Na companhia do Bernardo e do David, fundadores da hol | digital fashion house, queremos entender: quais as diferenças da Web 2.5 e Web 3.0 e quais impactos desses mundos para um creator?
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Fala quem sabe, ouve quem tem juízo! Essa é a segunda metade da laranja da Newsletter de terça-feira. Aqui, teremos a companhia de especialistas e embaixadores da Echoa sobre pauta da parte 1. Não leu? Então acessem aqui, creator! Opa, creator, vírgula! | ||
A discussão é longa -- e não tem fim. Mas, uma coisa é certa: tem direcionamento! Pensando nisso, hoje recebemos Bernardo Nery e David Benalcázar, a dupla fundadora da hōl. Na companhia desses feras, buscamos entender a seguinte pergunta: | ||
O que é a Web 2.5 e de que modo ela serve a Web 3.0? | ||
"A Web 2.5 é essencial para a Web 3.0 por marcar um espaço de transição. Ela mescla serviços entre Web 2 e 3, trabalhando num nível intermediário que permite o aumento da curva de adoção dos usuários. Um exemplo é o Instagram permitindo o compartilhamento de NFTs, a compra de cripto por meio do sistema financeiro tradicional, etc.Assim, são serviços que mesclam o ferramental da Web 2.0 para potencializar a capilaridade da Web 3.0. Isso se torna mais evidente ao passo que entendemos que a Web 3.0, por estar em construção ativa, ainda não possui uma fácil navegabilidade. O próprio processo de aprendizado sobre a Web 3.0 ainda é deveras analítico, ao passo que o intermédio de outras plataformas contribui para a difusão dessas novas tecnologias abarcadas pela Web 3.0.Se eu errar uma transação em Blockchain, eu consigo reverte-la? Na Web 3.0 puramente, não. Mas, utilizando de uma interface da Web 2.0 para executar essa transação, é possível adicionar uma camada de proteção e mitigar esse tipo de risco. Logo, enquanto a Web 3.0 se desenvolve e se flexibiliza para ser mais User Friendly, nós podemos seguir avançando nesse campo apoiados nas ferramentas já existentes." | ||
"O conceito de Web 3.0 é muito específico — há pouquíssimas empresas que de fato o aplicam. Acredito que temos caminhos a serem descobertos, sobretudo por se tratar de um assunto recente, que necessita de ser desbravado. Nós, enquanto participantes desse momento e consumidores dessas novas tecnologias, conseguimos tornar essa experiência positiva. Algo que tenho estudado bastante é sobre a influência da Inteligência Artificial no desenvolvimento de novas tecnologias, tantos e computação gráfica quanto computação visual, Machine Learning, Análise de Dados, etc. Nesse contexto, vemos um discurso recorrente de que o mundo criativo será extinto com o desenvolvimento das ferramentas de IA — e, ao observar a gama de contribuições que a IA oferece para os processos criativos, é possível perceber que trata-se de uma análise superficial, resultado de notícias sensacionalistas e de pouco embasamento. | ||
Assim, quando falamos de empresas que utilizam de terminologias de Web 3.0 para classificar suas ações, vejo uma forma de nomeação discursiva para aproximar o consumidor de uma nova evolução que aquele nicho está trazendo, marcando asim sua remodelagem ou sua nova frente de trabalho, por exemplo.Logo, esse tipo de recurso de comunicação não é necessariamente ruim porque nós, enquanto consumidores, gostamos, buscamos e queremos inovação. Até pouquíssimo tempo atrás, as pessoas que hoje falam sobre Web 3.0 sequer sabiam da existência de uma Web 2.0. Faz parte do processo a criação de labels. Retomando, então, as diferenças entre Web 3.0 e 2.5, não vejo diferenças em termos tecnológicos e práticos. Isso porque ambas são labels para algo que, de fato, ainda não existe — está em produção. Enxergo marketing e mecanismos de comunicação nessas termologias. O emprego do termo 2.5 pelas empresas, por exemplo, vem mais da cautela de utilizar o 3.0 e receber alegações de que o modelo de negócio não se encaixa nessa terminologia. Ainda mais relevante que essa diferenciação é a necessidade de se falar sobre o assunto com embasamento e evidências reais. Não se produz tanto sobre o assunto não pela ausência de tópicos de discussão, mas pela falta de recursos fundamentos para formar opinião. Portanto, cautela máxima para a propagação de opiniões enquanto conteúdo — a produção de conhecimento sobre a área virá ao passo que ela for mais dominada." | ||
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