Autenticidade: uma virtude adormecida
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Autenticidade: uma virtude adormecida

Fiquei pensando muito sobre o que queria escrever para vocês hoje... E olha que ideias de temas não faltam, tenho uma listinha com vários.

Stephanie
3 min
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Fiquei pensando muito sobre o que queria escrever para vocês hoje... E olha que ideias de temas não faltam, tenho uma listinha com vários.

Mas sempre que eu sento para escrever, gosto de "sentir" sobre o que quero falar no momento. Assim o texto fica mais natural, sensível.

Assim eu consigo me conectar com quem lê.

Hoje eu senti que deveria escrever sobre autenticidade. Esse assunto me veio à cabeça algumas vezes durante a semana porque, vira e mexe, compartilham comigo alguém usando frases minhas, meus trejeitos e, em último caso, até copiando algum post meu.

Se eu lhe disser que me incomodo zero com isso, vou estar mentindo. Me incomoda um pouco. É um incômodo que se assemelha a preocupação.

Eu amo autenticidade. E, em contrapartida, tenho verdadeiro horror a pessoas cuja personalidade se resume em copiar a personalidade dos outros. Também tenho horror a pessoas que desejam ser diferentes a todo custo.

Autenticidade não é isso. Ser autêntico é ser verdadeiro. Só consegue ser autêntico quem já tem muita clareza de quem se é. Isso porque, quando não há clareza, o caminho mais fácil é ser cópia do que já está funcionando.

Acontece que é possível enxergar a quilômetros de distância as máscaras de alguém que copia desenfreadamente outras pessoas.

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Eu sou uma pessoa fascinada por comportamento humano e já me peguei várias vezes tentando entender esse comportamento em específico.

Por que a pessoa copia? Que mensagem ela quer passar? Será que ela pensa que ninguém percebe? Será que ela quer chamar a atenção da pessoa copiada? Será que ela faz isso intencionalmente? Será que ela sabe que está copiando?

Já pensei nisso muitas vezes e até hoje não entendo muito bem (se você tiver alguma ideia, pode me mandar que eu quero saber).

Bom, mas gastar tempo pensando sobre esses porquês não ajuda em muita coisa, então em vez disso quero trazer você para pensar comigo sobre pessoas autênticas.

O que faz com que uma pessoa seja autêntica?

Eu, Ste, acredito que autenticidade tem a ver com confiança (e também com clareza, como disse ali em cima). Alguém que é confiante não se sente inibido para expor seus gostos, opiniões e vontades, por mais peculiares que possam ser.

Não há medo de que sejam peculiares, aliás. Alguém que é confiante não se sente inseguro para gostar do que, de fato, gosta. Não sente a necessidade de mascarar as próprias opiniões para ser "aceito".

Alguém que é confiante se sente mais livre para descobrir o que realmente faz sentido para a própria vida sem precisar da aprovação alheia.

Se você quiser ser autêntico, você precisa descobrir quem você é. Quem você é quando ninguém está vendo? Quando não precisa de aceitação externa?

Hoje, na internet, está ainda mais difícil encontrar pessoas genuínas. Todo mundo se tornou cópia de alguém. Algumas são cópias escancaradas, outras disfarçadas.

Isso acontece porque as pessoas têm um medo gigantesco de errar. Elas precisam se encaixar no outro; no que o outro gosta, no que o outro quer.

A essência fica adormecida pela necessidade de aprovação.

Por isso, mais do que nunca, vale a pena ser autêntico. Vale a pena ser quem se é.

Isso não significa que você não possa se inspirar em alguém. É inevitável fazer isso, na verdade. Mas há uma diferença grotesca entre se inspirar e copiar. Entre se inspirar e querer ser a pessoa.

Pessoas autênticas são encantadoras, cada uma do seu próprio modo.

Não deixe essa virtude adormecer.