Na semana que passou, completou-se, em 16 ou 17 de dezembro (as fontes divergem quanto à data), 520 anos da Tormenta de Calicute, episódio em que, após o ataque, por comerciantes hindus e árabes, à feitoria portuguesa, a esquadra de Cabral bo...
Na semana que passou, completou-se, em 16 ou 17 de dezembro (as fontes divergem quanto à data), 520 anos da Tormenta de Calicute, episódio em que, após o ataque, por comerciantes hindus e árabes, à feitoria portuguesa, a esquadra de Cabral bombardeou a cidade indiana. | ||
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A mesma expedição que marcou a chegada oficial da Coroa portuguesa no território que hoje é o Brasil tinha como destino final a cidade de Calicute, nas Índias, com o intuito de estabelecer uma rota comercial de especiarias para a Europa. Produtos muito valiosos à época, usado especialmente para disfarçar o sabor intragável deixado pelos rudimentares processos usados para conservação da carne num período em que não havia refrigeradores. | ||
Chegando a Calicute, Cabral reuniu-se com o Samorim. Este, satisfeito com os presentes enviados pelo rei de Portugal – ouro, prata e seda – autorizou os portugueses a instalarem uma feitoria para estabelecerem o comércio de especiarias. Os comerciantes árabes e hindus, porém, insatisfeitos com a nova concorrência, ordenaram o ataque à feitoria. Em represália, Cabral mandou bombardear a cidade, indo em seguida para Cochim, cidade rival de Calicute, onde conseguiu instalar efetivamente a feitoria. | ||
Entre os mortos no ataque, encontra-se Pero Vaz de Caminha. Designado pela Coroa para ser o escrivão oficial da feitoria, seria um personagem esquecido na História se não fosse o autor da “Carta a El-Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil”, considerada a “certidão de batismo” do que hoje é nossa nação. Carta escrita com o objetivo de sensibilizar o rei para que este libertasse do degredo o genro do escrivão. Pedido atendido após D. Manuel ficar sabendo da morte de Pero. | ||
Por hoje é isso, Segunda-Feira, A Semana na História volta na próxima segunda! |