente para resolver o problema da falta de diversidade. | ||
No entanto, o problema em questão é muito maior do que só atrair esses talentos! | ||
Enxergo que as empresas devem fazer muito mais do que isso se quiser realmente ter uma cultura de respeito e inclusão, como ter estes talentos em cargos de liderança, onde são referência para outras pessoas e possam dizer que, sim, é possível ter uma mulher na diretoria, e sim, é possível ter um homem gay afeminado gerenciando times com excelência. | ||
Vejo que o primeiro passo para a criação dessa cultura é ter um ambiente de fato acolhedor, olhando para pessoas e talentos que fogem dos padrões de homens brancos cis-heteronormativos. De nada vale os ecossistemas terem processos seletivos voltados para pessoas LGBTQIA +, mas não darem oportunidades dessas pessoas chegarem a cargos de representação máxima. | ||
Da mesma forma que não adianta os ecossistemas terem processos seletivos voltados apenas para mulheres, mas, possuir apenas homens em cargos de liderança. | ||
E isso se aplica também a outros grupos que não são minoria, mas são minorizados, como as pessoas negras que representam cerca de 54% da população brasileira, mas ocupam menos de 5% dos cargos de gerência ou então de diretoria. | ||
É também fundamental entender que a cultura de inclusão e de respeito é um caminho contínuo, que precisa de ajustes e de melhoria constantemente. Então, como devemos criar este ambiente? | ||
Além de existirem pessoas desses grupos em cargos de influência, deve-se garantir que o ambiente organizacional esteja pronto para receber essas pessoas. | ||
Por isso, existem consultorias especializadas em diversidade e inclusão, para garantir um bom clima organizacional e que a empresa esteja pronta para lidar com pessoas que fogem dos padrões esperados. | ||
Se hoje a sua empresa contratar uma pessoa trans ou travesti, ela está preparada para amparar essa pessoa com seus direitos básicos, como uso de nome social? Os banheiros do seu ecossistema são inclusivos ou geram desconforto para as pessoas no momento da escolha? | ||
Ao garantir que o ambiente organizacional esteja pronto para receber essas pessoas, aí sim devem ser criadas ações como processos seletivos para pessoas que fogem dos padrões esperados pela sociedade. | ||
É importante destacar que esses processos não privilegiam este grupo, mas sim tentam reparar a falta de privilégios que ele tem. Em um país onde cerca de apenas 0,02% da população trans e travesti chega ao ensino superior, faz-se necessária a criação de vagas voltadas para essas pessoas. | ||
Uma vez que estas pessoas estejam dentro dos ecossistemas, de forma participativa e inclusiva, todos devem trabalhar para que haja a manutenção deste ambiente, e trazer esses assuntos para o foco das discussões, junto com o seu público-alvo. | ||
Não faz sentido um grupo de homens cisgêneros discutir quais serão as políticas que adotarão para a licença maternidade, certo? | ||
Do mesmo modo, é necessário trazer a comunidade LGBTQIA+ e ouvir quais são as suas demandas, o que é necessário mudar, e, dessa forma, construir em conjunto um ambiente mais seguro, diverso e inclusivo. | ||
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